A lista foi organizada pelo guru da usabilidade na Web, Jakob Nielsen, tido por muitos como conservador em matéria de design e por outros como o mago da ergonomia cibernética.
Como em quase todas as propostas de Nielsen, não houve consenso entre os blogueiros provocando um enorme bate boca virtual na avaliação da lista de erros.
Mas vejamos o que o guru da usabilidade tem a dizer:
1) Falta de biografia do autor - É a primeira grande falha apontada por Nielsen. Concordo integralmente porque as informações sobre o autor são um elemento importante para o usuário contextualizar os conteúdos publicados. Parece o óbvio, mas quase metade dos blogs brasileiros não tem referências detalhadas sobre seus autores, especialmente nos blogs politicos.
2) Ausência de fotos do autor - Jakob acha que isto importante, mas tem muita gente, inclusive eu, que não considera este item tão essencial assim num blog. Num ponto ele tem razão, a fotografia pode ser útil para outras publicações, especialmente revistas e jornais, interessados em citar o weblog.
3) Títulos não descritivos - Outra crítica que causou muita polêmica, principalmente entre os jornalistas. Para Nielsen títulos abstratos não geram interesse entre os visitantes porque não fornecem indicações sobre o conteúdo do texto. Ele tem razão nesta procura de envolvimento do leitor, mas deve haver sempre espaço para criatividade porque senão fica tudo igual.
4) Links sem pistas para seu conteúdo - Este erro destacado por Nielsen é muito comum e eu já o cometi várias vezes. Trata-se de dar mínimas indicações sobre a página a que se refere o link. Um exemplo do que seria o certo: Veja a versão original da lista de erros na página de Jakob Nielsen (http://www.useit.com/alertbox/weblogs.html).
5) Textos importantes perdidos no arquivo - Uma falha quase onipresente em todos os blogs. Se o ritmo de produção for muito intenso, textos muito interessantes podem acabar soterrados no arquivo onde só os mecanismos de busca vão achá-los. A sugestão do guru da usabilidade é procurar sempre criar links para matérias antigas em textos mais atuais.
6) A cronologia como única referência - Nielsen acha esta uma falha irritante, mas não leva em conta que esta é a grande diferença entre um blog e uma página Web normal. Também concordo que a publicação sequencial de conteúdos faz com que só os visitantes muito assíduos consigam pegar tudo que é publicado num weblog. A solução seria o autor criar espaços laterais para destacar temas preferenciais e links para textos importantes já publicados.
7) Publicação com frequência irregular - Há uma perda de interesse quando o blog não é atualizado com frequência, mas este erro apontado por Nielsen também não pode levar a outro, a publicação de textos irrelevantes. A publicação deve estar condicionada a material de interesse, o que implica da parte do autor a criação do habito da pesquisa.
8) Conteúdos dispersos - A falta de foco é muito prejudicial num blog. Nisto o autor da lista conta com o consenso generalizado. Quando maior o número de weblogs (hoje já são perto de 20 milhões segundo o site Technorati), maior a necessidade de especialização num tema, porque isto cria diferenciais.
9) Não pensar no futuro - As maiores críticas recebidas por Nielsen foram neste item. Ele aconselha os blogueiros a não publicar aquilo que possa prejudicá-los no futuro, possíveis empregadores, por exemplo. Se os conselhos do guru forem seguidos, a maioria dos blogs perderá boa parte de sua criatividade e diversidade.
10) Estar hospedado num serviço de weblogs - No último item da sua lista de erros, Nielsen mostra como está distanciado da média dos habitantes da blogosfera. Só os mais bem sucedidos tem domínio próprio, o que pode ser um símbolo de status mas não de qualidade informativa. A esmagadora maioria usa serviços gratuitos de hospedagem como o Blogger , TypePad ou Blig .
A discussão sobre o tamanho dos textos publicados, fica para mais adiante.
colaboração involuntária do carlos castilho
2 comentários:
Os erros são bem comuns e as críticas bem pertinentes. Mas é bom observar que há blogueiros e blogueiros. Não é todo mundo que se utiliza de blogs de maneira tão organizada e estruturada. Os blogs e seus temas têm os pés fincados no interesse pessoal de seus autores, não sei se há pesquisas sobre isso, mas acho que a maioria das pessoas que escrevem em um blog, o fazem como exercício, quase como um hobby.
há uma pesquisa que diz que mais bem mais da metade dos blogs foi criada como meio de terapia.
mas mesmo que não sejam profissionais, a usabilidade mínima é sempre bem vinda, no que desde já faço mea culpa.
e aí pode-se discutir o conceito, para mim profissional é o blog que gera renda, não rendendo, mesmo que utilize de critérios profissionais em sua edição, admnistração de marketing, etc, não pode ser chamado de profissional.
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