sexta-feira, março 10, 2006

biscoito fino para as massas*

A Adobe, empresa americana que faturou US$ 1,96 bilhão no ano passado e é uma das maiores produtoras de software do mundo, está de olho nos jovens para tornar ainda mais popular seu produto-chave: o Photoshop. Com mais de quatro milhões de usuários em todo o mundo, o Photoshop é sinônimo mundial de software de manipulação de imagem e responde por 90% desse mercado. O programa é responsável, entre outros milagres, por tornar rugas menos profundas e mais lindas as mulheres das revistas masculinas. Também é ele quem transforma peças publicitárias em imagens mais vivas e coloridas. Não satisfeito, o Photoshop está prestes a sair em busca da geração que nasceu brincando com o teclado e está no auge da criatividade. De olho nesse nicho, a Adobe, que também produz o Acrobat Reader, está dando descontos para popularizar seus produtos. Com promoções que oferecem até 70% de abatimento na compra de programas da marca por universidades e alunos, a gigante pretende tornar-se hegemônica – ainda mais – entre os futuros profissionais. Mais do que simples promoção, a iniciativa faz parte da estratégia da empresa para conquistar novos e fiéis consumidores para seus produtos. O Photoshop, por exemplo, que custa R$ 1,7 mil, pode entrar no computador desses jovens por cerca de R$ 500. “É uma maneira de fazer com que essas pessoas saiam da faculdade sabendo lidar com programas presentes nas grandes companhias do mundo”, afirma Marta Clark, gerente de vendas da Adobe para a América Latina. A Adobe também quer aproveitar as discussões em torno da regulamentação do ensino à distância para oferecer produtos menos conhecidos. São programas que permitem aulas em videoconferência e controlam freqüência e desempenho. A investida tem razão de ser. Entre 2000 e 2004, segundo o Ministério da Educação, o ensino à distância cresceu louváveis 1060%.

Depois de adquirir, em dezembro, a concorrente Macromedia por US$ 3,7 bilhões, a Adobe, então presente em 82% dos PCs do mundo com o Acrobat Reader, passou a povoar 97% deles com o Flash, software de animação oriundo da Macromedia. O tamanho da receita também deve crescer. Estão previstos US$ 2,7 bilhões de faturamento para 2006. A empresa pretende avançar no fornecimento de tecnologia para o mercado financeiro, com o Acrobat Reader e seus arquivos em pdf – mais compactos que os outros –, e aproveitar a proliferação dos celulares para vender o Flash numa versão mais leve. A pirataria, que deveria assustá-los, também é vista como oportunidade. Entre os softwares copiados e vendidos ilegalmente, o Photoshop lidera a lista, de acordo com a Business Software Alliance, organização que defende a legalização da tecnologia e da qual a Adobe faz parte. Segundo a BSA, no Brasil a pirataria beira 64%, mas vem traçando um caminho de redução ano a ano. “Quando essas pessoas optarem pela versão original, serão nossas clientes”, afirma Luis Maian, diretor da Adobe no Brasil. “O produto pirata pode fazer o usuário perder trabalhos e jogar fora todo seu esforço”, diz Maian.


photoshop para as massas, por mariana ditolvo, isto é dinheiro

agora é que vamos ser mesmo um país de retoques. danou-se!.

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