quarta-feira, janeiro 25, 2006

quarta ah portuguêsa: sobrou cavaco, faltou alegria, e o super-mário agora sabe o que sentiram os dinossauros na idade do gêlo

…. assim, o melhor trunfo, o mais sólido alidado de cavaco silva é o estado de decrepitude em que o pais afunda. com o seguinte corolário: se silva foi eleito domingo graças ao desastre econômico sofrido por seu país, na sequência este mesmo desastre econômico se tornará o primeiro inimigo do mesmo silva, condenado a tirar portugal do atoleiro que se meteu …..gilles lapouge, para a agência estado.

deficit

“e este atoleiro é fundo. portugal se tornou o país mais pobre da europa. um quarto da sua população vive com menos de 350 euros por mês. pelo sexto ano consecutivo, ele terá em 2006 um crescimento mais fraco do que todos os outros países europeus(0,8%). o déficit público se elevou a 6,2% do PIB , em 2005, enquanto o tratado da união européia exige que este deficit não exceda a 3% do PIB. e todos procuram um “bode expiatório”. muitos, em lisboa, já o encontraram: é a união européia e, sobretudo, sua moeda comum: o euro. isso é verdade só em parte. a influência da europa, da qual lisboa participa há 20 anos, foi inicialmente favorável, durante quinze anos, antes de se tornar nefasta cinco anos atrás. os anos 80 e 90 foram dourados. portugal era o “ bom aluno” da europa. graças aos recursos europeus, ele construia autoestradas, atraia investidores, etc.

foi em 2001 que tudo desandou. naquele ano, houve um desengate no par espanha/portugal: a espanha decolava enquanto portugal ficava para trás. (em portugal, a administração pública permaneceu imensa(730 mil funcionários)”….. in diário de pernambuco, o jornal mais antigo da américa latina em circulação, “180 anos de credibilidade”, no dia da eleição.

como todos sabem, cavaco, que no brasil significa as sobras de madeira quando estão sendo aplainada tranformou-se em "madeira de dar em doido" e sentou o pau nos oponentes pela força das urnas.

cavaco, que no brasil também tem uma variante,” cavaco chinês”, uma espécie de cilindro tipo “casquinha de sorvete”, cone em portugal, quase biscoito comestível de tamanho e diamêtro equivalente a certas coisas mais avantajadas, ainda faz as delicias de muitas crianças e adultos saudosos em nosso país a fora.

no poder, enquanto primeiro ministro, cavaco silva literalmente arroxou o cone dos imigrantes brasileiros desrespeitando acordos vigentes - como até hoje se desrespeita, numa burocracia miserável que desrespeita a própria honra patrícia - transformando a portela em porteira fechada. justiça seja feita, com o predicado de não fazer isso de forma demagógica e sim, monossilábico e frontal. aliás, a desculpa portugêsa esfarrapada de que os brasileiros aceitam portugueses sem problema porque a população portuguesa é pequena, dez milhões, e o vice-versa com 200 milhões fica impraticável, equivale a tirar do campeonato o time grande porque certamente ele vai ganhar do pequeno. então não se façam acordos e não se estabeleçam regras para serem quebradas caralho! e mandem logo os imigrantes a patria que os pariu porque é á tal história: ou comem todos ou não come nenhum. ponhamos pois um fim as restrições à cor e ao sotaque.

recentemente lançado no brasil em clube vip na barra da tijuca, rio de janeiro- não seria mais adequado nas favelas? no brasil "os direitos recíprocos de brasileiros e portugueses", autoria feminina que lutou na assembléia com apoio astuto e decisivo de mário soares, e que na prática faz-se ao mar de tanta água.

por hora, as notas sobre o estado da economia portuguêsa antecipam os próximos posts que bem poderiam receber títulos como: servindo cerveja em puteiro — não faça julgamentos preliminares de que estamos ofendendo o país que não se trata disso. trata-se de história de publicitário de carne e osso, e não só brasileiro, e dos altos e baixos que nos custa ao ir onde tantas vezes a publicidade não está.

histórias que antes de proporem-se a desestímulo, pelo contrário: abrem os olhos e demais orifícios para a realidade de como é ser desempregado na praia mais pobre da europa. o que desde já antecipa de que não basta ser bom: tem que ter sorte ao ralar.

ou como diria o protagonista para alguns, chegou a hora do amândio e andândio.

para o cavaco, por cima, por sobre as águas da vitória.
mas por quanto tempo ? não sucumbirá ao passivo português que ninguém consegue trazer à tona ?

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