a violência no recife intra e extra muros, ou seja: periferia, desinteria e intrateria, nos confere o grau de metrópole aos níveis de rio, são paulo, cochambamba e washington dos bons tempos. pra quem não sabe washington já assinalou registros alarmantes de violência, a tal ponto de se dizer que o iraque hoje, mal comparando, seria pátio de convento.
a violência é tal qual marca de bala na parede e cicatriz de arma branca no bucho da incompetência dos governos federal, estadual e municipal de fazer o mais rastaqueiro policiamento, preventivo ou desinfetativo neste país. as únicas inciativas de montra são as transferências do fernandinho beira mar que anda colecionando souvenirs das carceiragens das policias federal estados a fora. se ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão qual seria a pena pra polícia que rouba polícia que roubava ladrão ?
no recife, ser assaltado é algo tão corriqueiro como cuspir na calçada. levar um tiro no semáforo,sinal ou farol, como queiram, já deixa em dúvida editores se vale quarto de primeira página, ainda mais agora facilitado pelas lombadas eletrônicas que chegam a chatear os assaltantes com o esforço mínimo necessário a abordagem: “ pô! num dá nem pra squentar os músculos, é só pulegar nos tresoitão e tá feito. interceptação já vem desacelerada, nem precisa celerar com xutão na veia(traficantes andam chateados com isso também, excitings a menos neste segmento).
estupro? fascínoras andam colocando em prática o humor negro daquela piada do cúmulo da coincidencia: comer mulher grávida e acertar no cu do menino é praxe.
pernambucanidades à parte, a política de polícia no estado tem como chiado de microfones a ação de interlocução via secretário da defesa social que defende-se mais a sí do que aos cidadãos. o problema é que sua defesa seria cômica se não fosse trágica para a população. cada vez que joão braga, sim, o secretário, aparece para dar justificativas, o remédio traz tal quantidade de pacientes mortos que a bula da receita chega ao escárnio do cidadâo. e isto é ainda mais basófilia via cara do joão que trespassa o mais ralo senso comum com costuras que não seguram o coldre.
a última do braguinha foi alardear com mal um mês de implantação da lei sêca, fechamento de bares, “budegas” e biroscas em istmos de miséria no recife e olinda, das 23 as 6 horas. com aquela cara enfadonha e pouco afeita a intimidades com a câmara, joão diz que a lei já diz a que veio, atribuindo a queda de X9 para X4 homicídios o sucesso da iniciativa.
somadas a tiradas anteriores, a desconsideração do braga para com as variáveis diretas e indiretas é identica as suas costumeiras declarações onde destaca-se sua capacidade de negacear a realidade dos fatos com versões contra-balançadas pelo peso do cargo que ocupa, mais parecendo o joão bobo que pra frente pra trás oscila ao sabor dos vetores da força bruta da violência paroxística em que vivemos. e nisto não difere muito das demais autoridades responsáveis pela segurança pública no brasil quando tentar colocar cadeado em portão arrombado. gagueja tanto quanto gaguejava o garotinho, por exemplo quando ocupava o cargo, diante do indefensável estampido da realidade. só que garotinho tinha a rosinha, riso sem espinhas. joão, só o jarbas, cujas caras não adubam.
fosso outro o governo, e joão braga já teria sido exonerado. como não o foi, no caso, os joões bobos somos nós, cada vez que o vemos a dar explicações sobre as trapalhadas da inseguridade local. o pequeno probleminha é que quando levamos tiro decidamente não levantamos mais tal como aqueles” joaõs-bobos” vagabundinhos que quando furados não pegam mais remendos, cena muito parecida com a que se vê no hospital da restauração.
a política de segurança social no brasil não passa disso: de um grande e disforme remendo que as autoridades ficam remoendo, remoendo até não poder mais.
a coisa fede e já estoura em pus, diz o vento soprando os presuntos de quem já foi boneco.
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