quarta-feira, abril 19, 2006

conceito, slogan, clain, assinatura, assinatura de campanha , guide line, bordão isso só não basta

para jay conrad levinson(criatividade de guerrilha) isso só não basta. não basta mesmo. bom, o cara tem uma produkão de espertalhão. porque para escrever 28 livros, ainda que uma meia dúzia de parceria, neste negócio, depois, ou seria durante a vida de publicitário, que chegou a vice-presidente e diretor de criação da JWT e leo burnett, já dá pra desconfiar que temos aqui mais ums gasparetto.

mas ele desenvolve um raciocínio interessante, antes eu diria um conceito, mas um conceito, ensina ou advoga ele, não é um meme(é assim mesmo, não é o memê, aquele que mixou discos do lulu santos).

os memes são a pedra de toque do marketing da criatividade de guerrilha(sim ele também escreveu um livro sobre marketing de guerrilha) aquilo que nós entendíamos como conceito, porém, digamos assim, mais arrasador do que transgênicos porém sendo eugênico como ele só. um meme pode ser visual, auditivo, gráfico, até táctil se você for um mago da publicidade(nome, ou seria meme? de uma série de livros, que espantosamente tem conteúdo, escritos pelo mago roy williams).

para você ter uma idéia, intel inside, é considerado um dos memes mercadológicos mais bem sucedidos da história. o cowboy de marlboro(ele, jay, foi um dos criadores da campanha) outro.

não vou ficar aqui resumindo o livro. mas em suma, quem dedica-se aos memes, não está preocupado com share of mind ou market. busca, enfeixadamente o share of wallet(participação na carteira). levinson desce o pau nos criativos de festivais,a começar nele mesmo. e estabelece alguns procedimentos que tem sim sua razão de ser, ainda mais neste tempo em que publicitários são atordoadamente avaliados por premiações e exposições: jay conrad, perguntaria: benfica sim, laurentino idem: mais o que fizeram realmente pelo share of wallet dos clientes que atendem, para além de se transformar, eles próprios em ícones de sua criação ?

se isto não lhe motivar para ler o livro, a raspa de tacho sobre agências de propaganda, seus modus operandi e escolha, já vale o livro, escrito sim na velha técnica de martelo americana(não sabe o que é isso? isso ele não ensina) que no mínimo causará um dar de ombros incômodo a quem se acha o fodão do bairro do peixoto no pedaço.

finalizando, jay ensina que o marketing,ao contrário do que todo mundo pensa, não é uma questão de vendas. é de compra. e mais do que um subterfúgio verbal, esta abordagem permite, ao contrário do que se possa paraecer, uma abordagem porfundamente emocional do ato de venda, baseado nas estimulações emocionais para a compra. ninguém compra o que realmente precisa é um dos instigamentos de conrad, que introduz ainda a noção de catexia, em seu discurso(não sabe o que é catexia?, lá explica).

e o melhor do livro, é que tudo aquilo que está lá em cima, que por si só não bastam, pode ser um meme. mas não necessariamente e simplesmente o serão. é preciso mais do que ser premiado para achar ou construir um.

jay conrad levinson só não diz se um leão é um de verdade ainda que seja falso.

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