sábado, setembro 02, 2006

média dupla

notinha perdida dá conta da mais viva do que nunca desapercebida importância do pequeno varejo tão decantado como ferido de morte, assim como os mercadinhos pelos supermercados e o médio varejo pelos shoppings. como se comporta o varejo então, neste tempo de racionalismos just-in time?

"Quando surgiram, há pouco menos de 20 anos, as lojas de conveniência foram celebradas como bela iniciativa de marketing e novo canal de vendas. Aparentemente, não vingaram. Pesquisa da Popai – The Global Association for Marketing at-Retail demonstra que, como alternativa aos supermercados, os mercadinhos e padarias ainda são mais procurados. Acompanhe:

• 6 minutos é o tempo médio de permanência em padarias e mercadinhos
• 4 minutos é a permanência média do consumidor nas lojas de conveniência
• R$ 7,12 é o valor médio gasto em mercadinhos
• R$ 4,24 é quanto se desembolsa nas lojas de conveniência"


lojinhas de conveniências criadas pra resolver premências trazem nelas próprias anti-corpos desta mesma premência. da rapidez, que faz com não exista possibilidades de relacionamento entre clientes e funcionários.já a padaria e o mercadinho, ainda permitem apalpar a fruta de vez do tempo, amadurecendo-o, num cafezinho ou numa conversa que pesa na balança. mesmo que a mosca da premência também ataque alguns pontos onde localizam-se a padaria e os mercadinhos.

a emoção, que de um jeito ou de outro sempre acompanha a compra, ainda que use o disfarce do racional, tende a mediar o consumo nestes locais onde formatos, disposições, aromas e cheiros, utilidades e quinquilharias nos retém em busca de tempos perdidos e ou esquecidos.

acha que não? então experimenta tomar um café numa conveniência, decerto acompanhado de um sanduba pré-preparado, nem vou computar o cheiro de gasolina, e uma média com pão e manteiga na padaria, servida com aquele sotaque de vasco x flamengo.

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