notinha perdida dá conta da mais viva do que nunca desapercebida importância do pequeno varejo tão decantado como ferido de morte, assim como os mercadinhos pelos supermercados e o médio varejo pelos shoppings. como se comporta o varejo então, neste tempo de racionalismos just-in time?
"Quando surgiram, há pouco menos de 20 anos, as lojas de conveniência foram celebradas como bela iniciativa de marketing e novo canal de vendas. Aparentemente, não vingaram. Pesquisa da Popai – The Global Association for Marketing at-Retail demonstra que, como alternativa aos supermercados, os mercadinhos e padarias ainda são mais procurados. Acompanhe:
• 6 minutos é o tempo médio de permanência em padarias e mercadinhos
• 4 minutos é a permanência média do consumidor nas lojas de conveniência
• R$ 7,12 é o valor médio gasto em mercadinhos
• R$ 4,24 é quanto se desembolsa nas lojas de conveniência"
lojinhas de conveniências criadas pra resolver premências trazem nelas próprias anti-corpos desta mesma premência. da rapidez, que faz com não exista possibilidades de relacionamento entre clientes e funcionários.já a padaria e o mercadinho, ainda permitem apalpar a fruta de vez do tempo, amadurecendo-o, num cafezinho ou numa conversa que pesa na balança. mesmo que a mosca da premência também ataque alguns pontos onde localizam-se a padaria e os mercadinhos.
a emoção, que de um jeito ou de outro sempre acompanha a compra, ainda que use o disfarce do racional, tende a mediar o consumo nestes locais onde formatos, disposições, aromas e cheiros, utilidades e quinquilharias nos retém em busca de tempos perdidos e ou esquecidos.
acha que não? então experimenta tomar um café numa conveniência, decerto acompanhado de um sanduba pré-preparado, nem vou computar o cheiro de gasolina, e uma média com pão e manteiga na padaria, servida com aquele sotaque de vasco x flamengo.
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