quarta-feira, dezembro 28, 2005

quarta ah portuguesa I quem não arrisca não peitica

risco. o ânima da propaganda que foi riscado do mapa.

a busca da segurança ocupa agora todas as cabeças de uma agência. mais parecendo que agências de propaganda ou comunicação, como queiram, são agências de vigilância(o sindicato delas devia protestar). toda a gente agora é big brother, no melhor estilo idéia killers. equipas de prontidão, ávidas a extirpar a menor centelha de vivacidade em qualquer peça ou campanha que seja, devidamente escudados pela panacéica palavra de ordem do momento: planejamento. estratégico ou não. o primeiro consegue ser menos fake. esquecendo outra palavra usada como um pé de cabra na observação de um especialista em segurança, ela própria. segurança completa não existe. se não existe na vida, como querer do negócio da propaganda as rédeas do não coice? na tentativa mata-se o galope e o salto. e todos giram em círculos como cavalinhos de carrocel.

júlio ribeiro costumava dizer que o cliente é parceiro da agência no risco e tem a sua cota de responsabilidade.parece que o mundo anda muito irresponsável. ninguém arrisca nada. aliás tem gente que nem joga.

o mundo vive a era dos macdonald´s como a propaganda re-vira a era mccann. que de mccann não tem nada, são piores. sem nem ao menos as exceções feita a alguns maluquinhos das filiais da ásia e do oriente que ainda conseguem realizar idéias de deixar os olhos em bico. e tome aquela propaganda asséptica, inodora,anti-suspiro. mais politicamente correta impossível. nem piada de gago pode mais. gerando uma anomalia dos dedos que buscam no zap o que encontravam nos intervalos comerciais e nos anúncios que compensavam os box e as cozinhas das notícias. agora em tempo de internet como vão se suster os jornais que já rodam velhos ante a diversidade e multiplicidade da velocidade dos on-line?

portugal fez-se senhor do mundo porque apostou na palavra risco. homens com tomates e não burocratas eunucos, fizeram-se ao mar mandando, por lucidez ou loucura, planejamentos literalmente ao caralho, e assim, porra-loucas ou não, mais do que desenhando, construindo um novo mundo, apesar de alguns evidentes históricos jurarem de pés juntos que cabral não quedou-se em calmarias para descobrir o brasil pois sabia muito bem o que estava fazendo e onde ir por ordem de certo rei que de besta de planejamento não tinha nada.

sendo cabral ou não vasco, caminhos das índias, da propaganda onde estão ?
não há mapas para os portos seguros. não há espíritos indômitos a desafiar as ondas, destinos e recompensas. apenas fantasmas sobre os convezes. é disso que é feita hoje a propaganda portuguesa. ode ou onde a nau dos insensatos ?

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