Vez por outra, é comum ouvir falar sobre o modelo de desenvolvimento civilizatório da parte rica do planeta como se fosse um farol a ser seguido e invejado por todo o restante da humanidade. Expressões como"coisa de primeiro mundo",ao mesmo tempo que elevam a um suposto"nível superior"os modelos europeu e americano,rebaixam o modelo "terceiro mundista" - próprio dos desafortunados da América Latina,África e partes da Ásia e do Oriente.
Os que costumam usar esse tipo de argumento deixam transparecer,quase sempre, a afirmação de que o homo sapiens só sobrevive no norte das Américas e na Europa; nós, restantes, seríamos todos macacos, ou nem isso.
É interessante repetir, por quantas vezes forem necessárias, que esse desenvolvimento social atingido em partes do chamado "mundo desenvolvido" foi conseguido através da pura e simples pilhagem.
Hoje, o farol da filosofia, da cultura,do avanço no pensamento humano e outras baboseiras que esses repetidores dos discursos oficiais teimam em usar como artifício retórico-argumentativo está em chamas. Literalmente.Há pouco, foi a vez da maior potência do planeta deixar parte de sua população debaixo d'água, convivendo com cadáveres putrefatos durante dias, apenas por serem pobres e pretos.
Os que ainda acreditam nesse modelo e torcem o nariz para a possibilidade de desenvolvimento nacional próprio, que torcem o nariz diante da própria cultura, que amam os estrangeirismos e importam modelos do que quer que seja,por acreditarem que o que é nosso simplesmente não presta, deveriam abrir os olhos e perceber que o modelo "primeiro mundista" quebrou.
O preconceito racial está exposto no país da fraternidade, os disparates sociais estão à mostra no país da igualdade, a descriminação de crença está gritante no país da liberdade.
Em que país a Alice acordará?
cldoaldo damasceno, na lista do cc-nat, o clube, que não sai da lista, dos criativos de natal.
no fundo, um saci em luta contra os haloweens do photoshop/words(isto é uma private joke, sorry) ou sejam: cabeças de abóboras(jerimum, pronto),muitos dos quais já com a memória apagadas ou não expansíveis pela colonização incrustada no sistema operativo pré e pós up-grade.
in tempo: todo dia é dia de resistência cultural. não há nada mais “ folclorico” do que datas dedicadas ao folclore. o resultado destas datas é muita pantomima no dia, enquanto o resto do ano, nos tornamos “brasileiros”.
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