quarta-feira, dezembro 20, 2006

extra: criação voando: o que não é exatamente a mesma coisa que on air(semana do redator continua abaixo)

as tentativas de explicar o que é criação publicitária descambam entre o preciosismo(estéril) acadêmico, o salve-nóis-que-semos-bão-demais-oi-só-nossa-penca-de-leão, e os indefectíveis trabalhos escolares, agora tornados obrigatórios como atestado de boa conduta universiotária em fim de curso.

nada parece dar resultado em termos objetivos(what the hells are advertiser create?) a julgar pela inexata compreensão do que venha a ser criação. muito menos ainda publicitária.
para a maioria dos clientes, e alguns deles, acreditem, são pessoas, criação é coisa de artistas. e criador publicitário idem. com a gravidade de não entenderem nada do negócio dele e fazerem muito beicinho quando chamados a atenção por isso.

na grande maioria das vezes, não é só a imprecisão da explicação que causa um mal ainda maior à atividade, reforçando o conceito errôneo que se tem sobre ela. bem como, outras vezes, só fornece munição aos inimigos - e até aos simpatizantes - mistificando ainda mais o assunto, que resume-se simplesmente ao uso de técnicas de marketing(nem marketing nem publicidade são ciência, arte menos ainda) apoiado em instrumental, ou ferramentas como queiram, que fundamentam-se em inervações extraidas dos fundamentos e novas descobertas das ciências sociais(estatística, antropologia, sociologia, psicologia, letras, filosofia, etc) expressando-se em linguagem objetivamente persuassiva que vai buscar na pintura, escultura, fotografia, caligrafia, arquitetura, estética, etc, adornos para composição da mensagem em forma e conteúdo. complicado não? então resuma ao seguinte: criação publicitária é nada mais nada menos do que a manipulação do conhecimento da alma e cultura(s) humana(em suas virtudes e vicissitudes) ao serviço da venda de produtos, bens, valores, ou, para ser mais "moderno" marcas.

assinado pela universidade potiguar, e já enfiado you tube a dentro, temos um destes exemplares que não só repete as imprecisões de sempre, como tem o mérito de arrastar à meleca, profissionais que certamente teriam a dizer mais com seus trabalhos, mas que neste "documentário" tornaram-se clones defeituosos deles próprios. e digo isto para não "linká-los" com o nariz de palhaço com que a moçoila "subliminarmente" faz meta-análise do seu feito ?

o curta de cerca de nove minutos( e notem que criação resume-se a alguns elementos do departamento de criação, no que devemos depreender que todo o resto da agência não é nada criativo, o que é uma obra-prima de tiro no pé) diz que faz um recorte da criação publicitária em natal. nada mais preciso. são recortes que fazem sua abertura, em 2006, mais parecendo, no dizer de um publicitário paraibano, " a feira da sulanca" de caruaru, com a incisiva apresentação de hariana, que como toda gente que não sabe a diferença entre alhos e bugalhos, surge pronunciada com uma enfase que só mesmo os inocentes úteis são capazes de travestir-se enquanto carapuça.

cristiano, romulo, giordano, quaresma , são respectivamente os elementos desta soap-ópera, explicitando sua weltanschauung do que seja a criação publicitária enquanto diretor de criação, redator e diretores de arte, de onde extrai-se pérolas iguais a estas:

"criação é o caos velho. a criação é tudo que a gente não entende, que a gente não consegue definir, que chega no dia-a-dia da agência". o que remete a uma inversão de valores, pois parte-se do princípio de que quando chega a criação o, se assim chamado, caos exterior, deve estar devidamente ordenado - com diretivas, polices - minimamente pelo atendimento-planejamento, dono da agência e tudo o mais. ou seria o caos porque os dois a são dobrados?

hariana avança em locução off que a criação publicitária é a elaboração de um conceito que vai dar mais adiante na criação de "eslogans" o que é demais para meu fígado. e para não me extender muito, rômulo tavares, pôe-me a nocaute com este achado de ostra: o redator precisa saber escrever..... dentro dos limites "das línguas" portuguesa.

como diria o romano: ò tempos, ò costumes, em que crime e castigo são confundidos como louros.

(mas se você não se deu por satisfeito e quiser saber o que é realmente um recorte ou que "trabalhar em criação é usar o mesmo óculos há cinco anos" dentro do contexto, o link esta ai abaixo. aliás, verdade seja dita: cinco anos sem trocar o óculos embaçam a metafora de qualquer um. o que não deixa de corresponder a outra que diz que a melhor idéia fora do prazo não é a melhor idéia. assim sendo, vamos considerar que as idéias também não foram trocadas ou justamente o contrário?)

http://www.youtube.com/watch?v=9QfdkwfO5cU

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