domingo, outubro 22, 2006

de volta ao começo ou bons de cifras, ruins de criação

no primeiro paínel do Aba Mídia, que aconteceu em campinas, washington olivetto e álvaro novaes, vice-presidente de desenvolvimento da adag, foram convidados a responder questões sobre mídia(aqui apenas extrato, material completo no portaldapropaganda )consideradas pelos anunciantes fundamentalmente importantes na atualidade, decerto pela necessidade de otimização das verbas e das diversas opções de veículos de comunicação existentes e a surgir, e instigados a listar, em primeiro lugar, quais os motivos que fazem com que as agências de propaganda continuem dando maior atenção – ou valorizando mais – as áreas de criação, em vez das áreas de planejamento e mídia.

Washington lembrou as dificuldades enfrentadas pelos pioneiros, em razão da falta de profissionalismo da atividade e, conseqüentemente, dos preconceitos que foram sendo erigidos em relação às pessoas que tentavam se dedicar à função, a ponto de muitos sentirem constrangimento de registrar, numa recepção de hotel, a ocupação de publicitário.

“Houve um tempo no qual a propaganda era apenas monólogo. Hoje, ela é diálogo”, sintetizando, com brilhantismo, a história narrada. Por ser diálogo, é imprescindível, conforme argumentou, que as áreas de mídia e planejamento sejam niveladas, em importância, com as áreas de criação, exceto no caso de “agências burras”, que, na visão do presidente da W/Brasil, erravam no passado e continuam errando no presente.

Álvaro Novaes, fez sua primeira interferência tocando num ponto ainda nevrálgico no Brasil: a imposição, pelo Cenp, dos departamentos de mídia nas agências, com impedimento legal da atuação, no nosso mercado, dos bureaus de mídia, enquanto nas demais nações do mundo uma agência de propaganda dedica-se integralmente ao trabalho de planejamento e criação. Esta é a realidade, entretanto, segundo suas observações, do ponto de vista criativo os bureaus se mostraram um verdadeiro desastre desde que assumiram as funções que cabiam anteriormente às áreas de mídia das agências, embora desempenhem bem suas atribuições no que concerne às negociações.

resumindo e concluindo: por um lado, parece que estamos de volta a estaca zero. quer dizer ao começo. graças a uma sucessão de eventos mediáticos. e de um dia-a-dia espelhados nos veículos, que transferem aos loucos registrar-se num hotel, de primeira a quinta categoria, empostando-se de publicitário. pois além dos olhares de lado, vão descrer do seu cheque. cartão de crédito, e até do dinheiro. sabe-se lá de que dossiê, vai ouvir a piada. como se não bastasse o trabalho que anda sendo feito que só dá orgulho a uns poucos, que realmente tem do que se orgulhar, ou daqueles que tem mesmo a cara de pau de chamar a veiculação do que fazem de publicidade.

pelo lado dos bureaus, o álvaro já deu o recado . quem já teve a oportunidade de trabalhar com bureaus, sabe muitíssimo bem o que ele quis dizer.
o foda desta história, é que com tudo isto, e além do mais com esta obrigação, vamos continuar com aquele cruz-cruz a que chamam planejamento, infernizando nossos planos de mídia, rarissimamente criativos no sentido de busca verdadeira de impacto, diferenciação e estabelecimento de relacionamento, independentemente da qualidade do que eles embrulham e mandam.




2 comentários:

Unknown disse...

Amigo, este Anselmo Ramos a que você se refere é o Anselmo que trabalhava até bem pouco tempo na Lowe Worldwide de Nova York??? Obrigado, J. jr@joaoribeiro.com.br

celso muniz disse...

meu caro joão: a resposta a sua pergunta está devidamente incrustada na parte 1 do artigo, que antecede aquele onde você postou comentário.
assim, das duas uma: ou você passou batido, lendo ou não lendo a primeira parte do tijolo, ou eu estou escrevendo cada vez mais de maneira imcompreensível.
vou considerar a segunda opção, quem sabe assim me torno cult.
um abraço.