quinta-feira, agosto 25, 2005

o quarto pode agindo. veja como ela é

o jornalista não pode emitir opinião ponto final. já meio brava dizia a minha professora de jornalismo que trabalhava no jornal do comércio e ensinava o que fazia na universidade católica de pernambuco, o primeiro curso de jornalismo do país. jornalismo tem de ser informativo. não pode ser opinativo tampouco interpretativo. nada de emitir opinião, arrematou, fazendo bolinha do meu texto reduzindo meu complexo de ensaista a isto mesmo.

fugindo dessas e de outras, e também da cadeira de jornalismo comparado, ô coisa chata, ia me formando mesmo no rastro da imprensa alternativa que se estruturava no país. pasquim, opinião, movimento, lampião, sim o primeiro jornal gay do país, o que pouco me importava, já que o agnaldo silva mandava ver.

com o tempo, os calos, as hemorróidas e sei mais lá o que, vai se aprendendo que o que o jornalismo mas faz é emitir opinião. interpretar e distorcer fatos, gerando versões capazes até mesmo de destruir um país.

a revista veja, aquela que gaba-se de ser a quarta publicação em tiragem no mundo e de fazer jornalismo isento e parcial anda carregando nas tintas das letras tortas e nas entrelinhas de interesses outros. não sou eu que o digo somente. no observatório da imprensa articulistas mostram que o rei está nú. fiquem com a versão publicada pelo www.bluebus.com.br dirijido, ainda sem carteira:) pelo julio.


'Veja faz jornalismo de esgoto', diz Weiss no Observatorio

Escreve Alceu Nader - "O site da revista Veja, neste momento (domingo, 21:15), nao registra qualquer mençao ao desmonte das ilaçoes que sua ediçao impressa traz nesta semana sobre o futuro da economia do país, dando como líquido e certo que o ministro da Fazenda Antônio Palocci também foi tragado pelo lamaçal que há três meses mantém o Brasil atolado".

Desenvolve - "O truque da revista mais vendida do país para colocar o ministro, por antecipaçao, no mesmo chiqueiro de dirigentes do PT e de outros partidos, é clássico. Frase por frase, evolui-se para a verdadeira intençao da revista, desde que trouxe a público o grampo ilegal dos Correios - nao se tratou em todo esse período apenas de desmascarar parte dos antigos dirigentes do PT - o que é louvável - mas de colocar todo o governo Lula no penico (.....) A 1a frase, 'Denúncias atingem Palocci' - joga no vazio ao trazer uma afirmaçao sem sujeito. A segunda - 'A economia aguenta sem ele?' - capciosamente traz a pergunta que já embute a previsao de que o ministro também será obrigado a deixar o governo por causa das denúncias".

Segue - "Mais abaixo, em desgravaçao de mais uma fita, desta vez providenciada pelo Ministério Público do Estado de Sao Paulo, a informação avassaladora - 'Buratti agendava encontros da Máfia do Lixo com Palocci já ministro', na qual o advogado Rogério Tadeu Buratti passa de denunciante a denunciado com poder para pautar afazeres da Fazenda em atendimento a uma organizaçao mafiosa".

Ainda - "Esta última linha de títulos da capa foi devidamente posta sob a lupa de meu vizinho de blog, Luiz Weis (no Observatorio). Em seus 40 anos de jornalismo, Weis diz que jamais viu "uma autoridade reduzir tao completamente a pó uma alegaçao irresponsável como esta, típica do jornalismo de esgoto praticado pela mais influente publicaçao semanal do país".

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