Dobrando a língua
Como volta e meia meus adversários resolvem questionar as secretarias e os conselhos de desenvolvimento regional, maldizendo a descentralização e tudo o que ela já trouxe de benefício para centenas de municípios historicamente esquecidos e relegados, pouco a pouco fui acumulando exemplos históricos de erros brutais de avaliação e falta de visão de futuro. Aqui vão alguns deles:
"Penso que há talvez no mundo um mercado para 5 computadores".
Thomas Watson, presidente da IBM, em 1943
" Não há nenhuma razão para que alguém queira ter um computador em casa".
Ken Olson, presidente e fundador da Digital Equipment Corp., em 1977
" Este 'telefone' tem inconvenientes demais para ser seriamente considerado um meio de comunicação. Esta geringonça não tem nenhum valor para nós”.
Memorando interno da Western Union, em 1876
" A caixa de música sem fio não tem nenhum valor comercial imaginável. Quem pagaria para ouvir uma mensagem enviada a ninguém em particular?".
Sócios de David Sarnoff em resposta a sua consulta urgente sobre investimentos em rádio, nos anos 20
" O conceito é interessante e bem estruturado, mas para merecer uma nota melhor do que 5, a idéia deveria ser viável".
Professor da Universidade de Yale em resposta a uma tese propondo um serviço confiável de malote. A tese era de Fred Smith, que viria a ser o fundador da
Federal Express
" Quem se interessaria em ouvir os atores falar?".
H.M. Warner, da Warner Brothers, no auge do cinema mudo, em 1927
" Máquinas mais pesadas do que o ar são impossíveis".
Lord Kelvin, presidente da Royal Society, em 1895, sobre a possibilidade do avião
" Aviões são brinquedos interessantes mas sem nenhum valor militar".
Mal. Ferdinand Foch, professor de estratégia da Escola Superior de Guerra de Paris
" A teoria dos germes de Louis Pasteur é uma ficção ridícula".
Pierre Pachet, professor de Fisiologia em Toulouse, em 1872
" O cavalo está aqui para ficar, porém o automóvel é apenas uma novidade, uma moda passageira".
Presidente do Michigan Savings Bank ao advogado de Henry Ford, aconselhando-o a não investir na Ford Motor Company
Há centenas de outros graves erros de avaliação na história da humanidade, que não caberiam neste pequeno espaço, mas esses poucos exemplos acima ilustram bem como o novo é difícil de ser aceito por aqueles que não conseguem ir além da administração do presente, sem ousar inventar o futuro.
Sigo a cartilha magistralmente sintetizada pelo escritor uruguaio Eduardo Galeano: “Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos”.
Luiz Henrique da Silveira - Governador do Estado de Santa Catarina
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