quarta-feira, dezembro 28, 2005

camada fina demais

polônia foi arrasada segunda guerra. vejam como está hoje. incluindo os guetos onde judeus foram arrasados muito antes.
londres idem, berlim também, japão outro.
cidades reluzem, exemplificam, auto-constroem-se a si e seus povos. suas mazelas, concreto cimento de novas gerações.

brasil? não consegue construir-se estrada sem buracos.
o nosso tão famoso jeitinho só deu pra isso mesmo: vivemos emergencialmente numa cultura de remendos. em tudo somos crateras afundando-nos em abismos de ismos e estrabismos. agraciando e agraciados como povo gentil de destino líquido e lindo, findo à fundo das alturas que gerações não conseguirão alcançar. fervem nosso destino;empregado como servente, sub-serviente, de tantas e tantas operações tapa-buracos. nosso ambar da superação é a busca à perfeição da construção da maquiagem no estrupiar das hemorragias das verbas nosso suor em sangue cozido em piche.

e mal amanhece de novo um novo brasil e um caminhão nos afunda o asfalto com o próprio peso dos tonéis que vieram tapar. aí, damos logo um jeitinho de dizer que de tão grande estrago a fundo, que dos brasileiros esta é a pegada da nossa grandeza.

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