cheiro de labareda no ar. mal campanha sai do warm-up e reduz-se a pó os tais princípios, antes demagogicamente ditos como internalizados e intrínsecos, e assim assumidos à conduta ainda hoje esperada para todos os candidatos em campanha, que assim discursavam, deveriam nortear o horário eleitoral, ou seja: púlpito ou plataforma, para exposição de idéias e ideais políticos e de gestão com a consequente aferição pelo eleitor das qualidades ou defeitos de cada um.
é claro que toda campanha tem seus truques de reforço no sentido de potencialização de exposição e melhoria do residual de convencimento dos candidatos. é lícito, até certo ponto. agora, jogar merda no ventilador é outra coisa. estratégia-tática contumaz, de um certo tipo de procedimento em campanhas, que aliás consagrou a professor o seu mentor local. amplificar denúncias, já efetuadas pela imprensa soa, não só a falta de profundidade de princípios, como a vácuo de idéias que consolidem vantagem ou a mantenham, para candidatos que não conseguem distanciar-se da imagem de vice-office-boy. isto, apesar do cola-descola da imagem de continuador da mudança governativa que redentizou, pelo menos em manchetes, o leão do norte, que tal como os leões de circo, andou e anda jogada às traças, pois o ronco da miséria é pra agora e não dá para ser refinado com salvação vindoura da pernambucaneidade posta a hoje a mesa.
explorada à saturação a denúncia de humberto, torna-se mais do que matéria da imprensa, material calhordamente editado em reciclos que de tão repetitivos traz consigo a possibilidade do efeito inverso. não seta ao calcanhar de quem por sí só não é aquiles, mas que por tal pode ser elevado a tal condição. e cavalo de tróia para mendoncinha. esvaziando ainda mais a falta de inovação e conteúdo, em seu discurso e realização de programa político e televisivo.
se humberto é realmente culpado – foi denunciado mas não foi provada a sua culpa, dizem os códigos, devidamente sustentados pela constituição, que todo cidadão, mesmo que não seja, ou político seja, é inocente até prova em contrário - como intenta parecer desde já tal diretiva do guia do “medo de onça”, não cabe a um programa eleitoral julgá-lo e condená-lo em benefício próprio, principalmente para compensar, ao que parece, a falta de predicados próprios ao candidato patrono, que já agora, se isso permite revela falta ou fraqueza de personalidade de quem assim se deixou aconselhar ou ser usado em emissão, omissão e remissão.
e assim, volta-se ao de sempre no guia eleitoral: baixaria, falta de princípios, ética, criatividade, honradez, discernimento, inteligência, conteúdo e acima de tudo, vergonha na cara.
isto sim, é que é muito ruim para pernambuco. pois se outros crimes podem obter prova e condenação, estes não. e muito pior, praticados e repetidos, sempre à exaustão distorcem o verdadeiro foco da questão.
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