quarta-feira, julho 20, 2005

visto de entrada

cérebros e não egos *

um novo modelo de agência deveria, necessariamente, ter o cérebro no comando. e não egos, como temos hoje. foram estes egos que tornaram o negócio da propaganda um feirão de negociação. na luta por aparecerem a qualquer custo, jogaram a taxa lá para baixo, usaram e abusaram dos fornecedores para viabilizarem os comerciais de clientes que jamais teriam bala para a mídia eletrônica, transformaram as concorrências em desfiles de luxo com layouts impressos, filmes acabados, etc. do lado do cliente, a história é bem pior. começa com um fato gravíssimo: não temos clientes. temos um monte de empregados de multinacionais que fingem que mandam alguma coisa enquanto a gente finge que faz alguma coisa. não existe mais o dono da bombril, o dono da cica, o dono da tostines, só para citar alguns donos que aprovaram campanhas memoráveis. tem excesso de MBA e falta de colhões. mesmo assim, precisamos de resistentes como você. não nos abandone.

wander cairo levy. diretor de criação da fórmulagrey, de florianópolis, sul do brasil.

brasil? mas ô pá, não é quarta à portuguesa? é. e é a mesma coisa dos dois lados do oceano. tem publicitário que nem vaga na sarjeta consegue mais.

* o texto foi postado para a magy publicitária sueca-brasileira das mais respeitadas do país com 35 anos de bons serviços prestados a atividade e que estando associdada ao grupo talent recebeu a notícia de que ou comprava a parte da talent ou a lage-magy seria encerrada. foi uma das notícias quentes da semana no país dos marcos valérios.

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