ou viciado em sexo, boa propaganda e rock `n` roll. não sei o que me pega mais na veia, para além do cinema e dos animais. em relação ao sexo, boa propaganda e rock ´n´roll, sou toxicômano dependente. químico, físico e mental. tenho me drogado vezes sem conta, e embora raramente com alguma maestria, há quem diga que dou minhas cacetadas de vez em quando. no sexo, devo ter andado com senhoras muito gentis ou mentirosamente adoráveis, para além dos orgasmos. na música, não desvendo partituras e nada de ouvido absoluto. não tenho a elegância de clapton, o sustain de santana, a voracidade de stevie ray vaughan, o trêmolo de b.b. king, e muito tampouco uma mão direita que vá além de pentatônicas que já soaram uisques vagabundos, para não falar de dois ou três hero guitars aos quais faço reverências não ligando as minhas velhas e boas fenders que desatinam por não sair da caixa(sim, há gibsons na mira e uma psr(paul red smith) que me fala ao pau. destarte, não vou esquecer jimi hendrix porque me é impossível falar-se em guitarras e não me virem os acordes iniciais de angel little wing
mas é na propaganda onde tudo se encontra. libido, intelecto e corpo. cinema, musica, pintura, artes plásticas, prosa e poesia, escultura, fotografia, desenho. não há nada que não seja arte que promova o encontro tão técnico de tudo e de todos para a única” arte” que existe na profissão: “a arte de vender” , onde é preciso muita paixão, sedução e portanto tesão para o fazer. é ao mesmo tempo insano e divino o insight que determine o portão de entrada no vastissimo repertório da improvisação em torno de um mesmo tema, ou seja: você tem de saber tocar a música em todos os tons, bemóis e sustenidos, dominando acordes com todas as suas inversões, com punch para desenvolver escalas a partir de qualquer ponto da estrutura sem atravessar. se você nao for viciado nisto, você não alcança o objetivo. é por isso que eu preciso de droga na veia, cada vez mais, se não não vou conseguir, fazer as minhas escalas sem dar notas fora. ontem, demiti-me de uma agência onde o diretor geral queria fazer misturas na droga da boa propaganda misturando paia. olhei alguns jovens viciados já sem o menor futuro e tomei a decisão. como um xuto. e cá estou de novo iniciando novamente a viagem. e com uma larica daquelas.
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