segunda-feira, abril 18, 2005

redesenhando

vez quando gosto reler livros, pra ver se mudamos ou mudaram eles, valor do conteúdo quero dizer. da vez é andy law, a empresa criativa - como a st.luke´s pode transformar seu trabalho. negócio editora, 2001, do original de 1998. história da agência que eliminou "meu computador", trocando-os por estações de trabalho de utilidade pública e outros procedimentos que torceram contra conservadores. dão sustos, principalmente parte em que salários de secretária e criação igualizam-se. nunca gostei muito desta parte, em que pese o valor e os peitos, para não dizer mais, de algumas secretárias, que até se aproximavam do desejo de insubstituíveis. diz-me o firpo, gaúcho ou gauche ? diretor de criação, que indo até lá já nao encontrou law, apenas uns caras blasés. os tempos mudam, até os livros, que dizer das pessoas ? mais do que os princípios, o livro, e as histórias contidas, vale a forma criativa, e o trabalho original, embutidos na reação inusitada deflagrada a venda da chiat,day à tbwa. como diz o poeta paraibano alex vergari, das revoluções, cacos de sonho nos cortam até hoje. embebidos num mercado de agências que mal sairam da segunda geração, formatos dos anos 60, a leitura pode soar utópica demais. mas a realidade é que prescindimos em muito de utopias para serem sonhadas. as últimas por cá já estão mamando e yogurtadas no seio da mesmice. recife ressente-se de uma agência que verdadeiramente mostre que no embate dinheiro x criatividade uma coisa não tem que excluir a outra, pra não dizer falso o dilema, como é falsa uma certa amplitude de criatividade mais alardeada que praticada. quem se habilita ?

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