Na matéria sete tendências para 2007, publicada ontem aqui, a primeira delas aponta que haverá a “melhoria da comunicação por conteúdo, das opções mais alternativas e das fórmulas mais convencionais”.
Isto parece totalmente contraditório, mas tem toda a lógica no mercado brasileiro, no qual convivem categorias e segmentos bastante primários com os mais sofisticados, onde a força da mídia de massa talvez seja a maior do mundo e no qual a ânsia pelas novidades sempre empurra a evolução para a frente. Pela sua diversidade, é uma situação única no mundo.
Devido à necessidade de melhoria de resultados por parte de todos os tipos de anunciantes, por um lado, e pelo “estoque” não utilizado de conhecimento técnico e talento, por outro, é muito provável que uma tendência marcante seja essa da melhoria geral dos padrões de qualidade das três vertentes da nossa comunicação de marketing.
Na “novíssima” vertente da comunicação por conteúdo, o espaço de melhoria é enorme e muita atenção (dos anunciantes) e talento (dos provedores) será destinado a incrementar o que se faz em todos os gêneros de publicações customizadas, projetos especiais na mídia, entretenimento, eventos e outras modalidades. Esta vertente atende a mercados, segmentos e tarefas bastante específicas – geralmente os mais sofisticados e ricos ou aqueles que estão “travados”.
Pela histórica facilidade de emprego e relativo baixo custo das mídias clássicas, as opções alternativas estão longe de terem sido exploradas em toda sua extensão. Neste caso, é uma questão de disseminação do conhecimento e de aplicação de talento. Elas serão usadas como suporte a marcas de maior envergadura e como uma possibilidade de marcas menores entrarem ou voltarem à mídia.
E haverá evoluçao até mesmo nos formatos tradicionais, que têm um grande campo de ganho de qualidade na média do que é feito. O Brasil tem padrões excelentes no uso das mídias tradicionais, mas eles têm sido limitados à uma elite de anunciantes e agências. Isso tende a mudar, pelo binômio maior necessidade dos anunciantes e melhor qualificação das agências. Usaremos a mídia tradicional com maior inteligência, ou seja, otimizando estratégia, criação, produção e mídia. Para atrair clientes iniciantes, para alavancar clientes não regulares, para melhorar o retorno a clientes regulares e para recuperar anunciantes.
(contradições, do rafael sampaio, dando continuidade ao artigo de ontem)
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