polônia foi arrasada segunda guerra. vejam como está hoje. incluindo os guetos onde judeus foram arrasados muito antes.
londres idem, berlim também, japão outro.
cidades reluzem, exemplificam, auto-constroem-se a si e seus povos. suas mazelas, concreto cimento de novas gerações.
brasil? não consegue construir-se estrada sem buracos.
o nosso tão famoso jeitinho só deu pra isso mesmo: vivemos emergencialmente numa cultura de remendos. em tudo somos crateras afundando-nos em abismos de ismos e estrabismos. agraciando e agraciados como povo gentil de destino líquido e lindo, findo à fundo das alturas que gerações não conseguirão alcançar. fervem nosso destino;empregado como servente, sub-serviente, de tantas e tantas operações tapa-buracos. nosso ambar da superação é a busca à perfeição da construção da maquiagem no estrupiar das hemorragias das verbas nosso suor em sangue cozido em piche.
e mal amanhece de novo um novo brasil e um caminhão nos afunda o asfalto com o próprio peso dos tonéis que vieram tapar. aí, damos logo um jeitinho de dizer que de tão grande estrago a fundo, que dos brasileiros esta é a pegada da nossa grandeza.
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