Informaçao e voyeurismo no seu blog ou no meu ?
Veículos convencionais que se cuidem. Não só pela concorrência do conteúdo, mas também pela liberdade da forma
A contagiante epidemia dos blogs faz convergir para o mesmo ciberespaço as motivações as mais diferentes e às tribos as mais esquisitas. É um sucesso, por exemplo, o Blog do Noblat ( http://www.noblat.ultimosegundo.ig.com.br/noblat ), a artimanha de Ricardo Noblat, um dos melhores repórteres políticos de Brasília.
Ao mesmo tempo, é recordista de, hum, acessos aquele diário – nem sempre tão diário assim –! eletrônico assinado por Luana Piovani ( http://www2.uol.com.br/luanapiovani/mundo), com seu jeitinho intimista de agenda juvenil, que os menininhos voyeurs ficam loucos para, como dizer, manipular, fuçar, penetrar (confira o texto na edição impressa).
Entre a função de democratizar e arejar o noticiário e aquela outra de promover a exibição masturbatória de seu próprio umbigo, abre-se um amplo território para um veículo que nasce pessoal, opiniático (com as exacerbações e destemperos que atos solitários suscitam, como se viu em certas discussões blogueiras sobre o plebiscito), mas que acaba por se converter, com freqüência, num amplo e dinâmico fórum de debate.
“O blog, em si, é! uma ferramenta, assim como a tevê, o DVD ou a caneta Bic”, diz um dos pioneiros, o multimídia Marcelo Tas. “Mas tem duas características marcantes: a facilidade de uso (ninguém precisa ser nerd para abrir um blog) e os comentários abertos. Essas duas características fizeram dos blogs a mais democrática, veloz e livre forma de expressar uma opinião, hoje, no mundo.”
Os veículos convencionais, portanto, que se cuidem. Não só pela concorrência do conteúdo, mas também pela liberdade da forma. Como diz Tas, “você é editor, redator, fotógrafo, ilustrador do seu próprio texto. Como brinco na home do meu site: ‘Cada um de nós passa a ser o Roberto Marinho de si mesmo’
nirlando beirão, com seu estilo, na carta capital
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