o dvd/cd de leoni faz justiça as conclusões de mccartney. que mal pode haver em compor/cantar tolas canções de amor? leoni, leva o primado à risca, inclusive num show onde o less is more tem cara de pobreza mesmo.
um dos abóboras selvagens que depois deixou o kid abelha, quando ainda assim se chamava, tempos idos da 98 fm fluminense, leoni tem a cara do que costuma se dizer bom rapaz, daqueles que toda mãe quer como genro, salvo quando ele enfia a mão nas calcinhas em algumas letras.
show mais do que despojado a unidade das canções sustenta o beat e faz desde dvd/cd um dos mais pirateados(nova medida de sucesso no brasil) para além de ser também uma peça de estudos antropológicos. por que não. ?
nele saltam um leo jaime quase assustador em sua gordura rumo ao hulk ou ao tim maia, com a curiosidade da sua voz cada vez mais lembrar o luiz melodia(feche os olhos e sinta). hebert vianna que apesar das sequelas bem aparentes do seu vôo de ícaro a todos deixa hirtos pela precisão com que percorre escalas e o dinho capital inicial cuja sequela das longas overdoses é um corpo magro e um over acting que faz parecer que ainda resta algum coágulo teimoso no fluxo sanguíneo.
entre tudo isso, leoni, safa-se trigueiro com suas silly love songs, lurdinhas em fim de tarde no leblom.
aliás, e por falar nisso, não sei porque tanta implicância da crítica com os shows do pessoal dos anos oitenta, injustamente classificados de insossos e pobres, quase uma vergonha para a música brasileira. afinal, não só leoni, leo jaime, mas paralamas, kid abelha, titãs, lobão, lulu santos, ritchie, barão vermelho, só para começar, começaram a aparecer nos anos oitenta substituindo alguns frequentadores assíduos do baixo(leblon). este pessoal, da crítica, deveria ouvir mais o paul. e o paul ouvir mais o george.
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