quarta-feira, fevereiro 01, 2006

araujo, o caramujo

“o jornalismo serve para informar. a publicidade e a propaganda comercial servem para convencer. a mistura destes géneros chama-se promiscuidade” . ruy araujo. provedor de o público.

não é só em portugal. em nome da deontologia líxivia, que a publicidade é sempre colocada como a puta da comunicação, reservando-se ao jornalismo o papel de bom moço da família.

não é o caso especifico desta citação, retirada de outro contexto. mais que não invalida seu uso como prolegômeno por seu juízo de valor que se quer valor do juízo norteado.

por mais que se clame pela objetivade da informação, consciente ou inconscientemente o jornalismo é sempre a expressão deturpada dos fatos. não precisa ser balzaquiano para constatar-se isto.

a informação jornalísitica sempre toma partido. quer inconscientemente, fruto da paixão profissional pelo lustro no negócio da notícia, quer conscientemente, individual ou coletivamente na pessoa juridica que coloca-se a serviço de interesses, a base do negócio da informação no cotidiano hodierno.

algumas vezes a publicidade e propaganda informam mais do que deveriam, e por isso mesmo não andam lá a convencer.
á o jornalismo, anda a desinformar nas suas tentativas cada vez mais bem sucedidas de convencer.

a grande promiscuidade é, tanto num caso como outro, querer negacear que “ as palavras servem mais para esconder do que para revelar “, cavalo de tróia da comunicação.

isso, no público, também, é notório.

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