quarta-feira, abril 05, 2006

publicitário: corre que a cuca vem te pegar ou: eu era marketeiro e não sabia

.....Outro dia comentei rapidamente aqui que caminhava no Congresso o projeto de autoria do parlamentar Eduardo Paes, do PSDB do Rio de Janeiro. Agora, por obra e graça do Emílio Cerri, tive acesso ao texto do dito cujo, que tramita em caráter conclusivo, isto é, sem necessidade de ser aprovado em plenário, nas Comissões de Trabalho, de Administração do Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Que diz:

“Art. 1o. – O Profissional de Marketing é todo aquele que desempenha atividade especializada de caráter técnico-científico,criativo e artístico, com vistas a criar e redigir textos publicitários, roteirizar spots e comerciais de TV, dirigir peças para rádio e TV, planejar investimentos e inserções de campanhas publicitárias na mídia atender clientes anunciantes, produzir arte gráfica em publicidade e propaganda, gerenciar contas de clientes e administrar agências de publicidade.”

Tá bom pra você? Então veja o que diz o artigo segundo do projeto:

“São atribuições do Profissional de Marketing:

a) Realizar o planejamento e projeto de sistemas, produtos ou mensagens visuais ligadas à produção de publicidade, objetivando assegurar sua funcionalida ergonômica, sua correta utilização, qualidade técnica e estética racionalização estrutural, fabricação ou reprodução;

b) Atuar no posicionamento empresarial, desenvolvendo estratégias de mercado e em programas de fidelização com os clientes;

c) Desenvolver marcas para empresas, realizando o levantamento de necessidades organizacionais, elaborando projetos de comunicação organizacional, gerando projetos de novos produtos e atuando na gestão da demanda:

d) realizar ensaios, pesquisas, experimentações em seu campo de atividade e, em campos correlatos, quando atuar em equipes multidisciplinares;

e) desempenho de cargos e funções junto a entidades públicas e privadas cujas atividades que estejam correlacionadas com as alíneas anteriores;

f) realizar a coordenação, direção,, fiscalização, orientação, consultoria, assessoria e execução de serviços ou assuntos de seu campo profissional;

g) exercício do magistério em disciplinas em que o profissional esteja e devidamente habilitado.”

3. A coisa vai mais longe, mas para encurtar a conversa, vou parar por aqui. Limito-me a fazer, apenas algumas apenas, algumas observações. A primeira reproduz comentário do Chico Socorro, a quem respeito profundamente, e que diz:

‘. A Abap diz que tem uma espécie de “Consulado” em Brasília para acompanhar o que os Congressistas “aprontam” na área de Publicidade. Eles não tomaram conhecimento disso?

. Suponho que o nobre deputado ignora completamente o que seja Marketing e Publicidade. Creio também que os profissionais de Marketing não desejam essa regulamentação – nunca ouvi falar dessa reivindicação.

. Como a ESPM, na voz do Gracioso, torpedeou recentemente a Regulamentação da Profissão de Publicitário e a ESPM forma também profissionais de Marketing, o que ele dirá a respeito dessa idéia? Creio que ele, a ESPM também ignora a intenção do nobre deputado.”

4. Há anos venho defendendo, muitas vezes solitária e inutilmente, a necessidade de regulamentar pra valer, a profissão de publicitário. “Não pode”, dizem-me, “a publicidade tem de ser uma profissão aberta". Pois é: tão aberta que se permite a aventuras desse tipo.

Quanto à atuação da Abap, meu caro Chico, não me surpreende: essa entidade especializou-se em defender apenas os interesses das multinacionais. Além do mais, regulamentação profissional interessa, principalmente, aos profissionais. E estes não têm um Sindicato que os defenda nem abrem a boca, a não ser para tomar um bom uísque e um delicioso tira gosto nas festas que o setor não se cansa de realizar.

trecho do, e agora ? do eloy simões, publicado do www.acontecendoaqui.com.br

quanto a serventia da Abap, apenas para defender os interesses das multinacionais, por dever de ofício,sirvo-me desta para corrijir esta injustiça, pelo menos no "consulado" da paraíba. lá o presidente da ABAP, apesar de ser um lord, é o mais probo dos batalhadores. não defende nada pras multinacionais, que absurdo pensar assim, que se diga isso publicamente. defende - e muito - os interesses dele. uisquinho já nem tanto, mas festa e viagem, uiii.

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