sábado, setembro 30, 2006

manual do anti-marketing político IV : a reedição da escolinha do professor raimundo, versão hommer-bonner

quando a oposição é tornada governo e o governo tornado oposição a tudo aquilo que defendeu, está mesmo na hora de fazer uma revolução. agora se é pelo voto ou não, aí ainda não entramos para a história para além da estória.

perfeito seria 40 anos atrás, para comercial das calças que nunca perdiam o vinco, as calças de nycron, alguém se lembra? o senta-levanta promovido pela rede globo, não se sabe por pura gozação ou inventiva rotular, só não foi mais patético porque a secção castigo não constava no programa. teria sido eliminada pela ausência de lula,? sério candidato ao castigo, chapéu de burro, ajoelhado sobre caroço de milho no canto da sala, levando puxão de orelhas, ainda mais com aquelas de abano, pelo nada saber na matéria que todos pretendiam eliminatória, a corrupção ? vai se saber. mas como em matéria de debates a globo sempre fez o que hoje ninguém mais dúvida, fica a certeza de lula fez o que qualquer candidato em sua situação faria.

hora antes a globo despejou sua baba por conta do recebimento da carta-testamento anti-suícida. e descascou a babosa em nome da neutralidade e das regras pré-definidas do respeito aos candidatos, cláusula salva-guarda, segundo a emissôra marinha, das diatribes reservadas ao saco-de-pancadas em que seria transformado o lula. e como lula ou a sua “pseudo-inteligência” de campanha sabe que está história de que pancada de amor não dói é puro dossiê, e que os caminhos da eleição já foram definidos fora do circuito dos debates, solidificou o forf-fait mais anunciado que eclipse, encerrando a campanha onde lula, mesmo quando derrotado, sempre manteve a confortabilidade eleitoral de governante, em são bernardo do campo que não é minado.

o debate, ou melhor a sabatina adocicada em sí, em si seria cômica se não fosse trágica. ainda sim benéfico ao homem que se vier a governar o brasil como governa a careca – com aquela puxada de cabelo da direita para o centro do cucuruco de – vai ficar, e nos deixar, de cabeça quente tal a quantidade de promessas, mais inviáveis do que remédio alkimim para crescer cabelo. faltou pouco para organizações tabajara o pegarem para garoto propaganda

cristovan buarque é a monocordia mais bem educada que se conheçe. amorfo e linear, mais parecia saudosista de educação de seminário. doido para fazer um pás-de-deux com a candidata tiririca, que nesta semana encangou-se num arroubo de um abraço onde as pernas enlaçaram o abraçado a altura das costelas, o que, mesmo para heloisa helena que abraça sua cauda, quer dizer causa, com tanto ardor, é um exagêro a ser evitado por quem almeja nova postura enquanto candidato a presidente.

apesar do branco, heloisa helena, não e a pomba da paz que o figurino prenuncia. mais parecendo pata-choca murchou-se ao longo da campanha pela repetitividade do discurso “eu não sou farinha do mesmo saco”, apesar do já bolor da também monocórdica indignação que perdeu o ponto da massa, contrariando os prognósticos de quem pretendia mostrá-la como miss ternurinha, revelando o lado pão-doce do beiju dormido. não conseguiu. nem o cineasta a quem caberia a tarefa, nem ela própria. e a sua saudação inicial e de encerramento no debate, que dizer, sabatina, foi peripatética.

“ debate de dama e dois cavalheiros”, apesar do desconforto de alkimim, que em dado momento convocado a ser perguntado por heloisa, demonstrou, no tique dos beiços lambidos em língua, um certo desconforto com a insistência da candidata a associá-lo ao período fhc, mas nada que o ar-condicionado do set não mantivesse sobre contrôle.

em tudo e em nada, o debate, quer dizer a sabatina, revela que nem a emissôra, nem os candidatos, estão preparados, apesar de tantos assessores, para fazer o teste de malhação nem no múltipla escolha. tatibates a discursos pré-gravados neuro-linguisticamente(vá lá, decoreba) zero em capacidade de improvisação, de verve, e até de entendimento, pois tele-guiados por perguntas basicas, esvaiam-se na fuga a elas, com trechos programáticos de mensagens já saturadas por toda campanha metidos à forceps nas respostas onde elas não batiam com o perguntado, sequer em forma, quanto mais em conteúdo. o que não configurou reforço e sim, fraqueza de conteúdo. foi assim com cristovan, com heloisa, e menos com o alkimim, que poder-se-ia dizer vencedor de um debate que de antemão, sem a presença de lula, teria nele a figura favorecida pelo desguarnecimento do bornal arugumentativo explanatório dos demais alunos da escolinha.

mas, vencido o debate, alkimim, vence a eleição, que para ele significa atestado de prosufiência para a recuperação em segunda chamada, quer dizer segundo turno?

isso nem a petulância do clone melhorado? do chimbinha(sim o original já tirou a o aplique branco dos cornos) saberá dizer. apesar de todos os esforços para determinar os resultados de uma eleição, onde o candidato a renovação do mandato parece que de antemão já estaria aprovado por média, mesmo que os professores e direção sempre tenham sido contra esta matricula de aluno com histórico de abandono da escola pública em curso superior.

e agora cristovam, não seria isto um tipo de revolução, neste caso pela anti-educação?

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