terça-feira, setembro 05, 2006

sete anões ou um a mais ou a menos em qualquer dos casos faz a diferença

um dos pré-requisitos para o exercício do mandato senatorial é a retórica. a capacidade de mais do que empolgar, “levar os homens a guerra”. por dentro ou por fora da retórica, uma aspecto de respeitabilidade ou de filhaputice tal – como nos acostumaram filmes sobre o senado romano ou grego, que nunca mostram as virtudes de senadores que fizeram história, da boa, só punhaladas e conspirações à boca chiusa. magnitude tal que nos insiram a certeza de grandiloquência moral que até os maiores problemas da nação- acredita quem quiser - estarão por ser resolvidos no manto quase sagrado daqueles que ostentarão o título de senadores da república com autoridade para fazê-lo. em nossa outra história de tempos em tempos assim seria se não estivessemos numa republiqueta pacovam onde poderes executivo, legislativo e judiciário são intrujões, portanto capacidade do senado quase iníqua de resolver algo que não seja o meio de vida dos próprios e de compor-se como nenhuma ficção à realidade dos interesses dos mesmos.

assistindo o guia eleitoral de pernambuco desfaz-se toda a construção, fílmica, inclusive, com os candidatos a senadores que temos. de médicos a monstros, de lobos ou melhor, pastores, a cordeiros desalmados, de ilustres desconhecidos a lustrosas caras-de-pau e vices que agora brotam como espinhas no debut em contraponto a vesgos e banguelos em mordeduras de texto. e, last but not least, do figurino e aspecto cine-corujão de jarbas: que aparentemente pelos cabelos brancos adquiridos e perdidos, e a voz mansa que arquitetoa obra legada à maturidade e posteridade, ainda assim não é credenciado a nada mais do que o papel de menos ruim. figura calcária alçada, segundo a respeitabilidade que a numérica majoritária aparenta dar-lhe, ao crédito favas contadas de senador de tal etéreo quase zen.

nesta condição que será captada nos demais ângulos para e por toda câmara não só o guia como os guias cheiram a cinema b. mas cinema b que não tem sequer o crédito de roger corman.

 em “ índice dieese” uma quase continuação do assunto no misterwalk.blogspot.com de hoje . acesse e volte.

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