quando se acessa o www.saatchi.com
ou quando se assiste o rolo dos novos diretores em cannes, acontecimento indefectivelmente comandado pelo bob isherwood, é inevitável que se pense: que se passa em portugal ? onde a saatchi sempre foi o que é: nada mais que tênue sombra da network que já foi a mais criativa do mundo.
mas peraí, não estaria atirando no proprio pé? afinal chief creative officer é um título da minha pertença na organização nos idos de 97 ?
a little, maybe. mas na história da instituição saatchi portugal para além de quase um ano de combate sanguinolento ao imobilismo de victor pantoja, armando santana e rosaria carapinho, a tríplice coroa que na defesa do status cu conseguido sabotava toda e qualquer tentativa de inovação criativa, até que fiz feridas. e não tombei mediocre. afinal, sob a minha direção a saatchi teve seus 15 minutos de fama. com outros, nem isto.
basta lembrar que o todo poderoso da nike européia, josé ricardo cabaço, também foi vítima, ao suceder-me, da mesma tríplice coroa, que superou-se ao contratar free-lancers para fazerem trabalhos as costas do cabaço que, contrariando seu estilo espoleta, esteve a cagar-se pra isso, ao menos para compor figurino e não amarrotar as sapatilhas(tennis).
fato é que a saatchi, era insistentemente cobrada pela worldwide creative direction, e não só, pelo zero de resultados em termos criativos. fax e faxes chegavam diariamente a lisboa componentes da comunicação interna a informar resultados do então ainda rolo compressor criativo mundo a fora. na matriz portuguesa nem para rascunho serviam, pois o discurso da mudança morreu após o jantar de confirmação da minha contratação.
se créditos pelo estrabismo a postura da casa, cemitério de maus atendimentos em posições de commando, desde o início couberam ao babante victor pantoja, que dizer quando a saatchi após saída de portugal, voltou sob a égide da publicis, siamesa a park, cuja assinatura park-saatchi traduzia de modo quase trocadilhinesco que ali estava sequer um park de estacionamento de idéias já que não se poriam em movimento, como não se puseram até hoje.
a única explicação é a urucubaca que abateu-se sobre a marca em cardinais lusos. até porque, financeiramente, a posição da saatchi tomou o pé da descida. eliminando toda e qualquer assertiva de que estaria perdendo negócios porque ousou romper os bloqueios criativos de que lhe impregnaram gestões que lhe fizeram vista grossa voltados para interesses outros que, muita gente fala, apontava para o engordamento da carteira por outras vias que não expressas.
na saatchi , portugal sempre foi o patinho feio que não acabou em cisne como deveria rezar a lenda. sequer lacado, apenas empacado, empalhado.
no site, ainda hoje na abertura, o ideias & ideias gira, gira. é isto que deixou tontos os gestores portugueses? que não conseguem dar a volta ao problema da falta de soluções criativas para quem as tem por todo lado do mundo, insistindo em diretivas meramente burocráticas tão-somente ?
então ,da marca, em portugal, deveria usar-se apenas o &.
não me parece que esta fosse a idéia do lord.
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