sexta-feira, março 28, 2008

supra-sumo da sexta ou os traficantes de espaço não acham


Tudo é marca. Tudo é uma imagem transmitida. Inclusos eu e você. O que constrói a impressão, a imagem, é o conteúdo. E, por conta da evolução tecnológica, os formatos não definem mais a relevância do veículo. Sua marca, sua imagem, sua mensagem e seu conteúdo sim. Por que será, então, que continuamos falando em canais? Para quem? Ou, pior, por quem? A marca tem uma mensagem que vira conteúdo. E quando eu souber qual é esse conteúdo, então consigo decidir como distribui-lo. Mas só então.
(extraido do conteúdo da fernanda romano, hoje, no ônibus azul)

quarta-feira, março 26, 2008

pra contar até dez antes de mandar a pqp(tem gente que manda logo de primeira)

1. ‘Below the line’ é a PQP
Nada me deixa mais irritado! Tenho orgulho deste negócio e o faço com muito amor. A propósito, ele se chama marketing promocional, como o próprio nome de nossa associação, a AMPRO (Associação de Marketing Promocional), já diz. Além disso, não estamos abaixo (below) de nenhuma outra forma de comunicação. Muito pelo contrário!

Pesquisas realizadas recentemente apontam um significativo crescimento do nosso mercado e a participação efetiva do Marketing Promocional na plataforma de comunicação das grandes empresas. Com isso, a verba destinada à promoção já se equipara a da publicidade e isso só contribui para que sejamos vistos como estratégicos, e não eventuais.

Não podemos esquecer que nossas ações acontecem ao vivo, o que exige um consistente trabalho de planejamento estratégico que garantirá a entrega perfeita daquilo que vendemos. Isso não pode ser feito por qualquer um, mas por profissionais altamente qualificados que estão, de fato, acima (above) da média e devem ser valorizados por isso.

2. Relação com as agências de publicidade
Sou fã das agências de publicidade! Elas sabem, realmente, como se promoverem. Recentemente, a ABAP (Associação Brasileira das Agências de Publicidade) promoverá seu 4º Congresso depois de 40 anos. Então, pergunto, por que o ‘above the line’ está fazendo o que fazemos todos os dias: rediscutir o negócio?

Muito me perguntam qual seria a relação perfeita entre o Marketing Promocional e a publicidade. Trabalhar para, trabalhar junto, pertencer, ser comprado, comprar. Acredito que não existe uma fórmula!

A verdade é que os diretores de Marketing evoluíram muito nos últimos 30 anos e já conhecem bem outras fórmulas de comunicação. Eles têm escolhido seus parceiros, com foco nos melhores resultados, independente de haver, ou não, alinhamento com suas agências de publicidade. A relação de contas está cada vez mais tênue em todos os setores e jobs bem sucedidos aproximam fornecedores e clientes.

3. Gente
Sempre que chego a uma de minhas agências e vejo os computadores desligados, as cadeiras vazias e não ouço nada, além de um grande silêncio, percebo o quão importantes são as minhas pessoas. Todos os dias, antes de ir embora, rezo para que todos voltem no dia seguinte, pois eles são tudo que tenho – passado, presente e futuro.

Em 2000, convidei oito para serem meus sócios. Decisão muito acertada, pois meu faturamento subiu mais de R$ 60 milhões. Acreditar em nossas pratas da casa é fundamental e, por isso, anualmente realizamos um programa de trainees, de onde saem alguns de nossos principais talentos. Talvez, fosse mais fácil ‘roubar’ as pessoas dos concorrentes e não ter trabalho com treinamentos e explicações. Mas não fazemos isso, porque preferimos formar profissionais com a nossa pegada, o nosso jeito de trabalhar.

Acho, inclusive, que seja esse o motivo para a concorrência sempre procurar as pessoas que formamos. O estranho, é que nunca me pediram referência e muitos não deram certo, o que para mim é óbvio. Se fossem bons, ainda estariam conosco.

4. Honorários
Em agosto de 2007, o Banco de Eventos viveu um momento diferente. Foi convidado a participar da concorrência para execução da Festa de Fim de Ano de uma grande empresa nacional, cujo budget era de R$ 4 milhões. Tentador, não fosse algumas especificações do cliente, em termos de pagamentos, que contradiziam os processos habituais da agência. Então, a diretora-geral Andréa Galasso, teve a infeliz missão de informar sua desistência no projeto.

É difícil não participar, mas se não tivermos firmeza, responsabilidade e transparência, não cresceremos, não reinvestiremos e, principalmente, não lucraremos. De cada 100 agências, após cinco anos, apenas três se mantêm vivas.

5. Concorrências
Concorrências fazem parte do nosso dia-a-dia, porém custam tempo e dinheiro. O cenário ideal – concorrências pagas – está muito distante, mas esperar que elas sejam transparentes, respeitosas, motivadoras e regradas não é pedir muito. Falta de prazo, briefings mal feitos, bois de piranha (concorrências com vencedor pré-definido), agências de níveis diferentes, dumpings, leilões e subornos são o câncer do nosso negócio.

6. Bullshitagem
Conceitos viajantes, termos em inglês, complicações. Você entra no site das empresas para saber o que elas fazem e precisa de um tradutor. Apresentações de projetos ficam ‘bonitas’, mas incompreensíveis. Estamos complicando o óbvio. O que o cliente quer – e precisa – é de objetividade e, afinal, o marketing promocional é simples, direto e eficaz.

7. Quando chamar uma empresa de Marketing Promocional?
Ainda não somos vistos como estratégicos, mas como eventuais e só nos acionam em emergências ou para suporte. Se a publicidade não vende, chamam a promoção. Se um produto encalhou ou é ruim, chamam a promoção. Não deveria ser assim!

As coisas estão mudando e esperamos que caminhem para a situação ideal, em que estaremos com os clientes desde o começo de seu planejamento, afinal, quem pode dar a melhor idéia? Talvez venha daí o termo below the line...

8. Promovendo a promoção
A AMPRO encomendou uma pesquisa à Ibope Solutions e o Banco de Eventos outra. Os resultados impressionam. Na pergunta ‘Qual o termo mais utilizado para se referir a esta área?’, a primeira colocação ficou com a palavra ‘Promoção’. Mas, além dela, outras oito apareceram, com porcentagens bem distribuídas. É uma verdadeira bagunça!

Promover a promoção é divulgar a cultura promocional, nossa ousadia, nosso planejamento e nossos resultados, para o pessoal de Marketing, vendas, trade Marketing e promoções. Eles detêm 80% da decisão da necessidade de uma ação promocional.

9. O que o cliente quer?
O cliente quer criatividade e inovação (conhecimento do negócio e sugestão de coisas alinhadas), custos (flexibilidade e transparência), controle (gerenciamento das ações), prazos (entrega), rapidez (senso de urgência) e experiência e notoriedade (tempo e reputação, ao contrário de fama e oba-oba).

Além disso, é preciso melhorar, ainda mais, algumas coisas, como o pós-venda, a perfeição da entrega, a customização de ações e os custos.

10. Certificação AMPRO
Depois de tudo que foi levantado, vejo a Certificação AMPRO como esperança para resolver vários destes problemas. A AMPRO tem legitimidade para classificar e desclassificar a todas as empresas, mas o critério tem que ser realista, transparente e bem definido.

Já sugeri um código de conduta para os afiliados da AMPRO e sugiro, também, melhores práticas, tabelas de honorários mínimos e sugestões de fornecedores socialmente responsáveis.

Seja ranking ou selo de certificação, devemos dar atenção ao fato de, no mercado promocional, as empresas serem diferentes. Alguns fazem eventos, outros promoções, outros ações digitais e outros tudo isto. Talvez, a certificação por área, técnica ou número de funcionários, dê mais visibilidade a este processo.


(os 10 (des)mandamentos do marketing promocional, do josé victor oliva, diretor-geral
da holding clube (banco de eventos, samba comunicação, Rio 360, lynx, cross networking e fanclub), para o mundo do marketing.

quinta-feira, março 20, 2008

reis mírdias

Em tempos de fragmentaçao dos meios; veículos noticiosos, veículos noticiosos de esporte, de culinária, de automóveis, de gatos siameses, veículos técnicos, veículos técnicos de esporte, culinária, automóveis, gatos siameses, veículos de fofoca, veículos de fofoca esportiva, gastronômica, automotiva, felina do Siao; que sentido faz classificá-los ainda pelos seus dispositivos de recepçao - Revista, Jornal, Rádio, TV, Internet?

Em tempos de convergência dos meios; rádios que estao nas ondas e na internet e na TV, jornais que estao no papel e nos bits e na TV, revistas que estao em todos os lugares e blogs que viram programa de televisao que viram programas de rádio, propagandas que viram filme que viram game que viram blogs que viram sites de jornalismo colaborativo que viram livro; que sentido faz classificá-los ainda pelos seus dispositivos de recepçao: Revista, Jornal, Rádio, TV, Internet?

Sempre que nos perguntamos "para onde vai nossa verba", é uma simplificaçao preguiçosa dividir os investimentos da forma que fazemos.

Mesmo que a gente raciocine em termos de "atitude" do receptor diante da mensagem, TV - anestesiado; Internet - excitado; Jornal - desperto; Revista - sintético; ainda assim o raciocínio é no mínimo raso porque quem garante que a TV nao pode excitar, investigar, opinar? Ou a Internet hipnotizar, adormecer, manipular?

Da mesma forma, nao significa mais nada dividir o bolo publicitário em tipos de mídia, assim como nao significa mais nada falar em verbas de comunicaçao por meio, ou discutir se agências de propaganda devem ser especializadas nessa ou naquela plataforma de comunicaçao. Soa quase ridículo dizer que um redator é melhor em 'offline' e idiota em 'online', um planejador que manja tudo de internet e nada de experiência de marca, um mídia que sabe fazer 'x' e incapaz de programar palavras chave ou contratar blogueiros. E se nao é ridículo, é no mínimo, um mínimo inaceitável hoje.

Um veículo de comunicaçao nao limita mais sua atuaçao ou se o faz, é uma opçao poética. Dizer que O Globo é só papel é ofensa grave, gravíssima. Dizer que a Rede Globo é um entretenimento de sofá, idem. Um anunciante nao é um anunciante de TV ou de Jornal. Uma agência - ainda que persistam as irritantes separaçoes de disciplinas - nao pode ser uma coisa tao pequena, terra de especialistas bitolados e caretas.

Porque um veículo de comunicaçao é uma marca antes de ser uma mídia. Um anunciante, idem. Uma agência, várias. Porque um veículo de comunicaçao é um conteúdo antes de ser uma mídia. Um anunciante, idem. Uma agência, vários.

Vamos fazer planos de mídia por marca e por conteúdo. Vamos trabalhar os conteúdos das marcas e nao esse onanismo metafórico que consiste em inventar atributos emocionais e posicionamentos que mais parecem xavecos desastrados.

Vamos criar idéias e nao filmes, anúncios, banners ou eventos. E vamos também desistir de vez em chamar as pessoas de consumidores. Que palavrao!

(sugiro abolir a palavra mídia, o que acham? do fernand alphen, que é diretor de planejamento da f. nazca)

entã tá bom. quando a f. nazca fizer isso, a gente faz. por hora vamos tratar de consertar as campanhas de cerveja que chocas de conteúdo andam a carregar o subejo do onanimo metafórico do desce redondo.

quarta-feira, março 19, 2008

é dos carecas que elas(as marcas)gostam mais?


O nome do careca ao acima é Seth Godin. Para muitos, suas idéias são polêmicas. Para outros, é um dos grandes nomes do Marketing na atualidade. Num levantamento realizado pela Anderson Analytics com 600 executivos norte-americanos, Godin encabeça a lista de Gurus do Marketing mundial na frente de nomes como Steve Jobs, Peter Drucker, Tom Peters, Jim Collins, Jack Welch, Malcolm Gladwell, Al Ries e Philip Kotler.

Em entrevista exclusiva ao Mundo do Marketing, Godin dá pistas sobre o que as empresas devem fazer para ter clientes fieis. Em respostas diretas enviadas por e-mail quase que de forma instantânea, o autor de best selles traduzidos em mais de 20 línguas, afirma que as empresas precisam ter clientes que amem seus produtos.

O autor de obras como Marketing: Idéia Vírus; A Grande Mudança: Não Tente Ser Perfeito, Comece a Ser Notável; Marketing de Permissão; Sobreviver não é o Bastante; Brinde Grátis! Aproveite!: a Sua Próxima Grande Idéia de Marketing; A Vaca Roxa; Todo Marqueteiro é Mentiroso!, entre outros, fala, a seguir, sobre mídia de massa, inovação, fidelidade, internet, campanhas virais e sobre o papel do profissional de marketing nos dias de hoje.

No Brasil, a TV ainda é uma mídia muito forte, mas temos mais de 120 milhões de aparelhos celulares e a internet ganha cada vez mais importância como mídia. Você acredita que um dia a TV deixará de perder sua efetividade quando falarmos de mídia de massa?
Esse dia é agora. As pessoas já estão abandonando a TV em todo o mundo.

A idéia e a mensagem que um produto passa pode ser mais importante que a própria qualidade, inovação e diferenciação dele?
A idéia e a mensagem são dirigidas pela qualidade e pela inovação. Em outras palavras, você não pode ter uma coisa sem a outra. Mas também inovação pela inovação é um desperdício. Se o produto suporta a sua história, você vende.

Como as empresas podem transformar seus clientes em divulgadores espontâneos da marca?
Tratando-os com respeito e fazendo coisas que eles gostam e comentem.

O que os consumidores gostam e o que não gostam de ouvir das empresas?
Não gostamos de ouvir as empresas. Nunca. Gostamos de ouvir as pessoas. E acima de tudo, gostamos de ouvir sobre nós mesmos. Sobre quando o nosso carro está pronto, ou quando o produto que ficamos à espera está pronto para ser enviando.

O que os blogs corporativos agregam para as empresas?
Os blogs permitem contar uma história diretamente para as pessoas que querem ouvi-lá. A parte mais difícil é encontrar uma história que as pessoas realmente queiram ouvir!

A empresa que ainda não aderiu à internet como forma de relacionamento com o consumidor vai deixar de existir?
Não. Acho que você pode construir uma relação muito forte com alguém cara a cara ou mesmo pelo telefone. A Internet só torna o relacionamento mais ampla e mais rápida.

Como as empresas podem atrair a atenção dos consumidores?
Você ganha (a atenção). Principalmente tendo clientes fiéis que tragam outros clientes.

Como fidelizar um cliente nos dias de hoje?
Os clientes continuam comprando produtos e utilizam uma marca porque eles as amam, não porque gostam.

Quais são as características comuns das campanhas de marketing viral que dão certo?
Elas precisam ser vibrantes, curtas e muitas vezes engraçadas. Elas também são sempre fácil de se espalhar.

Como os profissionais de Marketing devem pensar o futuro das empresas em que trabalham?
O profissional de Marketing precisa entender que ele é a empresa. Não é mais separado.

(que o seth tem idéias de deixar muita gente de cabelo em pé, isso já se sabia. agora em relação a última resposta, parece que o profissional de marketing já entendeu que ele é a empresa, já faz tempo. e tanto que a maioria deixa a empresa completamente de lado. só pensa nele)

terça-feira, março 18, 2008

qual é a marca do seu nome ?


Por que algumas marcas vendem e outras são só nomes? O motivo é simples, as marcas que vendem têm significados fortes para seus públicos-alvo: trade, influenciadores, aplicadores e consumidores finais. As demais são apenas nomes mais ou menos conhecidos, que não conseguiram estabelecer vínculos emocionais mais profundos com o mercado. Assim como na vida pessoal preferimos estar com pessoas que nos identificamos e gostamos, do que apenas com pessoas famosas pelas quais não temos a menor intimidade e cumplicidade. O mesmo ocorre na relação marcas x consumidor. Não são as marcas que escolhem o consumidor, é o contrário: o consumidor é que se sente atraído pela história que a marca está contando e acaba a escolhendo como preferida. Motivo pelo qual ter uma boa história é o primeiro passo para haver um bom casamento entre a sua marca e o mercado.

Marcas têm que servir para ajudar a vender mais, mas vender mais com lucro. Se for para a empresa vender mais não ganhando dinheiro é bem mais simples: basta baixar os preços dos produtos e vai escoar todo o estoque! Mas qual o executivo ou empresário que tem prazer em não ter lucro? Pessoalmente, não conheço nenhum.

O caminho para o lucro através do fortalecimento da marca é tornar algo que está cada vez mais igual - seu produto em algo desigual aos olhos e coração das pessoas. Como? Agregando valor à marca, uma vez que ao produto são cada vez mais efêmeras as melhorias. A velocidade com que se copia é impressionante, todos copiam a todos durante todo o tempo.
Logo, a diferença está fora do produto: no serviço surpreendente, na comunicação que produz a ruptura, na motivação e treinamento da equipe de vendas. Mas todos estes recursos também não são novidade. Mas enfim, o que é novo então no mundo das marcas fortes? É entender que, mais do que um significado, uma marca é um sistema de crenças. E que para gerenciar uma marca é fundamental fazer um salto de uma única dimensão para sete dimensões, ou seja, é necessário aplicar um novo código: o Primal Brand.

Esta tecnologia parte do princípio que uma marca deve ter: uma boa história que produza confiança e identificação marca-consumidor, um credo, ícones-símbolos, palavras sagradas, rituais de relação marca-consumidor, pagãos e um líder. Enfim tudo isto para colocar a marca não só na cabeça, mas de fato no coração das pessoas. Agora a força intrínseca de uma marca está na sua essência competitiva, a qual será avaliada pelo consumidor através de seu nível de utilidade, seja funcional, emocional ou de auto-expressão (prestígio).

Cabe às agências em primeiro lugar entender o ponto de força da marca, aquele no qual os consumidores se apóiam para preferi-la e desenvolver um projeto completo de conexão e fortalecimento dos seus vínculos. Marcas que são construídas em cima de artistas globais crescem rápido, mas da mesma forma caem rapidamente. Porque estão associadas a "pessoas conhecidas" que não conseguem construir vínculos emocionais mais profundos com o consumidor, nem com a marca. Prova é que, quando deixam de patrocinar os milionários cachês, são imediatamente esquecidas pelo público. Trate de construir uma marca pelas crenças dela e não por fatores externos. Suas vendas crescerão e seus lucros também.

(joão satt, publicitário, diretor-presidente da competence)

agora, só para alfinetar, para uma agência se tornar mais que um nome, ser apenas competence basta?

segunda-feira, março 17, 2008

dura de matar 5


A Internet está mudando o tamanho dos anunciantes. Nunca na história da propaganda uma estratégia de comunicacão de massa conseguiu tamanho sucesso sem o uso da TV. Jamais se pensou em fazer uma campanha sem anúncios em revista. É, o mundo mudou. As pessoas mudaram. Ninguém mais engole propaganda goela abaixo. Não adianta mais fazer um filme fantástico. Não tem ninguém lá do outro lado da tela. Ou melhor não tem mais aquela famíla toda sentada por horas com a bunda no sofá.

Você nem precisa gastar milhares de reais em pesquisa pra descobrir isso. Pare de ler este texto agora! Pergunte pra três pessoas a sua volta quanto tempo elas ficam vendo TV por dia. Ou lendo jornal. Agora, pergunte quantas horas elas acessam a Internet em um mesmo dia. Pronto, pode voltar à internet, opa, ao texto.

Ok, você tem razão. A Internet está na frente, mas o que isso tem a ver com a minha estratégia de marketing? Tudo. Tem a ver com os resultados que sua campanha vai dar, com as vendas dos seus produtos, com o relacionamento com os consumidores durante a venda, depois da venda. Tem a ver com seus próximos lançamentos. Tem a ver com a imagem que as pessoas têm da sua marca. Tem a ver com confiança, carinho, respeito e admiração que a sua empresa adquire ao longo dos anos. Tem a ver com o seu emprego, com o seu salário, com o seu crescimento na empresa.

A Internet está dando uma aula de estratégia para aquelas mídias consagradas que continuam apostando num tiro de canhão pra acertar mosquitos. Ao invés de pulverizar todos os pontos de contato desses mosquitos na natureza.

Sim, a propaganda tradicional vai morrer. Vai morrer para aquelas marcas que não têm poder de fogo para falar com a massa. Que não têm verbas astronômicas para fazer um filme fantástico, veicular em horário nobre durante muitos dias.

É agora que vem a grande mudança no mundo da propaganda. Pequenos anunciantes estão virando anunciantes médios. E estes estão virando grandes anunciantes. As verbas que antes eram insuficientes para fazer mídia estão encontrando um cenário completamente diferente no mundo digital.

Agora, uma marca pode estar presente na vida das pessoas quase que o dia inteiro e de uma maneira nem um pouco intrusiva. De um jeito que nunca nós pensaríamos que fosse: ele mesmo escolhendo o que quer ver, na hora que bem entender e quantas vez quiser.

Olhe pra sua verba com o ponto de vista digital. Você vai perceber que ela pode ser bem maior do que você imagina.


(sim, a propaganda tradicional vai morrer, do miguel genovese - diretor de criação da garage, para o adnews).

quinta-feira, março 13, 2008

quem enfiou o dedo se fudeu ou como decepar uma imagem

Numa das piores páginas do marketing moderno, a presença de uma empresa, pelo seu legendário fusquinha, muito querida dos brasileiros. E quando quem é muito querido quebra a confiança de forma medíocre, ainda que construída durante 60 anos, é praticamente impossível reparar o erro, e voltar a ser correspondida em eventuais e novas manifestações de afeto e carinho: A VOLKSWAGEN DO BRASIL manchou sua reputação.

Para muitos o DESIGN do FOX é moderno, atual, bonito, atraente. De nada adianta. O DESIGN tem que contemplar o todo. Tem que ser bonito, atraente e funcional. Tem que possibilitar a utilização adequada e segura. O FOX da VOLKS se preocupou com a parte externa e aparente do DESIGN, negligenciou nos detalhes e na componente funcional do DESIGN de cada uma de suas peças. Induzindo a uma utilização inadequada. Mais que inadequada, temerária. Mais que temerária, fatal. A argola de metal que prende a alça flexível para o rebatimento do banco traseiro induz as pessoas – porque é assim que são as pessoas – a enfiar o dedo na argola. Em algumas situações o banco cai, e decepa parte do dedo.

A VOLKSWAGEN DO BRASIL conviveu durante quase dois anos com essa situação. Seus clientes tendo parte do dedo decepada, e não tomando nenhuma providência. Um dos clientes chegou a escrever ao presidente LULA – sabe-se lá porque, talvez pelo acidente que LULA metalúrgico teve e que lhe custou um dedo -, que acionou o Departamento de Proteção de Defesa do Consumidor – que por sua vez não conduziu a denúncia com a necessária presteza e seriedade.

Quase dois anos depois, e insistindo em sua postura arrogante e sem o menor sentido, e não querendo assumir da necessidade premente – já deveria ter feito isso em 2006 – de convocar um recall, a VOLKS publicou, diante de novos decepamentos, um anúncio nos jornais agora no mês de fevereiro de 2008, “chamada facultativa”, oferecendo “a todos os clientes que ainda tenham dúvidas a instalação gratuita de uma peça adicional que evita eventuais erros na operação de rebatimento do banco traseiro do FOX...”.

Depois de decepar, ofende seus clientes. Os chama de burros e incompetentes, e transfere a responsabilidade da comunicação do comunicador para o comunicado. A dizer, se o cliente não entende, problema dele.

Entrevistado pela reportagem do ESTADÃO sobre a campanha que a VOLKS veicula neste momento e com o slogan “PERFEITO PARA SUA VIDA”, o vice-presidente de marketing e vendas da empresa, FLÁVIO PADOVAN, assim se manifestou: “Não temos a intenção de tirá-la do ar... Uma Campanha não se cria de um dia para outro. Leva tempo até para se contratar espaço de mídia. É uma campanha de varejo. Não posso parar a empresa enquanto discutimos uma questão pontual de um carro específico...”.

Não é uma “questão pontual de um carro específico”, ou é, se essa é a única maneira que a empresa encara seu negócio. É a segurança, a vida, o dedo, de milhares de pessoas que acreditaram que aquela raposa era do bem, mesmo o MICHAELIS tendo advertido que raposinhar, no coloquial, é “usar de manha, de embustes, enganar, lograr, engazopar...”.

(o fox raposinhou; e seu dono se omitiu, do madia)

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Now playing: bebel gilberto - august day song
via FoxyTunes

quarta-feira, março 12, 2008

quem não anda de ônibus pra periferia sabe o que é povo ?

Os dados mais recentes, tanto da produção industrial quanto do desempenho do comércio, estão animando os especialistas, que já apostam em um PIB superior a 5% agora em 2008. A atual onda de crescimento do país é impulsionada em boa parte pelo consumo das famílias. Mais precisamente, das famílias pobres. Os aumentos reais do salário mínimo, a ampliaçao e simplificaçao da oferta de crédito e também a renda oriunda dos programas sociais do Governo estao ajudando os brasileiros de baixa renda a ter acesso a produtos e serviços que antes eram inacessíveis a eles. Para você ter uma idéia de como essa mudança é importante, basta dizer que uma pesquisa da Associaçao Brasileira de Shopping Centers mostrou que 1/3 dos shoppings brasileiros já têm a classe média baixa e as classes populares como público alvo prioritário. Justamente os shoppings, que sempre foram, afinal, reduto da elite.

O problema é que muitas marcas e também muitas agências de publicidade nao sabem falar com o povão. Segundo um estudo do instituto DataPopular, especializado em investigar o consumidor brasileiro de baixa renda, na raiz dessa dissonância está a diferença entre a formaçao dos profissionais de propaganda e marketing e a dos consumidores mais pobres, a começar pela escolaridade. Por isso, é comum a gente ver comerciais de TV dirigidos a baixa renda com termos em inglês, anúncios com textos muito longos e testemunhais absolutamente improváveis - o povo vê artistas famosos anunciando produtos populares e acha até graça, porque sabe que eles nao usam aqueles produtos de verdade no dia a dia. É claro que também existem marcas preocupadas em conhecer a vida das pessoas mais humildes para aprender a falar e vender para elas. Várias empresas mandam seus executivos para pesquisas de observaçao sobre a rotina das famílias de baixa renda. Mas, em geral, prevalecem os estereótipos do que seja o povo brasileiro.

Em resumo, os executivos de comunicaçãoo e marketing precisam abrir o olho e ajustar a mensagem das marcas aos consumidores das classes mais baixas, para nao perder o bonde do consumo popular.

(do marinho, no bluebus: agora eles precisam aprender a vender para o povão).

o que dá pra rir dá pra chorar, é que algumas faculdades de comunicação(propaganda e publicidade)ministram a cadeira de cultura popular, por exemplo, como se isso fosse passaporte para entendimento do povo(leia-se classes de menor poder aquisitivo per capita, que porém no somatório perfaz bolo de renda significativo, enquanto respeitável, sim senhor, consumidor e nicho de consumo - aliás o único que permite agora se falar(por pouco tempo) em marketing e comunicação de massa, cadeira frequentada pelos alunos completamente dissociada da experiência de vida dos mesmos. como comunicar com o povo se tudo é voltado para a cópia cool ou seria cu? dos modelos euro-americanos? qual comercial ou anúncio comunica-se hoje falando para o povão sem estigmatizá-lo? para além da gritaria ensandecida do varejo? e do modelo mete bronca cardinot? alguém levou sério a máxima do joãozinho trinta ? ou o povo continua sendo aquela entidade que nós amamos de paixão, desde que eles fiquem longe, dos shoppings principalmente, como pensam tais futuros e presentes profissionais?
como se vê, é é dura vida mole a vida deste povo que fala do povo sem conseguir falar com ele.

terça-feira, março 11, 2008

o fim da propaganda de novo ou o fim sem fim

O mês é março. O ano é 2008. No que diz respeito às novas mídias, estamos na era do futuro? De acordo com as primeiras palestras ocorridas durante o evento Próxxima 2008, que está sendo realizado entre os dias 11 e 12 em São Paulo, a resposta é NÃO! Estamos no período do Caos, ou um período em que o escritor tcheco Franz Kafka descreveu muito bem, de maneira atemporal, em seu clássico Metamorfosis. Valter Longo, da Young & Rubicam prefere usar a expressão Tesarac, do poeta, autor e compositor Shel Silverstein, usada para descrever o período intermediário de mudança em que as coisas velhas estão morrendo, mas o novo ainda não decolou. A típica fase da adolescência, da insegurança ou ainda da sensação de que se está no lugar e hora errados.

"Quem trabalha com propaganda online sente que está sempre devendo, que está sempre sendo superado", observou Igor Puga, da interativa ID/ TBWA. Mas, para o Mídia, esta é justamente a mola propulsora da inovação e não deve se findar nunca. Usando uma idéia de Clarice Lispector em seu poema "Não entendo", Puga conlui que a época é de "discussão sempre, conclusão nunca".

Uma forma arriscada de pensar um mercado que já trouxe mudanças bastante visíveis, especialmente para quem vive numa cidade como São Paulo e assistiu ao fim (ou pausa) da exposição de outdoors pelas ruas. O exemplo foi trazido por Bob Garfield, do nova iorquino Advertising Age. O polêmico crítico da propaganda listou ainda mais algumas transformações concretas como a migração de audiência da MTV para o YouTube, demissões nos tradicionais veículos revista Time e emissora NBC.

Enquanto isto, outras empresas estão fornecendo séries online sem custos e a penetração dos gravadores de TV DVR cresce exponencialmente. A previsão apresentada por Garfield é de um salto nos EUA de 10 milhões em 2005 para 70 milhões em 2011 em penetração do equipamento.

Um novo modelo está surgindo e esta discussão não é nova. Valter Longo afirmou que estamos vivendo no Brasil uma época de ruptura. "Primeiro destruir para depois reconstruir". Em paralelo, corre-se o risco de transformar a mídia digital de extraordinária em ordinária. Extraordinária porque se o caminho nacional for semelhante ao dos EUA, em que de acordo com uma pesquisa do instituto Nielsen, o custo por mil saltou de US$ 8,64 em 1997 para US$ 21, 85 em 2007, o Brasil tem muito Oceano Azul para se pensar estrategicamente a internet. Para nadar de braçada, o desafio, segundo Garfield, será encontrar o público alvo e atraí- lo sem um intermediário chamado Propaganda. Pelo menos, não como a conhecemos hoje.

O Fim das agências de propaganda

Será que esta manchete algum dia vai virar capa de livro e o fenômeno Agência de Propaganda vai entrar para a história da comunicação? Se as previsões bombásticas trazidas por Garfield se concretizarem é bom para os publicitários procurarem emprego em outro mercado. "As agências de publicidade ficarão para trás", afirmou categoricamente. Em seguida listou alguns motivos- nenhum deles, uma grande novidade- porque aposta neste fato. As pessoas não gostam de anúncio; as pessoas querem mais informações; os consumidores estão no controle e o internauta está mais disposto a pagar por conteúdo do que o anunciante a investir em propaganda. Realidade esta um tanto quanto duvidosa para o Brasil em que 80% do público da Oi- empresa representada no evento pelo diretor de novos negócios José Luis Volpini- pertencem ao segmento pré- pago.

Por outro lado, Garfield lembrou bem que a TV e, mais recentemente o IPod não liquidaram com o meio rádio. Não teria a agência o mesmo fim? "O rádio continua, mas ninguém o ouve em horário nobre", respondeu. Alguém da platéia perguntou: E as idéias, e os insights? As agências não devem no futuro ser remuneradas por isto? Ironicamente, o crítico respondeu: "Eu gostaria de ver este contrato. Como cobrar por isso?". O único feixe de esperança deixado pela maior personalidade esperada no primeiro dia do evento foi as agências se transformarem em pequenas empresas de consultoria. "Acreditamos mais no nosso amigo do facebook do que em qualquer coisa que os anúncios tentam nos dizer".


(o texto é do adnews. mas digo que por estas e outras continuo gostando mais da mafalda do que do garfield. viva quino. a propaganda vai morrer? viva a propaganda. mas onde está a propaganda viva?)

sábado, março 08, 2008

desçam-nas do pedestal

o dia internacional da mulher é um dos dias onde a mulher, sob título de homenagens, é mais achincalhada sob todos os parâmetros. a começar da falta de nexo entre a origem da data e sua diluição em rotinas de shoppings.
como? dê olhadinha com mais vagar nos anúncios, que hoje são veiculados e diga-me se sua mãe, irmão, mulher, cunhada, merece algo mais ou menos parecido, mesmo que fosse ela a puta que certamente todos julgamos que não é.
anunciantes e agências compactuam subterfúgios no melhor esquema "vendemos a mãe e passamos recibo", típico dos traficantes de espaço, cujo princípio é veicular não importa como, porquê e pra quê. e olhe que hoje é apenas o dia internacional delas.
aguarde o dia das mães e veja como o buraco que é mais embaixo vai ser novamente currado até as tripas.

sexta-feira, março 07, 2008

crack na profissão

jornais de recife noticiam desmantelo de gangue do tráfico onde destacam profissão de publicitário.
não há porque ficar estupefatos. a profissão está uma droga já faz tempo. há droga nos anúncios, nos filmes, nos anúncios. nos outdoors então, nem se fala. todos chapados.
acontece que o único lugar onde traficar droga não dá cadeia é na publicidade. por isso vemos o que vemos se multiplicar impunemente. e assim a manchete não faz jus a ferida.

segunda-feira, março 03, 2008

em tom professoral, que antes fosse

“Professores de uma faculdade de comunicação publicitária do Ceará propuseram aos alunos uma bizarrice: organizarem um sindicato, a partir do qual pressionariam o poder público pela regulamentação da profissão. A sugestão explica um pouco a baixa qualidade do padrão de ensino praticado na média das nossas instituições formadoras, pois que só mesmo gente muito despreparada é capaz de sugerir esse tipo de coisa. Ora, onde já se viu sindicato de aspirantes a uma profissão? Mas o exemplo apontado esconde, ainda, uma tentativa corporativista de buscar alcançar por força de lei aquilo que deveria ser conquistado por competência.

Todos sabemos muito bem que, com honrosas exceções, a mão-de-obra que vem sendo disponibilizada ao mercado pela maioria das faculdades de comunicação é muito fraca, não apenas do ponto de vista da capacitação técnica, mas essencialmente da condição cultural, sendo que em alguns casos beira o semi-analfabetismo. É a partir dessa “massa crítica” que se pretende desenhar a regulamentação?

Chega a ser um insulto. Não podemos esquecer de que a publicidade brasileira deve seus (melhores momentos a psicólogos, sociólogos, jornalistas, filósofos, antropólogos, bacharéis em letras, artistas plásticos e outros especialistas em ciências humanas e, por que não, a muitos engenheiros, advogados, médicos… Gente, portanto, com bagagem cultural suficiente para dar substância retórica a uma atividade que vive, essencialmente, de convencer pessoas.

É de se perguntar, afinal, o que é a publicidade, extraído dela esse aporte intelectual multifacetado. Uma profissão de operadores de programas e de aplicadores de fórmulas? Aliás, não é difícil, sem nenhum saudosismo, observar a rebaixa da linguagem publicitária, na medida em que as novas ferramentas tecnológicas oferecidas ganham mais significado do que os conteúdos das mensagens.

Em termos criativos, a impressão é a de que corremos atrás do próprio rabo, pois os nossos jovens aspirantes – com honrosas exceções – “estudaram” e aprenderam a glorificar apenas o trabalho dos profissionais de criação consagrados e esqueceram de beber sabedoria na mesma fonte em que estes beberam. Basta observar as “pastas” de grande parte dos estudantes, para se perceber uma busca desesperada pela adoção de estilos. A recorrente e sempre frustrada tentativa de regulamentar a profissão não leva em conta que a publicidade, mais do que uma profissão, é uma comunhão de saberes diversos. Essa é a sua natureza. Qualquer tentativa de cerceá-la significa seu empobrecimento. Muito melhor contribuição será dada à profissão se os propagadores da regulamentação se ocuparem mais em proporcionar um ensino de melhor qualidade. Pois que a regulamentação aceitável é, antes de qualquer coisa, produto de uma academia respeitável.”

(armando ferrentini, é editor do propmark)

o que esperar de faculdades onde qualquer zé ruela é professor e onde o que se vende é preço e, quando muito, quantidades de macintoshes? haja parafuso e chupa prego. dez faculdades de publicidade no recife(por enquanto) e espremendo-se tem-se o quê? publicitário em liquidação de merda.

sábado, março 01, 2008

coma iogurte. um "milhão de pessoas" não podem estar erradas

Nessa altura do campeonato todo mundo já sabe que o ano passado foi muito bom para o varejo como um todo e que os supermercados em especial tiveram um ótimo desempenho. Agora, um relatório divulgado pela Nielsen revela novos dados sobre o consumo dos brasileiros em 2007 e fornece boas indicaçoes sobre os rumos do mercado esse ano.

Pra começo de conversa, nas 160 categorias de produto normalmente auditadas pela Nielsen, as marcas de preço baixo continuam fortes, mas as marcas de preço intermediário e alto ganharam mais espaço. Isso é característico de economias que se recuperam, ou seja, as pessoas querem mesmo marcas de mais prestígio. Quando ganham acesso a elas, acabam deixando as marcas mais baratas de lado. Outro comportamento típico desse cenário marcado pela recuperaçao do poder aquisitivo dos consumidores é o crescimento no consumo de itens supérfluos. O maior aumento registrado em 2007 pela Nielsen foi na cesta de bebidas alcoólicas, que subiu 7% em volume. Cervejas e uísques lideraram esse movimento, com elevaçao de 7,5% em relaçao a 2006. O segundo maior aumento foi em perecíveis, com destaque para os sorvetes, que venderam 17% mais, e (para os frios e embutidos, que cresceram 9%.

O maior indicador de melhoria nos orçamentos familiares, entretanto, é o comportamento dos iogurtes, supérfluo que é sonho de consumo de boa parte dos brasileiros de menor poder aquisitivo. Pois bem, em 2007 a venda de iogurtes subiu 3,5%. Isso significa que nada menos do que 1 milhao de lares que nao tinham comprado esse tipo de produto em 2006, passou a comprá-lo em 2007. Outro produto supérfluo que cresceu bastante em 2007 foi o refrigerante. Nesse caso, foram cerca de 600 mil os lares que nao compraram o produto em 2006 e passaram a comprar em 2007. A Nielsen calcula que só os domicílios de poder aquisitivo alto e médio juntos tenham consumido cada um mais 10 litros de refrigerante em média no ano passado. Vale lembrar que os itens Diet e Light já representam 10% do volume da categoria, prova de que os brasileiros abraçam rapidamente esses produtos antes relacionados apenas com dietas e hoje associados a um estilo de vida moderno.

Resumindo - o povo gosta do que é bom. E prefere gastar com marcas boas e produtos supérfluos do que economizar para o futuro.

(luiz alberto marinho no blue bus)

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