sábado, abril 30, 2005

você tem uma agência assim ?

porque hoje é sábado nem tudo é vinicius. raios! de relé do wapsa, alternador que insiste em não gerar empatia. o jeg, jipe que ninguém sabe muito bem o que é, nem de que é feito, pra todo mundo é gurgel, pra todo mundo é fibra mas é dacunha e aço bicromatizado, amua. durante a semana eletricista diz que não trocou o que prolonga indefinidamente conserto porque não achou nos bultrins periferia desprezada de olinda mesmo com avenida chico science cheia de hotéis de amor. mesmo assim mecânico coloca defeituoso no lugar. fazem três dias. apetrecho-me hoje para maiores distâncias. ressabiado de agências e mecânicos, penso e ajo que não custa nada perguntar onde ele não achou. primeira e segunda loja de auto-peças. necas! terceira já acho. diz eletricista que se achar, wapsa custará 50 paus. original, sabe como é, fora de linha há pelo menos 20 anos. jeg tem 27 mas bons dentes pra mim.o gauss, genérico, 35. acho por 35 o wapsa. retorno oficina, cruzamento alguém vende castanhas adocicadas tostadas em açúcar caramelado, guloseima que no shopping custa 3.50 no mínimo, sob marca multi franchisada nem por isso sabor que marca. no cruzamento custa 1.50, enrolada naqueles casquinhos de papel que muito mba não sabe fazer. merda, só tenho 50 reais e uma multidão de vontades de 1.50. o vendedor aproxima-se com amostra grátis. digo que sinto vontade mas sinto muito mais ainda porque só tenho 50. ele me dá amostra generosa e mais generoso ainda me deseja boa viagem e ótimo fim-de-semana com olhar de quem quer ser comido - a castanha - mas não se pode mostrar demasiadamente oferecido. volto a oficina. jeg, da dacunha, fábrica de espanhol paulista garfado pelo exército em mais uma concorrência destinada a fuder pequenos nacionais, por isso mesmo só 20 exemplares 4 x 4 e mais ou menos uns 400 4 x 2, metade ido pro iraque, um quarto usa, e resto raro por aqui, fica pronto as três. sigo os dois quarteirões de volta a casa entre relé e castanhas nos calcanhares. mesmos quarteirões de volta a oficina até já sei o que quero. acertar as castanhas do mecânico caso o jeg não relinche ao me ver. ele relincha e eu bufo de alívio. monto bicho e faço-me novamente em direção as lojas de auto-peças 3 reais no bolso, dois pacotes de castanha em vontade contida por meus dez quilos a mais. vejo vendedor de longe e faço sinal de vitória, quer dizer, de 2 pacotes e vou reduzindo com cuidado pois sinal está aberto. um na mão e outro em falta, carros buzinam minha espera e ele diz que leva outro lado do cruzamento. cruzo a via sem nenhum dos pacotes uns 30 mais ou menos que estavam em exibição e acabaram antes, bem antes de montar relé, tenho certeza. as papilas assistem ele enchendo outros e outros e olhos dizem a demais sentidos que agora vai. apetite grande, engarrafamento também, cruzamento idem. a cada um feito pra mim saem tantos para outros que não param de chegar que lá se vai o meu repetidas vezes. nao é por nada não, longe de mim desejar encalhe, mas o meu relé começa a ficar impaciente, luz vermelha acende: já já desisto de fazer este post it. vendedor percebe a minha voragem, acena, pede pouco de calma e domina timing de cena. como lufada de vento, desliga o meu relé. enquanto sua mão aberta abaixa outra toma os cones em forma de tocha e ele faz a maratona instantânea de transpor o cruzamento com habilidade ainda maior com que enrola os cones com as castanhas tostadas e adocicadas com caramelo de açucar que tem sabor que marca trazendo-me pacotes que faz questão parecer maiores que normais mas com recheio que contabiliza minha fome de escrita abalada. dá-me os dois pacotes e deposita em minhas mãos porção ainda mais generosa que a amostra grátis dada anteriormente. deseja-me ainda com mais sedução e eficiência as verdades-mentiras do bom combate, desculpe a demora, um ótimo fim de semana e uma boa viagem, como se eu fosse ao iraque conhecer os irmãos do jeg. mas não me deixa escapar antes de qualquer mordida: volte sempre, gostei do seu carro: eu estou todos os dias por aqui . você tem uma agência assim ?

anti-planejamento

faça seus planos de forma tão fantástica quando desejar. senão daqui a algum tempo eles parecerão medíocres. implemente seus planos dez vezes melhores do que o planejado porque daqui a algum tempo você perguntará porque não os fez cinquenta vezes melhor. henry curtis.

aviso prévio

tô muito feliz pra ficar triste por causa de dinheiro.

achados e perdidos

e sentir na fria lamina do momento
não que houvesse corte
mas leve pressentimento.
poema achado em goiás nos 70. ainda hoje procuro autor.

sexta-feira, abril 29, 2005

contrariando a bíblia

evangélicos tiriricas com personagem de juliana paes in america quase prestes a tirar roupa também mas por razões muito pouco bíblicas. afinal, a ira é o strip-teaser do ódio. pensam organizar protestos e desde já faço o meu: mas logo agora que eu ia me converter ? ah! não, ajoelhou tem de rezar. eu quero.

cuscuz

Como uma profissão permanentemente invadida por uma leva de picaretas pode falar em responsabilidade e ainda merecer crédito? Como o empresário anunciante pode olhar nos nossos olhos e nos dar fé depois de ter sido iludido ou de conhecer pessoas que o foram?

responde pra mim não. responde pro eloy.simoes@uol.com.br

boa menina

Uma coincidência me incomoda. Por quase toda parte que eu vou, converso, leio, é sempre a mesma ladainha: o cliente só quer saber de preço. O cliente não tem cultura. O cliente é um quadrúpede mal-intencionado. O cliente é um verme maligno.

Problema número um: a ignorância do malfadado cliente. É impressionante como um profissional (design, propaganda, marketing e mais uma carrada de outras áreas afins) passa quatro ou cinco anos estudando numa faculdade, investindo tempo, livros, suor e pestanas para aprender conceitos como semiótica, comunicação integrada, marketing de relacionamento e outras coisinhas assim básicas, e saia de lá com a síndrome do Dr. Jekyll e Mr. Hide. Estranho? Ora, que outro nome você daria para esse comportamento tão paradoxal: Dr. Jekyll acha que aprendeu bastante, domina conhecimentos que pouca gente teve acesso, reuniu um cabedal de conhecimento impressionante. Um verdadeiro “doutor”, dramaticamente superior aos demais mortais. Seu lado Mr. Hide, porém, inconformado, não entende como é que as pessoas não compreendem conceitos tão simples. Só podem ser burras, ignorantes, mal intencionadas ou essas três coisas juntas. É tudo claro, óbvio! Muito fácil de entender a diferença entre você e aquele outro profissional que tem um portfólio bonito mas nem a metade da sua competência. O seu trabalho é integrado, o dele não. Qualquer anta cega pode ver!
Problema número 2 :a malignidade do cliente. Como é que você, um profissional ético e respeitado, pode estar à mercê desse monte de mau-caráteres que andam aí pelo mercado? Eles só querem prejudicar você. Barganham o preço para depois esfolar aos poucos, devagar mas com firmeza. Você só quer fazer o seu trabalho direito e cobrar o preço justo. Se o cliente não fosse do mal, veria isso com clareza.

Problema número 3: a falta de paciência do cliente. Ele quer tudo para ontem, como se fosse o único ser do universo digno da sua atenção. Será que não é óbvio que você tem três trabalhos para entregar e que essa mudança não estava no contrato?

Problema identificado número 4 a falta de amor na relação. Puxa, você é um cara tão legal! Você quer tanto trabalhar com aquele cliente. Será que ele não nota os seus olhares sedutores (não aquele de galinha, mas o que promete amor eterno, pois você quer um compromisso sério)?

Pois é. Vamos parar por aqui porque já temos problemas demais. Se a gente consegue atacar esses aí, quem sabe não seja necessário economizar para comprar aquela passagem só de ida para Bangladesh.

Para a ignorância do cliente, o antídoto é simples. Você se deu conta de que, durante o tempo que você estava estudando para saber tudo isso, o cliente estava fazendo e aprendendo outras coisas? Que muitos dos termos que você usa ele não faz a menor idéia do que signifiquem? E que esse seu ar de doutor especialista não ajuda em nada ele superar a vergonha e perguntar? Pois é,compartilhar conhecimento devia ser lei. Básico, justo, indispensável. Mas, infelizmente, esquecível.

Para a maldade dele, muita calma na negociação. Será que ele tinha idéia do que estava comprando, com aquele monte de nomes esquisitos no contrato (se é que houve um)? Esse problema não poderia diminuir se as propostas, o contrato, a apresentação e a conversa, de uma maneira geral, tudo isso fosse mais didático? Pense em você contratando um encanador sem entender lhufas de encanamento. Dois caras, aparentemente iguaizinhos oferecem orçamentos diferentes. Você não tem como avaliar a competência deles por pura ignorância, não tem idéia dos equipamentos e do tempo que vai levar pois a explicação de ambos foi muito complicada. Vai dizer que não fica com o mais barato?

Para a pressa, pare e pense. Como é que você poderia contribuir para que o cliente pudesse planejar suas necessidades com uma antecedência viável? Será que você também não é desorganizado e sem planejamento? Ora, vamos lá. Seja sincero. Você tem pelo menos uma agenda de trabalho e um plano de ação atualizados? Sabe aquela história do roto e do remendado...

A última e mais importante: o amor da relação. Se você realmente quer conquistar o cliente, não bastam os galanteios. Lembre-se da receita básica: plantinha, regar todos os dias, fazer o outro feliz, surpresas, encantamento, blá, blá, blá…

Você está fazendo a sua parte?

ligia fascioni in feios, sujos e brutos. fascioni é especialista em marketing e doutora em engenharia de produção e sistemas. atualmente é consultora técnica da unidade de instrumentos de gestão do instituto euvaldo lodi (iel/fiesc).

well, nada que um lux não resolva lígia. problema delta : sabonete as vezes cai.

alguém meteu a bôca onde não devia e desta vez não se pode culpar o atendimento

homem dormia na casa de um amigo. ao acordar, a namorada do amigo praticava sexo oral sem seu consentimento, segundo testemunhou. a versão norueguesa da capitu, que modificou sua declaração antes do início do julgamento, reconheceu o contato sexual em seu novo testemunho, mas afirmou que o homem estava acordado e que o ato tinha sido consentido. a sentença deu credibilidade ao testemunho do homem e, de acordo com uma emenda de lei aprovada em 2000, considera que ter contato sexual com alguém que está dormindo é considerado violação. resultado: ela pegou 9 meses de prisão, e ele ainda receberá uma indenização de 40.000 coroas norueguesas (cerca de R$ 16 mil), sim foi na noruega. agora que tudo foi explicado um pouco melhor: se você é um homem, e uma mulher fizesse sexo oral em você enquanto você estivesse dormindo, você iria à justiça? - eu, bem deixa pra lá. tabloideanas. uol. copydescado a bit.

jobiniana

outra cidade rio que não o de janeiro inspiraria samba do avião ?

quinta-feira, abril 28, 2005

conteúdo de peso

bom, minha diarréia não chega a tanto. dispenso o jornal.

riques,renatos,silvios,fernandos, júniores, renês,escondam suas sungas

Demitido por espalhar foto do 'chefe' de sunga 13:07 O diretor de arte Jaison Rodriguez, que trabalhou na equipe da americana Deutsch por 10 anos, foi demitido no inicio do ano por ter distribuido por email uma foto do CEO Donny Deutsch na praia, de sunga. Teria sido encontrada no servidor da agência. Na epoca a foto nao chegou a ser publicada em nenhum site ou veiculo impresso. Voltou a circular recentemente porque um colega do demitido, Mark Koelfgen, começou a mandar mensagens para ajudar Rodriguez a conseguir um novo emprego - com a foto de Donny Deutsch anexada. O diretor de arte está trabalhando como freela e a noticia nao esclarece se a nova rodada de emails vai provocar puniçao de Koelfgen. Dica do Adfreak. 28/04 BBI -

quer ver a foto do big boss de sunga para comparar modelitos ? www.bluebus.com.br .só hoje. amanhã sabe-se lá o modêlo de demissão.

guru do meyer

você não pode trocar a lucidez por coisa alguma. millor fernandes.
puta que o pariu! este mercado tá mais escambado do que nunca. de pulgas e árabe perde. mas santa inocência, ainda tem gente que conserva. sardinhas de cabeça, rabos, presos, de baleia. canta ministro.

reacadinho pra abap, do decano

Meio & Mensagem publicou, esta semana, na edição 1155, data de capa 25/04/2005, informação segundo a qual “as 30 maiores agências do país disputaram, cada uma, cerca de 11 concorrências em 2004”. Isto é, quase uma por mês, tendência que, segundo o jornal, deve se acentuar este ano, pois “já é 60% maior que a média do exercício anterior”.

Até aí, tudo bem. O chato veio no corpo da matéria:

“Embora estejam incomodados com a nova realidade,” diz, “- nove entre dez donos e presidentes de agências ouvidos consideram ineficaz o modelo de concorrência – o mercado perdeu o poder de barganha. Por essa razão, impera a lei do silêncio: a esmagadora maioria dos dirigentes se recusou a falar publicamente sobre o assunto por medo de ficar marcado em futuras concorrências.”

Você está horrorizado? Então vai ficar mais ainda ao ler o próximo parágrafo:

“Das 30 agências consultadas, dez nem sequer responderam ao questionário-padrão enviado pela reportagem, mesmo com a garantia do anonimato proposta pelo jornal. “As agências estão sem forças para se impor, por isso é perigoso ficar exposto neste momento”, desabafa um empresário do meio.”

Quer mais?

“Quando o assunto é a quebra das normas de remuneração, o presidente do CENP, Petrônio Correa, reconhece que pouco se pode fazer, uma vez que as agências não tornam público o problema.”

A ABAP, tão ciosa na defesa dos interesses das agências grandes, também confessa sua incompetência:

“Nós da ABAP pensamos em levantar um estudo semelhante, mas, como uma entidade de classe, dificilmente conseguiríamos que as agências revelassem informações sigilosas”.

Meio & Mensagem, aliás, publica o que chama de “Os 10 mandamentos para o Cliente em processos de seleção”, um “manual de boas maneiras”. Adivinhe quem o editou?

Justamente: a ABA.

3. Assim, como João Teimoso, as agências e as entidades que as representam continuam apanhando. Sem reagir. Sem reclamar. Incapazes de perceber que, juntos, elas, os profissionais, os meios de comunicação e os fornecedores são capazes de impor um mínimo de respeito.

Mas, pelo jeito, elas gostam de apanhar. Tomara que não tenham o mesmo fim do João Teimoso.

eloy simões, em sua coluna acadêmica. enquanto isto, verdelança de outdoors,com nomes e sobrenomes à propaganda feita por associados da abap, de, e para, jões, desprega-se de propósitos mostrando idéia que não resiste ao tempo. entidade e entidandos, amarelam a qualquer exposição. e não estamos falando de listas. recorde-se certidão, postizado em 17.04.2005. depois não me digam que eu sou contra verso.

contra briefing

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
Não quero mais saber do lirismo que não é libertação

viagem ao âmago da palavra, manuel bandeira. esta sim verdadeira pernambucaneidade que todo pernambucano(e cidadãos do mundo) que tivesse algo mais do que aquilo que jogam no capibaribe deveria ler.

quarta-feira, abril 27, 2005

libelu geral

Email e telefone distraem mais que maconha 15:34 Emails, mensagens de texto e telefonemas afetam temporariamente a capacidade intelectual dos funcionarios duas vezes mais do que se eles fumassem maconha. É o que diz estudo patrocinado pela HP e realizado por pesquisadores do Institute of Psychiatry, de Londres. Ambientes com tecnologias que distraem reduzem, em media, em 10pontos a capacidade de um profissional, enquanto fumar maconha provoca queda de 4 pontos. Segundo o estudo, uma reduçao de 10 pontos equivale a 1 noite sem dormir. Noticia da Red Herring, em inglês, aqui (obrigado, Michel Lent). 25/04 - notícia de blue bus. www.blueblus.com.br

fala portugal

por quê ? porque numa terra onde se faz concursos até para papel higiênico, duas concorrências, no mínimo, diga-se de passagem, banheiro feminino e banheiro masculino, para cada andar, a cada mês, se houver mais banheiros, mais concursos, os depoimentos de sócios e presidentes sob sigilo(sic) na edição de 25 de abril do M&M(meio&mensagem)devem soar ainda mais enxovalhadores do que para nós que não chegamos a tal paroxísmo. apesar dos números sombrios de crescimento das concorrências puxa-puxa que vão arrombar de vez com a camada de ozônio das dita cujas agências.

" Em metade das concorrências em que participei, tive a impressão posterior de que só estava alí para corroborar a escolha de uma agências que já tinha sido feita desde o início "

" Depois que as apresentações já foram feitas, e é hora de negociar a remuneração, muitos anunciantes dizem: "vamos esquecer o cenp, né ". " - cenp pá, é mais uma sigla pseudo reguladora da ética nos negócios.

" Noutro dia uma executiva de marketing bateu aqui dizendo que nós havíamos sido pré-selecionados, ao lado de mais duas agências,para uma concorrência. Detalhe: a verba era de R$100 mil".

" Muitos executivos, quando assumem a diretoria de marketing, tomam como providência a troca da agência, pois acham que essa é a melhor forma de marcar a sua gestão. Aí abrem uma concorrência para justificar a mudança e forçam a redução dos preços para agradar a presidência "

" Muitas vezes o mais irritante é que o prospect oferece um prazo absurdamente pequeno para a apresentação e depois enrola meses para dar uma resposta,isso quando não ficamos sabendo o resultado em uma nota da imprensa. "

" Quando um anunciante chama 10 ou 12 agências para uma concorrência, é sinal de que ele não tem a menor idéia do que realmente quer( eu discordo, ele $abe). Ao fim do processo, ele conseguiu dúzia de propostas de campanha de graça e entrega conta para a empresa que cobrou mais barato ".

agora, em homenagem aos 40 anos rede globo, o macaco quer saber: uai ? se é assim porque todo mundo participa pianinho,pianinho( com o rabiosque entre as pernas ) pelas mesmas razões dos depoimentos sigilosos(sic) ? ah! tá bom, o macaco tá certo. e, quanto a 100 mil de verba, tem muita agencia - e grande - que até renuncia a remuneração para ficar com a conta. deixem-se pois de merdas.

esterelizando

não dá pra confiar em numa cozinha que serve comida fria e toalhas quentes. nizan sobre comida japonesa. analogizando guanaes: dá pra confiar em agências que servem publicidade fria e faturas quentes? ou pior seria o contrário ?

terça-feira, abril 26, 2005

ultraje a rigor

Não vamos invadir, vamos ocupar um vácuo do mercado. As agências top de recife, salvo as honrosas exceções, são as mesmas de 20 anos atrás. Quem consegue fazer boa propaganda num mercado como João Pessoa tem o que realizar em Recife. zeh guilherme, sócio-diretor de criação da zag comunicação. as agências de recife somos inúteis ?

a coisa aqui tá preta

well, changeamos template. sorry pra quem gostava do simply red. agora inda mais preto no branco. template anterior, plug-inlambava acentos pra muita gente tornando leitura desconfortável. sabe como é, preciso conservar a audiência, nem que seja em formol. thanks aos trinta e tantos visitantes diários. vamos ver quem desiste primeiro, vocês ou eu.

gomos e nacos

aqui na f/nazca a gente tem espaço para três tipos de clientes. os muito legais com muita verba, os muito chatos com muita verba e os muito legais com pouca verba. eu só não encontrei nenhuma razão masoquista para aceitar os do quarto tipo. fábio fernandes.

provincianismo e rouquidão

pronews 65, ipsi literis: Pernambucano fazendo história na publicidade mundial. O publicitário pernambucano Rodrigo Campos está concorrendo a dois grandes festivais internacionais da propaganda. Cannes e Clio, disputando com os maiores profissionais do mundo. Atualmente trabalhando na paulista JW Thompson, Rodrigo está concorrendo com a peça criada para as pastilhas Benalet.

provincianismo e rouquidão II

então já fiz história na publicidade mundial e não sabia ? eu que sempre acreditei que pra se fazer história tinha-se que fazer bem mais e que por isso mesmo não tinha conseguido nem na terrinha? uau! sale dúzia e meia de galinha, pato e bode - o jeg não ! - arrebento porco da poupancinha, troco ração premium dos cães por fuba e pele, cavo mais meia dúzia de inscrições e viro almanaque. e que se foda a fazendola de publicitário wideworld.

lampadinha

auto-apagão hoje recife. hora do angelus. companhia de eletricidade eletrochocou. aumento tarifas passa dos 40%. muitas agências publicidade protestando também. a maioria protesta faz tempo. apagadinhas, apagadinhas. apagadonas. breu.

segunda-feira, abril 25, 2005

empacotaram a "velhinha"

red cell comprou. majoritariamente, não. sinal de epitáfio criativo, possivelmente. primeiro compra-se, depois asfixia-se. das mais criativas, a novissima velha senhora espanhola nascida em outubro de 2000 para resgatar tom "romântico" agências anos 70, sentou bengala até na wieden& kennedy, ganhando conta coca euro 2004. cuspidela no dos bundões de plantão que insistem que idéias do grande caralho não são moto pra sustentar projetos. www.srarushomore.com . batam a porta e levem um vinho de qualidade. a velha senhora recebe muito bem quem tenha espírito inquieto. é de chorar de rir. com a venda, chorar mais uma perda quiçás no.

no atacado e no varejo

-eu acho que a gente passará a assumir mais que este é um país de varejo, o que é verdade mesmo. sérgio godilho, diretor de criação da áfrica.
-para começar, o volume das ações de varejo está muito acima dos decibéis máximos recomendados pelo ministério da saúde e, certamente abaixo do q.i. mínimo aceitável por quem assiste tv. alexandre gama, presidente da neogama/bbh.

papel carbono ?

passamos por um período contido, conservador, menos sedutor e contaminado pelo medos dos anunciantes e pelo afã de resultados a curto-prazo. este texto ipsis literis legenda fotos de adriana cury, vice-presidente de criação da ogilvy e adilson xavier, diretor de criação da giovanni,fcb in revista da criação deste mes.erro de diagramação ou não ? façam suas apostas. quanto a mim passamos é o cacete!.

domingo, abril 24, 2005

pág. 84

A Esposa Com Mais De Quarenta do Executivo De Óculos Ray-Ban ficou de quatro com a bunda virada para cima. A Esposa Com Mais De Quarenta do Executivo De Óculos Ray-Ban estava oferecendo o cu pra que o Executivo De Óculos Ray-Ban colocasse seu pau dentre dele, cu da Esposa Com Mais De Quarenta do Executivo De Óculos Ray-Ban. A Esposa Com Mais De Quarenta do Executivo De Óculos Ray-Ban fingia que o gesto de ficar de quatro com o cu para cima, era um gesto espontâneo, não premeditado. O Executivo De Òculos Ray-Ban percebera que sua Esposa Com Mais De Quarenta fingia que o gesto de ficar de quatro, com o cu para cima, era um gesto espontâneo, não premeditado. O Executivo De Óculos Ray-Ban fingia que não percebera que sua Esposa Com Mais De Quarenta fingia que o gesto de ficar de quatro, com o cu para cima, era um gesto espontâneo, não premeditado. Mas, já que a Esposa Com Mais De Quarenta do Executivo De Óculos Ray-Ban estava de quatro, com o cu para cima, só restava a Executivo De Óculos Ray-Ban colocar seu pau no cu de sua Esposa Com Mais De Quarenta.

pág. 87

O Executivo De Óculos Ray-Ban estava suado. O Executivo De Óculos Ray-Ban esfregou o seu pau mole no cu de sua Esposa Com Mais De Quarenta. A Esposa Com Mais De Quarenta do Executivo De Óculos Ray-Ban, tentando sempre parecer espontânea e natural, fazia caras e bocas aprendidas em alguns filmes pornográficos que o Executivo De Óculos Ray-Ban trazia para casa na época em que ele o Executivo De Óculos Ray-Ban, começou a perder o interesse sexual por ela, Esposa Com Mais De Quarenta do Executivo De Óculos Ray-Ban. Depois de fazer muita força para eliminar o Gerente De Marketing Da Multinacional Que Fabricava Camisinhas de sua imaginação o Executivo De Óculos Ray-ban conseguiu focalizar o imaginário cu da Kin Bassinger em sua mente e ficou com o pau duro. O Executivo De Óculos Ray-Ban fez sexo anal com sua Esposa Com Mais De Quarenta. O Executivo De Óculos Ray-Ban ejaculou no róseo cu da Kin Bassinger. A Esposa Com Mais De Quarenta do Executivo De Óculos Ray-Ban falou para o Executivo De Óculos Ray-Ban: - eu te amo. O Executivo De Óculos Ray-Ban falou para sua Esposa Com Mais De Quarenta: - eu também. O Executivo De Óculos Ray-Ban tirou o seu pau, meio murcho e coberto por uma gosma bege, de dentro do cu da sua Esposa Com Mais De Quarenta e pensou em uma frase ótima para dizer na reunião de segunda-feira com o diretor de marketing da multinacional que fabricava camisinhas. A frase ótima que o Executivo De Óculos Ray-Ban diria durante a reunião de segunda-feira com a diretoria de marketing da multinacional que fabricava camisinhas era a seguinte: - neste fim de semana, eu almocei comida caseira. Tive de comer o cu da patroa. Quando o Executivo De Óculos Ray-Ban disser esta frase ótima, durante a reunião de segunda feira com a diretoria de marketing da multinacional que fabricava camisinhas o Gerente De Marketing Da Multinacional Que Fabricava Camisinhas rirá.

mineiro redator, andré sant´anna, mora no rio, trabalha em são paulo.incluido nos cem melhores contos brasileiros do século, objetiva editora. também autor de amor.
assim traz orelha,sexo,livros cotovia, destaque na fnac lisboa em1999 quando portugal falava ao pau suadamente.

sábado, abril 23, 2005

moésio

moésio levou cuidado na fita vt pra casa. bairro periferia. família tal. ninguém muito bem aquilo de publicidade. moésio prepara cena. confiança. primeira vez mãos trabalho qualidade. não película. mas beta vt. reúne família jantar anuncia sobremesa. olhos voltam a mesa fome sopa de ticão. tracs e trecs aparelhagem engolindo fita, vomitando imagem, sem mastigo, moésio bem deuses, ufa! sorrisão. corre sofá ver obra auditório lar. público criticão. eles valem. se marimbando pro mercado. mãe toma sentido contrário. quase abraça televisão. fim sessão. moésio escuta coração tamanho silêncio. irmãos respirar nem atrevem. todos audientes a mãe. mãe que não sabe bis, replay, mas cospe um bota de novo, aproxima de junto levando fundo de garrafa pra ver obra do filho. moésio outdoor de ânsia certa. mãe vai dá valor profissão de inúte. nem espera pack-shot. mãe quase palavrão arrastado mas estocada assusta vizinhos tantos carregados de agás e erres que arrasta óculos e tudo de volta pro seu lugar como redemoinho vestido de chita e sandálias arrastadas sentencia: horrívi! filme de moésio foi premiado colunistas. genial disseram-lhe tapinhas de unhas nas costas. moésio detesta sopa.

grand prix

sabes qual maior reconhecimento campanha ou anúncio ? - cannes pá! vá lá, clio ? new york or london festival ? qual nada vasco. acaso lembrar-nos-emos mais de ti pelo caminho ou especiarias ? quiçá dia, auto-carro abarrotado, mulher a dias ou paquete pancadearem-se ante mupi ou outdoor: estão a ver, tão a ver ? foi a minha agência que fez, foi a minha agência, fui eu que fiz, quer dizer eu trabalho lá, eu estava lá quando os gajos deram uma estalada na idéia. fico a pensar quantos nós viajarão dia auto-carro assim ?

stenziana

vou parar por aqui porquê hoje estou muito ácido e pouco lisérgico. paulo stenzel comentando copy do abril pro rock. a ser publicado durante a semana.

feriado

levante? só se for de putas. comandante da guarnição ao ser informado da inconfidência mineira. fama de tiradentes não consta dos livros escolares. literatura para adultos ?

sexta-feira, abril 22, 2005

analógico ou digital ?

fim dos anos 50 meados 60. angariador de anúncios, geralmente homem de rádio, escreve texto e passa para o layoutman que fica isolado no fim do corredor.

anos 60. bill bernabach cria a dupla. periscinoto vai a maomé, inova conceito no país.

anos 70. planejamento começa a produzir das suas na inglaterra. no brasil vive-se a era do atendimento. há quem diga que a ditadura osteoporiza até hoje maioria das agências.

anos 80. duplas, trincas, grupos integrados de trabalho e outras sabotagens. washington mostra que pra além dos tênis e gravatas desconcertantes, idéias desconcertantes produzem resultados que fazem clientes rirem mais com lucro do que com roupas deles, criativos. a visão de que nem todo criativo é o cara que acha que dinheiro nasce em árvore incomoda profundamente os defensores da racionalidade na propaganda. criação começa a sair da adolescência transformando mesadas em verbas e catapultando negócios. pegadas deixam marcas. estava aberto o caminho.

anos 90. open space, conceito industrial criado em fim dos 40 meados de 50 é o up-to-date na terra. tem gente que odeia o formato. agora é preciso mais cuidado ao cutucar o nariz durante o expediente. opem mind que é bom ? atendimento continuam ratazanas no espaço. algumas agências no entanto contratam f.genes e desinfetam local. criativos assumem a função, em muitos casos são ceo´s, provando que a dicotomia entre razão e emoção, como diria rorsach não só é falsa como cavalo de pau para a manutenção da ditadura de boys de luxo e carregadores de leiaute cuja única função, salvo as de coxas grossas, é relembrar à criação que a inteligência humana tem limites a estupidez não. nascem as hot-shops, nome mais mercadológico de boutiques de criação, que já ameaçavam surgir nos fim dos 80. descobre-se também que pior que um mau atendimento é um mau atendimento neonizado de planejador. a criação a frente do atendimento deixa de ser piada.

fim de século XX, começo de século XXI, o mesmo de sempre, somado ao surgimento de núcleos estratégicos de pensamento em comunicação de marketing de marcas onde não existe atendimento e nem mesmo criação, terceirizados job a job. criam-se agências de endomarketing e responsabilidade social em comunicação corporativa. a publicidade dilui-se ou imiscua-se em velhos e novos formatos de comunicação. descobre-se que a net não extingue a pub apenas exige brevê para o matrix. como em todo fim de século e começo esbanjam profecias e previsões, para além das de faturamento e passaralhos. bill bernabach continua sendo o publlicitário do velho e novo século. acompanhe o cemgrauscelsius e descubra porquê.

quiz .onde estariam você e sua agência neste ranking ? morreu e não sabe ou nem sabe que nasceu? natimorto ? atendimento comeu sua língua ?

copydescado

brasil. país onde livro encalha e pagode espalha. lenilson lima.

quinta-feira, abril 21, 2005

diálogo com bianca

- carrões com preços de carrinhos.

- normalmente a gente não faz assim.

- mas eu não sou normal bianca. eu sou publicitário.

caso de polícia

cardinot pilotando banco paraná. quando ouvirem sirene é xilindró apinhoado de inadiplente. aposentado é do cacique ? nair belo diz que sim. outro banco da tribo dos mau mau a prometer pajelanças. empréstimo pra quem precisa de empréstimo. policia pra quem precisa de polícia ? lucro pra quem precisa de mais lucro.pós-pack-shot.

quarta-feira, abril 20, 2005

lâmina

napasta.zip.net
pensado vitrine, tornou-se telhado.
criação de lenilson lima, diretor de arte quase unanimidade no mercado regional - o quase salva-lhe os dedos - e um dos mais insistentes defensores da volta dos que não foram - clube de criação de pernambuco - começou com proposta equânime: expor que a despeito da baixa qualidade dos "jornais de domingo", o input dos criativos pernambucanos, maioria - natal, joão pessoa e até porto alegre de bigu - vale mais que os salários que recebem. a despeito da bonomia lenilsoniana quase suspeita; o que urdirá este quase ong de tamanhos bons pensamentos, em nome de que, artífice da concórdia ? o na pasta degringolou e expôs as entranhas do que rola na cabeça de uma certa parte do dito corpo criativo local. sintomaticidade dos comentários diagnostica volvo, denominação da inversão dos movimentos peristálticos, doença fatídica quando merda em vez de descer sobe e sai por onde entra comida.
pessoamente tenho princípio. nada adiantam movimentos como este. publicidade, como no bicho, vale o que está escrito, o que vai pra rua. e aí não adianta contemporizar. todos sabemos das enormes dificuldades de se colocar bom trabalho na rua, quase intransponíveis. por isso mesmo quem coloca é o que é , vale o que vale, seja injusto ou justiçado. por isso mesmo, meus heróis, vítima que já fui tantas vezes de estruturas que me amputaram, e de tal modo, que para sobreviver tive de cometer suicídio. outras, nem mesmo existência virtual. e mesmo assim, mantenho. vale o que vai pra rua. não fantasmaltecos ou forçadas de barra.
pois bem, acricidade ad absurdun, o cáustico jocoso sem princípios, o arraso sem parâmetros, denotam por isso mesmo massa que não pode ser mental a pulular comentários no na pasta. a fecalidade reflete não só indigência do mercado mas canalhices pré-rougheadas. e a gaitagem patotistica do intestino grosso ao delgado não se acode só em infantilismos. a questão não é a crítica, construtiva, dura, irônica ou mesmo demolidora. é a atitude dos argumentos quando os há. de tal viés peidorrentos que ainda acabam por ser mais fedorentos do que objeto de comentários, fosse este o orifício central do na pasta.
15 segundos de famas destes, espirram em quem de boa vontade - na pasta cheio ? - mostra seu trabalho com intenções mais limpas. e assim, geléia geral, geléia de merda, na pasta antecipa ccpe ? embala espíritos natimortos contaminados-contaminantes a partir da lista ? amostragem segue pro laboratório.

publicitário, profissão bombeiro

a criação brasileira está se especializando em resolver o que é urgente e não o que é importante. isso é um problema na nossa economia capenga. paramos de construir marcas para apagar incêndios. jader rossetto. vp de criação da fischer américa.

é luxo só

ellus de luxe. é criativo, não! mas funciona. quando nada, velha fórmula de mulher bonita bem fotografada resulta. ainda mais quando produto/marca aderente exala coerência. que pese castelo dos barracos, cicarelli, principalmente em closes - um dos outdoors é bem mais feliz - excede saída honrosa. olfato, lembram? de perfume. bom gosto e síntese não tediosa em meio catinga onde nem urubu poisa. todos mais barangas.

terça-feira, abril 19, 2005

você é hands on ?

Vi um anúncio de emprego. A vaga era de gestor de atendimento interno, nome que agora se dá à seção de serviços gerais. E a empresa contratante exigia que os eventuais interessados possuíssem - sem contar a formação superior, liderança, criatividade, energia, ambição, conhecimentos de informática, fluência em inglês e não bastasse tudo isso, ainda fossem hands on. Para o felizardo que conseguisse convencer o entrevistador de que possuía mesmo essa variada gama de habilidades, o salário era um
assombro: 800 reais. Ou seja, um pitico. Não que esse fosse algum exemplo absolutamente fora da realidade. Pelo contrário, ele é quase o paradigma dos anúncios de emprego atuais. A abundância de candidatos está permitindo que as empresas levantem, cada vez mais, a altura da barra que o postulante terá de saltar para ser admitido. E muitos, de fato, saltam. E se empolgam. E aí vêm as agruras super qualificação, que é uma espécie de lado avesso do efeito pitico. Vamos supor que, após uma duríssima competição com outrocandidatos tão bem preparados quanto ela, a Fabiana conseguisse ser admitida como gestora de atendimento interno. E um de seus primeiros clientes fosse o seu Borges, gerente da contabilidade. - Fabiana, eu quero três cópias deste relatório. - In a hurry! - Saúde. - Não, isso quer dizer "bem rapidinho".É que eu tenho fluência em inglês. Aliás, desculpe perguntar, mas por que a empresa exige fluência em inglês se aqui só se fala português? - E eu sei lá? Dá para você tirar logo as cópias? - O senhor não prefere que eu digitalize o relatório?
Porque eu tenho profundos conhecimentos de informática. - Não, não. Cópias normais mesmo. - Certo. Mas eu não poderia deixar de mencionar minha criatividade. Eu já comecei a desenvolver um projeto pessoal visando eliminar 30% das cópias que tiramos. - Fabiana, desse jeito não vai dar! - E eu não sei? Preciso urgentemente de uma auxiliar. - Como assim?
- É que eu sou líder, e não tenho ninguém para liderar. E considero isso um desperdício do meu potencial energético. - Olha, neste momento, eu só preciso das três có... - Com certeza. Mas antes vamos discutir meu futuro... - Futuro? Que futuro? - É que eu sou ambiciosa. Já faz dois dias que eu estou aqui e ainda não aconteceu nada. - Fabiana, eu estou aqui há 18 anos e também não me aconteceu nada! - Sei. Mas o senhor é hands on? - Hã? - Hands on. Mão na massa. - Claro que sou! - Então o senhor mesmo tira as cópias. E agora com licença que eu vou sair por aí explorando minhas potencialidades. Foi o que me prometeram quando eu fui contratada. Então, o mercado de trabalho está ficando dividido em duas facções: 1 - Uma, cada vez maior, é a dos que não conseguem boas vagas porque não têm as qualificações requeridas. 2 - E o outro grupo, pequeno, mas crescente, é o dos que são admitidos porque possuem todas as competências exigidas nos anúncios, mas não poderão usar nem metade delas, porque, no fundo, a função não precisava delas. Alguém ponderará - com justa razão - que a empresa está de olho no longo prazo: sendo portador de tantos talentos, o funcionário poderá ir sendo preparado para assumir responsabilidades cada vez maiores. Em uma empresa em que trabalhei, nós caímos nessa armadilha. Admitimos um montão de gente superqualificada. E as conversas ficaram de tão alto nível que um visitante desavisado que chegasse de repente confundiria nossa salinha do café com o auditório da Fundação Alfred Nobel. Pessoas superqualificadas não resolvem simples problemas! Um dia um grupo de marketing e finanças foi visitar uma de nossas fábricas e no meio da estrada, a van da empresa pifou. Como isso foi antes do advento do milagre do celular, o jeito era confiar no especialista, o Cleto, motorista da van. E aí todos descobriram que o Cleto falava inglês, tinha noções de informática e possuía energia e criatividade. Sem mencionar que estava fazendo pós-graduação. Só que não sabia nem abrir o capô. Duas horas depois, quando o pessoal ainda estava tentando destrinchar o manual do proprietário, passou um sujeito de bicicleta. Para horror de todos, ele falava "nóis vai" e coisas do gênero. Mas, em 2 minutos, para espanto geral, botou a van para funcionar. Deram-lhe uns trocados, e ele foi embora feliz da vida. Aquele ciclista anônimo era o protótipo do funcionário para quem as empresas modernas torcem o nariz: O que é capaz de resolver, mas não de impressionar.

Max Gehringer - Colunista Revista EXAME - contribuição do paulo stenzel. qualquer semelhança com o que se vê nas agências é mera realidade. ou não ?

guide line

nunca fale tão bem de uma pessoa que depois não possa falar mal dela. penduradinho na sala de redação do new york times.

o poeta que anda de ônibus

alberto cunha melo. muito acima dos guararapes e dos trópicos. pernambucaneidade varonil ignora, abandona. e não reconhece. edições póstumas e lamúrias virão. villaças e aciolys mestres nisso. odes acadêmicas ib. por enquanto esquecimento ávaro; desprezo. ainda que ostra numa repartição pública sobrevida sorvendo anos de tempo em tarefas circulares. sim e não arremêdo de amanuense pela sobrevivência. não sei como melo aguenta isto. mas segue, não cospe porque é educado, não sei no âmago. levita ante inveja corrosiva à qual o talento que rodas d´ ônibus transporta anônimo dá-lhe folêgo. afagando paralepípedos, prossegue até o fim da linha. calçando-lhes verso da inóspita suburbanidade que vai puindo o homem e fortificando a obra que se quer ela - não ele -universal. pela criança no sorriso, ainda que amarga, nunca vi, alberto desditoso. mas eram outros tempos. que diria agora ? creio que apenas homem e poeta sabem. sempre presente no rosto adornado de compaixão pela nossa presença, esta sim quase lapso. a sensibilidade de alberto é cunha mas não merece o trocadilho. crava em nós sensações com artifícios de tamanhos achados que chega a ferir nas costuras. de soslaio vista como niilista. aprofundada, humanismo com entranhas. palavras não enferrujam nas mãos de alberto. maneja-as e aos sentimentos de nós arrancados com precisão impossível do clã das adagas voadoras mas perfeita em sua edição. dois caminhos e uma oração, edf. girafa, coletam meditação sobre os lajedos, yacala, e oração pelo poema. dou graças a martin vasques cunha. 31,10,2003, onde encontro alberto cascavilhando digestivo cultural. imprensa pernambucana deu-lhe devido espaço ? volto ao cascavilho porque parece haver outro artigo por lá. ainda que d`ônibus, alberto viaja-nos cada vez mais longe e dentro.

segunda-feira, abril 18, 2005

redesenhando

vez quando gosto reler livros, pra ver se mudamos ou mudaram eles, valor do conteúdo quero dizer. da vez é andy law, a empresa criativa - como a st.luke´s pode transformar seu trabalho. negócio editora, 2001, do original de 1998. história da agência que eliminou "meu computador", trocando-os por estações de trabalho de utilidade pública e outros procedimentos que torceram contra conservadores. dão sustos, principalmente parte em que salários de secretária e criação igualizam-se. nunca gostei muito desta parte, em que pese o valor e os peitos, para não dizer mais, de algumas secretárias, que até se aproximavam do desejo de insubstituíveis. diz-me o firpo, gaúcho ou gauche ? diretor de criação, que indo até lá já nao encontrou law, apenas uns caras blasés. os tempos mudam, até os livros, que dizer das pessoas ? mais do que os princípios, o livro, e as histórias contidas, vale a forma criativa, e o trabalho original, embutidos na reação inusitada deflagrada a venda da chiat,day à tbwa. como diz o poeta paraibano alex vergari, das revoluções, cacos de sonho nos cortam até hoje. embebidos num mercado de agências que mal sairam da segunda geração, formatos dos anos 60, a leitura pode soar utópica demais. mas a realidade é que prescindimos em muito de utopias para serem sonhadas. as últimas por cá já estão mamando e yogurtadas no seio da mesmice. recife ressente-se de uma agência que verdadeiramente mostre que no embate dinheiro x criatividade uma coisa não tem que excluir a outra, pra não dizer falso o dilema, como é falsa uma certa amplitude de criatividade mais alardeada que praticada. quem se habilita ?

regime

pra pensar o organismo também gasta calorias. são quase duas calorias por hora. em oito horas, perde-se a mesma quantidade presente numa bala. que posso pensar quando vejo tanto criativo gordo no mercado?

vagas pra direção

- o que a função de diretor de criação compreende ? perguntou naresh. garantir que nenhum anúncio ruim saia da agência - disse jay.
então tá faltando diretor de criação no grande recife, diz-me o tino.

pílulas de vida do dr.ross

digestivo cultural, agora também em blog. mas daio do que nunca.

domingo, abril 17, 2005

certidão

ter nome e sobrenome não significa que com isso você não seja filho da puta.

irresponsabilistecus

nome científico: account, atendimento, serviço a clientes. sub-família: planejamento estratégico(disfarçe da sub-espécie) posição na cadeia alimentar, coprófagos do cliente, tinha da criação. no popular: boy de luxo, carregador de leiaute, bafo de merda.

ficha clínica

todo filho único é uma aberração. nelson rodrigues. dêem-me um desconto.

blogueando

nem quero saber se a mula é manca eu quero é bloguear.

sábado, abril 16, 2005

celso furtado

o nordestino tenta compensar o complexo de ser sub querendo ser super.

blogosfera

neste negócio de blog já me passaram a mão na bunda e eu não comi ninguém.

mentira de aniversário

jcs,jornais chochos, auto-proclamam-se reformadores gráficos do melhor do mundo. do terceiro ? é o que aparece quando parece.

gangorra

dia primeiro da exposição das costelas. mais de dois ? comício. meia dúzia, esperado. dúzia, duzia e meia? over promise. surprise! 142 hits. gente que acha punk, gente que acha com punch. primeiro de abril do cemgrauscelsius quase ferveu: considerando que lista do ccpe, dizem, tem mais de 200 inscrições e que para além disso divulgamos para menos duas mãos de cicatrizes solidários. audiência vai melhor do que tv saber. trabalho soberbo dos inimigos, pouco mérito do autor. termômetro quase a mais de mil roda grade blog.modificações para o bem e para o mal, ainda abril. ampliando cobertura alguns idiotas locais vão ao limbo. mas não de todo. sensibilizado prometo dar do meu melhor com máxima fervura. afinal, os brutos também amam. e pudor inflama.

sexta-feira, abril 15, 2005

para todos, desde que tengan la plata

Fecha límite para inscripción de trabajos de Cine/ TV, Gráfica, Radio, Soportes interactivos y Medios: Lunes, 18 de abril.Si usted desea realizar la inscripción online o informarse con mayores detalles visite la página de El Sol: www.elsolfestival.com

manual de redação

colunas sociais antecipam coluna policial. certos publicitários demasiam primeiro estágio. algum indício ?

água oxigenada

falsos elogios. não faça. não aceite. não reproduza. acarretam extinção da espécie.

dp caso de dp

é impressão ou gostava de ser grafite? parece. dp é caso de dp. anúncios filhos da mãe solteira, estigmatismo na paisagem. insensibilidade qual olhados nas esquinas meninos de rua. tem cliente, agência, diretor de veículo e gerente de impressão que é cego. delegados idem. mercado de lama.
mídias mudinhos e ´té desbocado engolem. off-set ?

nem de fachada

shopping boa bisca.

irmãos metralha

tríade suiça no mercado. quer dizer, aqui parte que não se toca.

keynesiana

difícil não é aceitar idéias novas. difícil é escapar das antigas. john maynard.

quinta-feira, abril 14, 2005

supositório

não é porque as coisas são difícéis que nós não ousamos. é porque não ousamos que as coisas se tornam difíceis. sêneca, filósofo romano, 4a.c – 65 d.c

meio & mensagem

boas agencias falam ao pau e ao bolso concomitantemente. sem pau você não é nada. sem bolso, só toma na bunda. sem os dois, nem jesus salva.

talento

faz tudo ficar mais bonito. até washington olivetto.

variando

se cria assim

quem cria tem que durmi
pensar bem no pensado
de tudo ser bem lembrado
tirar o juizo como loco
ter a ideias como um pipoco
ter o corpo com energia
ler o escudo do dia
conservar uma intenção
fazer sua oração
ao deus da alegria

deve durmi muito sêdo
muito mais sêdo a acordar
até mais tarde sonhar
muito afoito I menos medo
muito onesto com o segredo
muito menos guardar
muito mais revelar
pra ter mais soberania
muito pocas covardia
não durmi pra sonha

manoel galdindo – ceramista e poeta nordestino

quarta-feira, abril 13, 2005

prêmios

alguns são castigo. jc, por exemplo.

gânglios

igrejinha do ccpe dá íngua. lenin vai rezando breviário?

mulher gato

valeska, maybe.

serial killer

nada tive a ver com isso, desconjure-me. só no local do crime de passagem. adianta jurar ? autoridade policial lavrou-me ficha, apesar da confissão ignorada. matei sim. várias vezes. mas não crianças e velhinhas sem fôlego, sem tratamento, sem garimpagem, quilos de cliente na concepção. quiseram me incriminar. de favor não é morte, é suicídio. abala a reputação. gosto de requinte quando estripo. é uma questão de estilo, sabe como é, adagas venezianas, capitéis as pombas, virgens decepadas, riméis intactos. nesta cena apenas baccaro, pela metade. autor intelectual não fui. só cafunguei mentirinha de texto. quando faço serviço, faço completo. até o talho. mas não sola de sapatos como fígado. não me creditem sarapatéis. da minha conta este sarrabulho não pode ser.

prêmios II

como mais ou menos dizia o neil ferreira. prêmio, se eu ganho, é do caralho, merecidíssimo, faz jus ao meu talento, o resto é dor de cotovêlo. se não ? fui roubado, conspiração, prêmio de bosta.

grand prix de auto-promoção

colunistas redentor premia 02 diretores de criação pernambucanos, méritos conquistados ao peso das tuias. justaposição de cuscuz e chambaril no vatapá. premiação axé, meu rei. cardaços bem arrumadinhos. se coleção de colunistas vale quanto pesa, quanto vale ouro nacional ? dúzia ou meia dúzia de outras dezenas de ouro, prata e bronze locais, regionais? onde deixei mesmo caçuá? 03 ouro nacional, melhor campanha brasileira do ano, melhor campanha financeira do ano, melhor filme de oportunidade do ano, paridos em house pernambucana olhada de soslaio, porque prima-donas de antão, nem perto, nem hoje, ibidem. falta de memória ou novas inscrições em jorro ? tá bom. cousa do participo passado. té aí morreu neves, fui junto. mas nem saco de pipoca ? pá-pum ? e olha que traquinei caroços as dúzias. armando, armando, não seja assim tão ferrentini. os curumins locais ainda mordem o pirulito confundindo tamanho do pau.

prêmios III ou calçando as sandálias da humildade

cada dia que passa me superando. ganho prêmio e ainda consigo dizer mal dele. como diria cony, garôto promete. na próxima vou desdizer do leão que me pegaram, pelo rabo.

terça-feira, abril 12, 2005

a revolução que tanto amávamos

reposicionamento da zag, 2002.
paraibana zag, que em 2005, sob nova direção, ameaça invadir recife, vendendo d´alma té mamães dos próprios, fatiada inclusive, com e sem calcinhas, ervas finas consortes, passando recibo. signo ou sinal dos tempos ? Posted by Hello

gide

coisa todas já ditas. como ninguém presta mesmo atenção, repetem-se.

do caralho

agência. pra quem ? pros mesmos.

fimose

acomete 99% do criativos - eu sou otimista - incluindo adeptos da circuncisão.

por onde andará andré calazans I V ? ( finalmente encontrado)

André doesn't speak English perfectly yet. But he speaks the consumer language very well.Olivetto could’ve already created another of that famous ad about this situation. Pay attention: just take a look at some probation or job offers (certainly, you'll have to look so much for it) and you'll find that small sentence with the “preconception in boldface”: “fluent English is indispensable”. Perhaps because of the crisis moment, where the search for vacancies is really bigger than the offers,the agencies can permit themselves the luxury of excusing great creative people that, somehow, still don't speak English as perfect as they make good ads.André is one of these creative people with a variety of skills twice as large as his English vocabulary, and he doesn't have any problems to speak the language of seduction,persuasion and selling. By the way, there are many things that are really fluent in André: like good ideas, for instance. André is like this: an art director that, as you may have already noticed, also writes when it has to be done(in fact, not only for necessity, but because of his talent). Also, it was because of this diversity in André’s abilities(besides been a violoncello player, he’s a Nikon Photo Contest International winner) that he has obtained to make high quality advertising, although he’s so far from the great agencies of São Paulo and Rio. You know, creativity is creativity. It doesn't matter if it is créativité, creatividad, creatività or kreativität. Since seven years ago he’s proving exactly this: it's possible to create good things even though there’s just a ridiculous budget (almost the amount that you pay for a hair dresser's assistant in SãoPaulo).Therefore, in crisis times, nothing better than a professional like this: trained in a market where crisis isn't a temporary situation. And where the most spoken language is the 4 P's one: poor money, poor deadlines, poor rest hours and poor wages. That's why one who's used to the hard work in the Northeast is able to feel comfortable with Sampa's hard work.Take a look at André’s ads (it isn't charity, it's a chance which you shouldn't let it go). Reserve a bit of your time to see what he has already obtained to produce in so difficult work conditions. So you'll be able to imagine what he can do for clients as those of your agency. But if you're still in doubt, ask for a test drive, ask for a complete printed portfolio (it will be sent to you by mail).This English version of the original ad was made by André himself. Ok, he had some help of a good grammar and a good dictionary. Anyway, he did it, and he didn't do it so bad.However, it's certain that his major proof of talent wasn't this translation, it was that he has written a text like this, exactly the way he loves to do: sincere, true, simpleand, let's not forget, seller. Besides, somebody has already said: in advertising what really matters is the result, all the rest is bullshit. ( O André ainda não tem Inglês fluente. Mas sabe falar muito bem a língua do consumidor.O Olivetto bem que podia fazer outro comercial sobre isto.Vejam só, basta dar uma olhada em algumas ofertas de estágio e de emprego (você vai ter que procurar bastante) pra encontrar aquela pequena frase com o preconceito em negrito:indispensável fluência em inglês. Talvez pela situação atual da crise, onde a procura de vagas é bem maior do que a oferta, as agências estão se permitindo dispensar grandes criativos que, por uma razão ou outra, ainda não falam inglês com a mesma desenvoltura que fazem boa propaganda.O André é um desses profissionais, com um repertório de habilidades bem maior do que o vocabulário na língua inglesa,e que não tem nenhuma dificuldade em falar a linguagem da sedução, do convencimento, da venda. Aliás, existem coisas que já são de fato fluentes no André: as boas idéias, por exemplo. O André é assim: um diretor de arte que, como você está percebendo, também escreve quando é preciso (não apenas por necessidade, mas por talento mesmo).Inclusive foi graças a essa diversidade de habilidades do André (que além de violoncelista, já foi fotógrafo premiado no Nikon Photo Contest Internacional) que ele conseguiu fazer propaganda de alto nível criativo, mesmo estando longe das grandes agências de São Paulo e do Rio. Criatividade é criatividade, não importa se é creativity, créativité,creatività ou kreativität. E já são sete anos provando isso:que é possível fazer coisas boas mesmo com aquela verba minúscula (mais ou menos o valor que vocês pagam para o ajudante do maquiador aí em São Paulo). Portanto, em tempos de crise, nada melhor do que um profissional assim, treinado em um campo de batalha onde a crise não é um estado provisório. E onde a língua mais falada é a dos 4 P’s do novo marketing: pouca verba, pouco prazo,pouco descanso e pouco salário. É por isso que quem tira leite de pedra no Nordeste faz banquete com os pepinos de Sampa.Dê uma olhada no trabalho do André (não é caridade, é uma oportunidade que talvez você não deva deixar passar). Reserve um pouquinho do seu tempo para ver o que ele já conseguiu produzir com tão pouco. Aí já vai dar pra imaginar o que ele poderá fazer por clientes como os da sua agência. Mas se mesmo assim você ainda tiver dúvidas, peça um test drive,peça mais anúncios, peça um portfolio impresso completo (ele será enviado pelo correio pra você).A versão em inglês desta peça foi feita pelo próprio André.Tudo bem, com alguma ajuda de uma gramática e de um dicionário, além do ajuste fino de uma revisora. Mas ele fez,e não fez tão feio. No entanto, é certo que a sua maior prova de talento não foi ter feito a tradução, e sim ter criado um texto como este, que ele adora fazer: sincero, verdadeiro,simples, sem deixar de ser vendedor. Alguém um dia já disse:em propaganda o que importa mesmo é o resultado, o resto é bullshit.

in tempo: caso lhe interesse o paradeiro do andré está revelado nos comentários ao texto 3. pessoalmente, acho que o lugar dele é bem mais acima. e não no mapa do brasil

segunda-feira, abril 11, 2005

meu lado zen

quem faz de sí mesmo um palco não brilha. quem afirma a si mesmo não é reconhecido. quem se exibe não tem crédito. quem se vangloria não dura muito.
lao tzu. tao te ching.

noves fora

aproximadamente 300 formandos em publicidade por ano no grande recife. quer dizer, pior do que já está vai ficar. em tudo.

público odor

7.000 mbas no brasil. a idiotia diplomada não só fede, como se alastra.

vila isabel

jornalismo, samba e publicidade, não se aprende na escola.

titica

pessoalmente, caso perdido. que seja. hora de avaliar faculdade a entrar - ou de cair fora - check sua publicidade. ensino fast-food, urgente necessidade inspeção sanitária tamanha quantidade de coliformes mentais. cursos de publicidade pululam salmonellas. na hora de baixar o facho, uma supera-se. mocinha agradece colocação. lado mágico da publicidade ?

por onde andará andre calazans III ?

Ninguém nunca ouviu falar do André. Sorte sua.Vamos ser sinceros. O produto que estou querendo lhe vender neste anúncio é totalmente desconhecido. É por isso, inclusive, que o texto é tão grande (provavelmente você não terá tempo pra ler tudo quando receber, mas talvez encontre tempo quando estiver precisando de um novo criativo para a sua equipe). Pois bem, você nunca ouviu falar nada sobre o André. Não sabe se ele funciona mesmo, se tem garantia, se ele aguenta o trabalho pesado da sua agência. Você nunca viu o André em revistas especializadas como a M&M. Você nem sequer sabia que existia gente fazendo boa propaganda lá na Paraíba: de onde o André está vindo.Isso pode gerar alguns problemas de falta de status. Por exemplo: você não vai poder dizer que sua agência está contratando aquele fodão que era da Almap. Também não vai poder fazer um daqueles anúncios que a DM9 fez para o Carlos Domingos, dando publicamente as boas vindas. Ou seja, você não vai poder exibir o seu novo produto, pois o André não é “de griffe”. Ninguém nunca viu mais gordo. Talvez isso seja um problema pra você, dependendo do seu perfil. Mas pense melhor. Pense no futuro. Aliás, não é isso que agente tanto fala para os clientes, que “precisamos pensar a médio e longo prazo”? Pois bem, faça isso. Afinal, talentoso como é o André, ele não vai demorar muito tempo pra começar a ser reconhecido como um grande criativo, e como um grande criativo descoberto e amadurecido na sua agência. Além do mais, o André ainda não tem um ídolo, um guru para quem ele possa dedicar todo o seu sucesso no dia em que escrever um livro. E este ídolo, que o André ainda não tem, pode ser sabe quem? Você. Isso mesmo, você. Tudo bem, isso não dá dinheiro.Mas se você já tem experiência suficiente pra ser o ídolo de alguém então você já deve ter grana suficiente também. E não tem nada mais gratificante do que ter o seu talento reconhecido (e cultuado) por pessoas de talento. Pessoas como o André, que, apesar de não ter experiência suficiente pra ser guru de alguém, tem talento suficiente pra ajudar sua agência a continuar sendo exemplo de criatividade pra muita gente.Então reserve um pouco de tempo e conheça o trabalho desse ilustre desconhecido. Um diretor de arte que, como você está descobrindo, também sabe escrever (mais uma garantia que um dia ele escreverá um livro). Veja o que ele conseguiu fazer em condições tão adversas como as que o mercado de JoãoPessoa impõe, provando que é possível fazer boa propaganda em qualquer lugar do planeta, inclusive na desconhecida Paraíba.Faça isso. Descubra o André. E chegue à seguinte conclusão:se o André tivesse ido pra São Paulo há mais tempo, com certeza você já teria ouvido falar muito dele.

domingo, abril 10, 2005

por onde andará andré calazans II ?

O André nunca passou pela Almap, DM9 ou DPZ. No contrário,
você já o teria trazido de lá.

Ao contrário do que acontece nos namoros e casamentos, em
propaganda os ex são super valorizados. Pelo menos os ex de
grandes agências. É como se isso fosse um selo de boa
procedência: o Selo EX. Não importa o que o cara fez na
agência passada. Se ele veio da Almap, F/Nazca, DM9 ou
qualquer outra “das grandes” é porque deve ser bom de
verdade. E deve ser mesmo. Porque pra entrar nessas agências
você tem que enfrentar muitas coisas, entre elas esse
preconceito que eu acabo de descrever.

E se você conseguiu entrar lá mesmo sem ter um Selo EX é
porque seu trabalho deve ser do caralho. A não ser que você
tenha substituído o caralho pelo pistolão (apesar da
semelhança entre os termos, os dois são bem diferentes).

A verdade é que quando não se tem o Selo EX, muito menos um
pistolão, tudo fica mais complicado. Por exemplo, quem tem um
selo assim não precisa ficar fazendo textos como este pra
convencer o diretor de criação a contratar.

O André é um desses casos. Ele não veio de nenhuma grande
agência de São Paulo, do Rio ou do Sul. Exatamente porque
esta é a primeira vez que ele está tentando entrar em uma
delas. O André é um daqueles raros diretores de arte que
também sabem e adoram escrever (como você mesmo já está
percebendo). Não foi à toa que ele resolveu fazer estes
anúncios all type para se apresentar a sua empresa.

Assim como muitos dos grandes profissionais de criação que já
fazem sucesso em São Paulo, o André é nordestino. Mais
precisamente de João Pessoa, lá na Paraíba. Conhece?

Você provavelmente deve estar pensando que lá por aquelas
bandas quase não existe propaganda criativa. E você está
certo. Não existia muita coisa boa antes do André abrir a
Zag, uma agência pequena no tamanho, mas grande nas idéias. E
agora as coisas vão piorar de novo, já que o André está vindo
embora pra São Paulo.

Mas, enquanto ainda trabalhava em João Pessoa, o André
conseguiu fazer muita coisa boa. Anúncios como os que você
está vendo agora, e como todos os outros que você pode ver no
portfolio on-line dele. Muitas dessas peças tiveram a
participação do André como redator, fotógrafo e até modelo
(só as mãos, é claro), além de diretor de arte. Essa era a
forma que ele encontrava de não abrir mão da qualidade, mesmo
quando a verba praticamente não existia (o que, na verdade,
era quase uma regra).

Pense bem, em tempos tão difíceis como este que nosso meio
está vivendo, nada melhor do que um profissional assim,
acostumado com o ambiente de crise constante: pouco dinheiro,
poucos funcionários e muito, muito trabalho.

Reserve um pouquinho do seu tempo pra ver o que o André
conseguiu produzir em um mercado tão difícil como o de João
Pessoa. Isso já é um prenúncio do que ele poderá fazer em sua
agência. E se ainda tiver dúvidas, peça um portfolio impresso
completo (você receberá pelo correio). Ou peça pra fazer um
test drive, mesmo que seja pela internet. Você vai descobrir
que o André tem, sim, alguns Selos EX: como os de Experiente
e Exigente, por exemplo.

sábado, abril 09, 2005

por onde andará andré calazans?

O André ainda não ganhou leões. Mas já matou milhares deles.Cannes é um dos grandes sonhos de qualquer criativo (o segundo é acompanhar uma sessão de fotografia com a DanielaCicarelli). Um leão no currículo talvez valha mais do que qualquer curso de propaganda. Até porque nenhuma universidade ensina mesmo como se tornar um grande criativo, muito menos como ganhar prêmios em festivais. Mas a verdade é que muitos bons profissionais de criação ainda não tiveram, ou nunca vão ter, a chance de fazer seu trabalho render um leão. Simplesmente porque Cannes, assim como os outros grandes prêmios, não é reservado para grandes idéias apenas, e sim para grandes idéias produzidas de forma impecável, e inscritas por agências com fogo na bala suficiente pra bancar as altas taxas de inscrição.O André é um desses profissionais, que apesar de ainda não ter um leão no currículo, já detonou muitos e muitos leões no trabalho. Na maioria das vezes quase desarmado: sem verba, sem dupla, sem fotógrafo e, é claro, sem prazo (condição primeira para o job se tornar uma fera). Como você está percebendo, o André é um diretor de arte que também escreve quando é preciso (não apenas por necessidade, mas por talento mesmo). O que já é de se esperar: ele vem do Nordeste, mais precisamente de João Pessoa, na Paraíba. Um mercado que você talvez nem saiba que exista. Lá é comum o criativo ter que se desdobrar em dois, três ou quatro. Tipo assim: tocar sanfona, pandeiro, chupar cana e assoviar ao mesmo tempo. Mas isso não é difícil. O difícil é, apesar de tudo, conseguir fazer propaganda de alto nível criativo. E isso o André conseguiu. Em 2001 ele fundou a Zag: uma agência que mudou os padrões de qualidade do seu mercado, provando que é possível fazer propaganda criativa em qualquer parte do mundo, inclusive na Paraíba.Dê uma olhada no portfolio desse Paraibano. Você não vai encontrar nenhum anúncio de grandes marcas, muito menos superproduções. Mas é exatamente aí que reside a força do André. Pense bem, se ele conseguiu fazer tanta coisa boa com clientes minúsculos, verbas ainda menores, num mercado como o de João Pessoa, imagine o que ele pode fazer na sua agência.Com certeza ele vai ajudar você a matar muitos leões, e a ganhar vários também. Até porque quem é acostumado a matar 4 leões por dia com unhas e dentes certamente fará melhor em uma grande agência, mesmo com apenas um canivete em mãos.Se você não estiver contratando no momento, tudo bem. Coloque o André em sua short list. Peça um portfolio impresso completo e guarde com você para quando precisar. Cedo ou tarde você vai querer um cara como o André na sua equipe. E caras como o André não costumam vir de Cannes, e sim daqueles lugares menos esperados: como João Pessoa, por exemplo. André Calazans

sexta-feira, abril 08, 2005

manicure

meta as unhas primeiro. depois coce devagar. ditado zen

whopper

que venha o burguer king. este macdonald´s outdoor, ninguém engole.

ano letivo

não acredita? veja manual guia do aluno, disse-me jovem criativo. também vazou-me pelas narinas. lembramo-nos cima da hora mostra de cannes, aeso. mas de bermuda não ia dar mesmo. então é assim? estupor conceito moral de rigor e sisudice atacam instituição mais conhecida pela sanha mamônica do que pela qualidade de ensino? que varizes acadêmicas e reacionárias são estas em senhora tão jovem? em clima tórrido, tropical já fomos, bermudas publicitárias são vítimas de inquisição. cobrem-se pernas, desnudam-se cabeças ou abrem-nas à vácuo. e não quer ser pega de calças curtas? já fez por isso. entrementes professorzinho amestrado alardeia conteúdo na formação de profissionais do ramo. mas sem ver-lhes as pernas. com muito tato, como convém a decência ou seria doscência ?

bebum

O brasileiro nao é relaxado?' (leitor) 12:52 Escreve- "Entao quer dizer que brasileiro nao é relaxado? Trabalha feito alemao, é aplicado feito belga e inteligente feito inglês? Se a gente fosse, fazia cerveja feito eles, moçada. Vamos tomar cerveja brasileira e assistir a campanha da Brahma, que é o melhor que a gente faz". 22/03 Pedro Fonseca, in blue bus.

quinta-feira, abril 07, 2005

big mac

Posted by Hello
bocada na net by ska tbwa. com os então apóstolos da boa propaganda, pedro e paulo.

hora do rancho

frontspício hospital naval. faixa esgarçada anuncia posto, doações para vítimas, catástrofe ásia. recrutas sem bóia, forças mal amadas, dispensados por meio-dia. jejum solidário?

patriotismo

na escola de aprendizes marinheiros, papel novo. outdoors alistam-se para defender a pátria. em caso de guerra, lona.

café da manhã

papa de farroz, papa de aveia, papa de maizena, papa de cremogema, papa de sagu, papa de neston, papa de farinha láctea, papa defunto. ahrg! isto traumatiza por vida inteira.

revisão histórica

em 64 comunistas comiam criancinhas café da manhã, petiscavam militares. mas com que molho? com que molho ?

recurso hídrico

eu sou o invisível que não desaparece. eu sou como a água, vamos, abra as comportas que eu me precipito e transtorno tudo. appollinaire.

quarta-feira, abril 06, 2005

entre sem bater

de torelli, aparício, o barão de itararé. após a "pulícia" entrar no recinto do seu hebdomatário descendo-lhe o cacete. day after, título em cartaz a porta .

falando em bater, comentários a termômetro, sem necessidade de registro disponíveis. bateu vontade, comente, inclusive revisitando todos os posts publicados. iniciativa parelha com onda de sacs que invade mercado. e graças ao aumento do nosso cartaz agora fina estampa: hora de bater, respeite a fila.

me & myself

sou desses que todo dia indo para o mercado onde se compram mentiras, cheio de esperanças, coloco-me na fila dos vendedores. bertold brecht.

angu à baiana. virado à paulista

shopping center baiano fazendo aniversário. pede a sua conceituada agência que faça anúncio para comemorar data. leiaute mostra velhinha com arma apontada pra cabeça. texto: apague a velinha.

shopping center paulista promove palestra com dalai lama. pede a agência, liderada por um dos mais badalados criativos do mercado, anúncio para o evento.
leiaute mostra o shopping levitando. título: lama medicinal.

in tempo: o primeiro anúncio foi recusado e o segundo levou a perda da conta. os casos são igualmente verdadeiros. saravá marinho, pelas notas.

indigestão

enunciado 1 - primeiro a gente continua. depois a gente muda.
racional: cabeças e humores mal-tratados. agência anêmica, estímulo idem. reputação igual. no meio disso tudo ainda temos gente com capacidade para produzir muita coisa boa. dê um tempo.

enunciado 2 - desinfete, delete, evapore, defenestre!
racional: estes filhos da puta não fizeram porra nenhuma até aqui. não vai ser agora que vão produzir algo que preste. aliás estes caras são responsáveis por esta merda toda que você está vendo. não perca tempo.

conclusão: os dois anunciados, da mesma pessoa. perfeitamente coerentes. isto é o que significa gestão.

lá-lá

monstro comedor de idéias. não entendi a piada.

terça-feira, abril 05, 2005

sorvete

no cú não. aiiii. aí. quibom.

sorvete II

no cú não. aiiii. aí. quibon. chupa a casquinha.

sorvete III

no cú não. aiiii. aí. quibom. chupa a casquinha. sorvete engorda ?

deste mato não sai coelho


vai meio atrasado. mas já que delay está na moda.
três principais revistas do pais - elas se acham - estampam o coelho da moda em poses de capa e espada, embainhada. enquanto publicitário mohallem dá as cartas. absolut americam advertising style coroado pelo capital: " nada contra os coelhos. mas alguém tem de tomar conta das raposas ". título de lince, daqueles que fazem falta a todos os demais. acutilância visceral, sem desapontar a elegância e o fino humor, perspassado de ironia, sedimentando demais requisitos conceituais para a consecução dos objetivos da comunicação. eugenio, inferniza a concorrência para deleite de todo o resto. justo porque não escreve manuais de geladeira tampouco engole caroços de mbas. pena que a supremacia da verba concorrente interfira na tentativa de quebra da inércia na habituação de leitura. por muito tempo ainda veja, isto é e época, continuarão moitas doutros animais.

anamnese

publicitários são como médicos. devem dizer o que o cliente precisa e não o que o cliente quer ouvir. john hegarty.

doctor f

plano de sáude santo. mas que outdoor dos diabos! assinatura ocupando quase dois terços de área, somados a demais sintomas de filariose, telefones idem. cheiro acre de éter no ar: dedo de cliente, agência frouxa, trabalho sujo, má ótica médica. vez do estetoscópio usa o hubble, doutor? vez de lâmina, bisturi, serra elétrica? laser, vara do death vader ? enquanto oftalmologista, proctologista ? erro médico doutor. dos graves. propaganda natimorta, verba em coma, consumidor em choque anafilático. cheiro acre de éter no ar. conselho de medicina dá de ombros. sprit de corps.

mapa astral

olhim assim pela ótica do bom senso, o mundo é quadrado e o sol gira em torno da terra. pouco recomendável em propaganda.

no atacado e no varejo

todo homem tem seu preço. ah! é? então coloca aí num splash deste tamanho: não estou em liquidação.

segunda-feira, abril 04, 2005

chupa meu pau

definição textual do nizam sobre o punch que outdoor pede pelas características do meio. imagino que cartadoors que vejo nas ruas do recife sejam sexo tântrico. haja pau mole nas ruas. eitá! abril pro rouco.

ética furibunda

em nome da ética, de tudo já ví. não cego a contra-gosto do mercado.
decências laqueadas, remunerações eunucas, conceitos castrados, mofo no bom gosto, apodrecimentos nos procedimentos. paraguaios souvenirs acoxando diretorias, pares de coxas aos leques em prospecção. novas contas seduzidas sem camisinha, pulo para os arrumadinhos oficiais de fifty to fifty e um pó cheiro de muita falcatrua no ar. profissonalismo estuprado, inteligência assasinada. enfim, vale o que vier para a salvação do negócio. tudo, claro, em nome da ética e do bv. mas suicídio que é bom, ví não. nem que fosse de mansinho, como o resto.

catinga

dúvida atroz: a merda que transporta canais e rios do grande recife ensopou outdoors? ou foram outdoors a ensopar canais e rios do grande recife ?
ainda bem papel. fossem lona, távamos completamente na merda.
nem tudo tá fedido, aliens;aqui e ali olfato de perfume.

i´m cool

há quem torça por mais calor
mas cemgrauscelsius é a minha escala.
na maioria das vezes não passo de um escalda pés.
de que adiantaria então,180 graus, meia hora de fervença ?
alguns escapariam ainda assim, como o tétano, por exemplo.
importante então é não deixar grangrenar o meu pensamento com tantos vermes a solta.

young creatives

que você prefere? ser um jovem criativo ou um criativo jovem ?
responda-me quando tiver 50 anos.

promessa de campanha

dê-me um diretor de arte, do melbor, e eu te darei o mundo.

baú do raul

quem não tem ray-ban usa óculos escuros.
para os óculos, na jwt.

domingo, abril 03, 2005

keep it simple stupid

simplicidade é o contrário de fácil. puta. como isto tá difícil.

redator do caralho

ah! é ? então escreve um manual de eletrodomésticos que o consumidor possa manusear sem lembrar da tua santa mãezinha.

talentosos ripleys

nada substitui o talento.

domingueira escatológica

que criativaszinhas são estas ? cuzinho ainda cheio de pregas, a querer cagar-regras tão-somente com a estupidez da peida ? cérebro de tanajura, pelo menos? bunda? nem isto?

domingueira escatológica II

lado a lado com suas congêneres em matéria de estupidez os fodinhas que se acham do caralho não ficam atrás nem na frente. é só masturbação mesmo. e da ruim. nem gozo dá.

sábado, abril 02, 2005

dono do seu nariz

de brito, jomard muniz

outsider II

quem? eu?

outsider

quem? eu .

bas fond

quem faz solamente o que o cliente quer é puta. mas cobra. ao contrário da intensa putaria praticada por agências bordéis sem qualquer remuneração.

da higiene íntima

o poeta é esta lasciva ironia
na agonia de poetizar
professo
a profissão de pro(poe)fe(s)ti-ve(a)zar

como se o desejo pudesse preparar um novo idioma
corrente de palavras pre-paradas

e acrescentando todo o nosso esforço tal a lábia sensitiva
dobrar os acontecimentos num pedaço de papel
tal que se lho entregasse a mulher
(como se ela não o resolvesse
no particular dialeto das soluções do tempo)
abandona-lo-ia
no esquecimento prático
do reconhecimento da sensibilidade do talento
dos amantes separados

fa-zelo um calço aos seus mais novos sapatos
senão falo-ia
íntimo e sorrindo
vi-r(i)lh(a) mais uma vez
enxugar não a minha angústia
mas o corrimento
do colo que já espera por outro

sexta-feira, abril 01, 2005

bronze


leaozinho, meu carro. Posted by Hello

pero no mucho


hay que endurecer pero sin perder la ternura jamais(e lá se vai o comandante nos braços de novos camaradas) Posted by Hello

in extremis

o papa é pop.

recifilis II

é assim mesmo o recife, para os que lá nascem e vivem o tédio e o isolamento cultural da província onde as crianças morrem de fome e os príncipes bebem de manhã. revoltante mais pegajosa, nunca se solta de nós, recifenses, mesmo quando estamos em paris, real ou hipoteticamente.
reconheço o velho sentimento porque sou também de lá .
márica cavendish, resenhando invenção/recife 1e 2.

recífilis

o recife dá vontade de morrer dá vontade de matar e matar-se atar-se às pontes mais frias/onde os mendigos se estendem inúteis como preces . mário hélio.

eitá povinho publicitário

há no mundo uma raça de homens com instintos sagrados e luminosos, com divinas bondades no coração, com uma inteligência serena e lúcida,com dedicações profundas, cheias de amor pelo trabalho e de adoração pelo bem, que sofrem, que se lamentam em vão.
estes homens, são o povo.
estes homens estão sob o peso de calor e de sol, transidos pelas chuvas, roídos de frio, descalços, mal nutridos; lavram a terra, revolvem-na, gastam a sua vida,a sua força, para criar o pão, o alimento de todos.
estes são o povo, e são os que nos alimentam.
estes homens vivem nas fábricas,palidos, doentes, sem família, sem doces noites,sem um olhar amigo que os console,sem ter o repouso do corpo e a expansão da alma, e fabricam o linho,o pano, a seda, os estofos.
estes homens são o povo, e são os que nos vestem.
estes homens vivem debaixo das minas, sem o sol e as doçuras consoladoras da natureza, respiram mal, comendo pouco, sempre na véspera da morte, rotos,sujos,curvados, e extraem o metal, o minério, o cobre, o ferro, e toda a matéria das indústrias.
estes homens são o povo, e são os que nos enriquecem.
estes homens, nos tempos de lutas e de crises, tomam as velhas armas da pátria, e vão, dormindo mal,com marchas terríveis, à neve, à chuva,ao frio, nos calores pesados,combater e morrer longe dos filhos e das mães, sem ventura, esquecidos, para que nós conservemos o nosso descanso opulento.
estes homens são o povo, e são os que nos defendem.
estes homens formam as equipagens dos navios, são lenhadores,guardadores de gado, servos mal retribuídos e despezados.
estes homens são os que nos servem.
e o mundo oficial, opulento, soberano, o que faz a estes homens que o vestem, que o alimentam, que o enriquecem,que o defendem, que o servem ?
primeiro, despreza-os; não pensa neles, não vela por eles, trata-os como se tratam os bois;deixa-lhes apenas uma pequena porção dos seus trabalhos dolorosos;não lhes melhora a sorte, cerca-os de obstáculos e de dificuldades;forma-lhes um em redor uma servidão que os prende e uma miséria que os esmaga,não lhes dá proteção; e, terrível coisa, não os instrui: deixa-lhes morrer a alma.
é por isso que os que tem coração e alma, e amam a justiça, devem lutar e combater pelo povo.
e ainda que não sejam escutados, têm na amizade dele uma consolação suprema.

eça de queiroz, de cabo a rabo no cartaz do 3º encontro nacional de criação publicitária, belo horizonte,novembro de 1980.

faça-me o favor

faça um favor a sí mesmo. aos seus colegas, a seus clientes e até a concorrência, já que você anda dedicando-se a ser a santa madre teresa de fóióió para o mercado. entenda propaganda. 101 perguntas e respostas sobre como usar o poder da publicidade para gerar negócios. julio ribeiro, josé eustachio e equipe talent. editora são paulo. 203 páginas de descomplicação, leveza e uma acuidade que ausenta-se rombuda na decisão dos nossos gestores. tá tudo lá em flashs curtos e diacrônicos, permitindo a divertida leitura aleatória dos tópicos, alguns de apenas meia página, já que você anda sempre tão ocupado para reciclar-se - sim eu sei que você sabe de tudo e por isso mesmo não sabe de nada - que ao final resultam na melhor arma contra o 171 que se tornou o negócio da propaganda no nosso estado atual das coisas. na cabeceira na bagaceira ou no desktop não esqueça: a única coisa que o livro não pode fazer por você é torná-lo pessoa. daquelas que fazem a diferença e não se deixam contar apenas como números.

dicionário de pernambuquês

" a melhor coisa do mundo é ser pernambucano ". well, o resto do mundo não concorda.

t-plan

anúncios são meios e não fins. mas alguns, nem começo.

narcisismo

"luto de corpo e alma para amar o próximo. mas tá duro. o próximo hoje tá insuportável".

hate & love story

odeio publicitários. de publicidade, até que eu gosto.ênio mainardi.

ressaca

as vezes, nós acordamos antes da vida.

origenes lessa

é preferível escrever uma anúncio sobre um automóvel, geladeira ou batom, a defender uma idéia contrária ao seu íntimo. escreva a favor de um automóvel que não poder comprar, mas nunca a favor de uma idéia ou de um governo ou instituição com os quais nao está de acordo. enquanto redator da jwt.

ccpe e o maiakovski equivocado

na primeira noite
eles se aproximam
e colhem um flor
do nosso jardim
e não podemos dizer nada

na segunda noite,
já não se escondem:
pisam as flores
matam noso cão
e não dizemos nada

até que um dia
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa
roubanos a lua e
conhecendo nosso medo
arrancam-nos da voz a garganta

e porque não dissemos nada
já não podemos dizer nada

josé paulo paes - a autoria atribuida a maiakowski é mais um equivoco destes que corre solto por ai.

qualy

qualy frutas, qualy festas, qualy editora, qualy cestas, qualy master, qualy tool, qualy service, qualy systen, qualy construtora, qualy tour, qualy negócios, qualy bio, qualy ink, qualy group, qualy fibra, qualy lenços, qualy café, qualy paper, qualy gráfica; ufa! é ou não é qualy a mais para tantos qualy a menos ?

expertise

"saber e não fazer, é não saber".

receita para ruth

instituto dos cegos e seus corredores. tac-tacs , esgrimam bengalas guias. vozerio quase balbúrdia. mais gentes que tijolos. choques inevitáveis. tá cego porra! dito e feito. cegos continuam mas com gargalhadas de olhos. justo eles que tem um ponto eterno na escuridão e para sempre um delay da luz. furariam os olhos de quem lhes mandasse calar, desumorando o desabafo. chega-se a pensar: fazem de propósito, não fosse a cegueira.

bianka não lava tão branco

diz que não faz comentários para não piorar a situação. mas, o que pode ser pior do que a jornalista que esconde-se atrás dos fatos?

id-iche

leia-mos bergson, o riso. yes, a humanidade tem delays. escutemos noel, o rosa - gago apaixonado - ou eminem. ruth desnutrida ponto por ponto sem nó, descobre a internet perigosa. viver é perigoso. gozar é perigoso. e viva david brasil. gozado e gozando aos montes, enquanto lemos peculariza que rir engorda e sandra, pec,pec, definha o conceito de respeito. gargalhadas e engasgos para muito além da internet.

deus ex-machina

invadiu a calçada em plena contramão. negou-se a ajoelhar no meio fio, acertando em cheio possíveis apóstolos desavisados.
sem trombetas,voaram arrependimentos, mágoa, sonhos e até fé, única gordura naqueles ossos. bora-bora gritado, evangelicamente, a plenos pulmões, retorna o veículo à sua condição terrestre.
no vidro traseiro deus está adesivado como aquele que está no comando.
de onde surgiu mesmo aquela kombi. do velho testamento?

plug-se quem puder

o problema do atendimento é mau contato.

carbonários II

ítalo bianchi na ítalo bianchi. tristes tempos onde revolucionários tem mais de 80 anos.

carbonários

quem não for um revolucionário aos 20 certamente será um canalha aos 40, shaw. mercado repleto. agências superlotadas. canalhinhas rosa-cús. deserto vazio de caráter. aos borbotões

sandwiche

duas fatias de advogados, 1/2 porção de nutricionista, ranço a meio. servidos com oportunismo de iche ainda maior. o molho fica por sua conta.

aumenta o level que isto aqui é rock´n´roll

agências do ano tal qual centenário do sport. tome festas e tombe perdas.

expiação

lima duarte, paulo goulart, susana vieira, dominguinhos, hebe, fitipaldi.
fundo semi-finito, cenário bat-cum. melífluos de plantão a morder carótidas dos quase podiam ser nossos avós. empréstimos x benefícios que mais parecem castigo. até quando a não aposentadoria em forma e conteúdo, destes comerciais inclusos? nesta hora dá-nos vexame ser publicitário. fraudadores do inss deviam protestar exigindo respeito
.

all type

www.digestivocultural.com.br.
acresce possibilidades. expande visões.
lá, até nos descascam vez em quando. por isso mesmo recomendável.
adeptos do fuderoso,tô bege, surreal, tabacudo, impressionante e outras "pernambucaneidades" não deglutem.
se realmente publicitários ao menos lessem a secção aumente seu vocabulário do reader´s digest.

mulas sem cabeça

colunas publicitárias locais - e boa parte do resto do mundo digo, de passagem.

vida & blogs

blogs são como pessoas. nascem, vivem, morrem. alguns até ressucitam.

pril de abril

a verdade sobre todas as datas.