No Brasil, que dizem ser um país de anafalbetos, se ensina a ter grande respeito pelos escritores, não se os compurscando com altos salários, proteções desnecessárias, e nem pagamentos autorais condizentes. E se fala muito dos escritores nos grandes jantares, preferivelmente se não estão presentes e são bem badalados pela mídia.
De preferência esses escritores devem estar mortos. Os escritores mortos são muito melhores do que os vivos porque não escrevem mais. E também poruqe não têm mais aquele ar de importância de quem se acha igual a um general, um banqueiro ou um diretor do segundo escalão do IBC.
Um escritor verdadeiramente sábio responde a tudo que lhe perguntarem na tevê, no rádio, na imprensa, na rua e na polícia. Se ele agir assim e fizer cento e oitenta e oito noites de autógrafos por mês, aí ninguém vai se importar com o que ele escreve e os livros vendem à beça,
Quando um escritor está rico e famoso as instituições de amparo ao escritor dão a ele todos os prêmios e todos os dinheiros, que ele distribuiu com escritores pobres,pagando até caipirinha pra eles enquanto toma seu uísque balantaine – importado – oitenta anos.
Um escritor não deve falar bem de outro escritor pelas costas, que isso é muito feio e não resulta em nada. Pra falar bem dos escritores existem uma porção de entidades como o Pen Clube, a Acadaemia Brasileira de Letras e o Instituto Nacional do Livro.
Millor Fernandes
deve ser por isso que tanta gente quer ser, pensa ou faz de conta que pensa que é escritor.
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