a única pessoa que ganhou dinheiro com feeling foi o morris albert*.
atribuido a nizan guanaes
(e eu pensava que fui eu que fiz a formulação, ainda na jwt rio, nos idos dos 80.
* tempos depois morris albert foi processado por plágio por um compositor francês que ganhou a causa e bons milhões. então, afinal, não foi só o morris).
o blog que dá crise renal em quem não tem crise de consciência. comunicação, marketing, publicidade, jornalismo, política. crítica de cultura e idéias. assuntos quentes tratados sem assopro. bem vindo, mas cuidado para não se queimar. em último caso, bom humor é sempre melhor do que pomada de cacau.
quinta-feira, agosto 31, 2006
deus não faz estágio
Como fazer para entrar em uma agência?
A dificuldade para um estudante de comunicação entrar numa agência de propaganda aumenta a cada dia, com o número crescente de faculdades de comunicação no país. O problema não é só do Rio, como comprova uma troca de mensagens ocorrida esta semana no grupo do Yahoo "comoequetalá", que reúne publicitários de Brasília.
Como a Janela tem um grande número de leitores que ainda fazem faculdade, resolvemos reproduzir o papo. Quem sabe o texto do publicitário Savio Zambrotti, um dos mais respeitados do mercado de Brasília, ajuda os estudantes do resto do Brasil que estiverem passando pela mesma situação:
Escreveu H.D.:
“Sou recém formada, Publicitária, nunca consegui um estágio em agência nenhuma, nem para trabalhar de graça, sempre tentei, fui em algumas entrevistas, para ganhar R$ 300,00, mas nem assim eu consegui, pois a exigência de experiência sempre estava lá, essa sim, pode ser considerada a maior vilã do mercado. Hoje com um diploma na mão, não sei bem o que fazer. Sei lá, quem sabe investindo o meu tempo em estudos para o setor público eu consiga o meu emprego?
Com toda certeza, se eu conseguisse uma oportunidade para trabalhar em uma agência, assistindo pessoas experientes, e ganhasse a minha passagem de ida e volta, com menos de um salário, pelo menos pro almoço, só mesmo para adquirir a minha experiência profissional, eu não pensaria duas vezes. Eu sou brasileira, e brasileiro, não desisti nunca. Portanto eu não desisto. Mesmo na situação que me encontro, confio no meu potencial e na minha garra. Provavelmente, muito em breve, Deus que está no céu, verá todo o meu esforço, pois enquanto o mercado diz não, eu com toda a certeza, não vou ficar aqui olhando a vida passar de braços cruzados ou alguém admirar o meu currículo."
Respondeu Savio Zambrotti, diretor da Sette Graal, uma das agências mais premiadas de Brasília:
“Infelizmente as instituições de ensino deveriam contribuir muito mais para essas situações, mas se tornaram verdadeiras caça-níqueis... Eu recebo vários candidatos a estagio aqui na Sette. Mas o nível é muito baixo. Outro dia recebi uma pessoa do 8º (isso, oitavo) semestre querendo estágio em uma agência. A minha primeira pergunta foi: em que área? A resposta foi “sei lá, eu acho criação legal, mas também gosto de atendimento... Mídia eu não sei direito...”. É impensável uma pessoa formada que não sabe o que quer. Ela deveria se formar como uma profissional, pronta para o mercado. E existem faculdades de comunicação renomadas que sequer têm uma agência-laboratório...
O mercado de comunicação, assim como quase todos os outros, é feito de especialistas. Existem funções que podem ser exercidas por pessoas sem especialização. Mas as áreas principais, como a criação, o atendimento, o planejamento, a mídia, essas exigem aprofundamento, prática e técnicas específicas. Não estou falando de cursos ou pós-graduações. Mas da necessidade de todo estudante optar, durante o curso, pela sua área de interesse, e investir nela, seja lendo, seja fazendo cursos práticos, seja aprendendo mais sobre administração e gestão de projetos, no caso do atendimento. O que não é aceitável é alguém quase formado, que não se interessou por nada... Nem investiu algo mais do que os medíocres conteúdos dos cursos de comunicação que temos. Esse (não estou dizendo que é o seu caso) perdeu tempo e não evoluiu. O diploma realmente não faz diferença, e sim o quanto vc sabe, e pode mostrar que sabe.
Quer ser um bom redator? Aprenda português. É incrível a quantidade de redatores que não sabem usar uma vírgula, ou redigir um texto longo, com maior conteúdo. E as faculdades ensinam nada ou quase nada de português.
Quer ser diretor de arte? Estude história da arte. Composição, proporção, uso de cores... Qual faculdade ensina, com profundidade, história da arte nos cursos de comunicação? Estude fotografia. Estude cinema, edição... Então, o candidato precisa correr atrás... E não ficar preocupado em formar com 3 anos e meio. Muitos passam pela faculdade e não aprendem nada além do Photoshop.
Quer atendimento? Aprenda administração. Aliás, vou ser bombardeado aqui, mas vou falar assim mesmo: o curso de administração forma melhores atendimentos que o de comunicação. Porque? Pq o atendimento é um gestor de projetos. Poucos sabem disso, mas essa é a verdade. Uma campanha é um projeto, com começo, meio e fim. Com orçamentos, execução e resultados. Conheço poucos atendimentos que operam o Project, um software essencial para um atendimento. E as faculdades não ensinam isso.
Aqui na agência, é simples: quem é muito bom tem estágio. Mas só os muito bons. Os últimos 3 estagiários que tive foram contratados. Recentemente, iniciei uma seleção. Ainda não contratei nenhum... Continuo olhando pastas.
Como vc pode mostrar isso? Se vc não souber se vender, talvez não saiba vender um produto, e está na profissão errada. Se vc quer criação, faça uma pasta. Sim, com os trabalhos da faculdade, com fantasmas, crie... Se vc quer atendimento, invista no seu currículo. Aprenda inglês, faça cursos, tenha um excelente discurso nas entrevistas, assine Meio e Mensagem, leia a Exame, a Istoé dinheiro, etc... Durante o curso, trabalhe sua rede de relacionamentos. Faça o seu projeto final sobre algo que te permita conhecer pessoas, de preferência empresários da área que vc quer...
Faça com que o mercado veja o seu esforço. Porque é ele que te contrata, e não Deus que está no céu.
Savio"
"paisagem do mercado" vista da janela do márcio erhlich
A dificuldade para um estudante de comunicação entrar numa agência de propaganda aumenta a cada dia, com o número crescente de faculdades de comunicação no país. O problema não é só do Rio, como comprova uma troca de mensagens ocorrida esta semana no grupo do Yahoo "comoequetalá", que reúne publicitários de Brasília.
Como a Janela tem um grande número de leitores que ainda fazem faculdade, resolvemos reproduzir o papo. Quem sabe o texto do publicitário Savio Zambrotti, um dos mais respeitados do mercado de Brasília, ajuda os estudantes do resto do Brasil que estiverem passando pela mesma situação:
Escreveu H.D.:
“Sou recém formada, Publicitária, nunca consegui um estágio em agência nenhuma, nem para trabalhar de graça, sempre tentei, fui em algumas entrevistas, para ganhar R$ 300,00, mas nem assim eu consegui, pois a exigência de experiência sempre estava lá, essa sim, pode ser considerada a maior vilã do mercado. Hoje com um diploma na mão, não sei bem o que fazer. Sei lá, quem sabe investindo o meu tempo em estudos para o setor público eu consiga o meu emprego?
Com toda certeza, se eu conseguisse uma oportunidade para trabalhar em uma agência, assistindo pessoas experientes, e ganhasse a minha passagem de ida e volta, com menos de um salário, pelo menos pro almoço, só mesmo para adquirir a minha experiência profissional, eu não pensaria duas vezes. Eu sou brasileira, e brasileiro, não desisti nunca. Portanto eu não desisto. Mesmo na situação que me encontro, confio no meu potencial e na minha garra. Provavelmente, muito em breve, Deus que está no céu, verá todo o meu esforço, pois enquanto o mercado diz não, eu com toda a certeza, não vou ficar aqui olhando a vida passar de braços cruzados ou alguém admirar o meu currículo."
Respondeu Savio Zambrotti, diretor da Sette Graal, uma das agências mais premiadas de Brasília:
“Infelizmente as instituições de ensino deveriam contribuir muito mais para essas situações, mas se tornaram verdadeiras caça-níqueis... Eu recebo vários candidatos a estagio aqui na Sette. Mas o nível é muito baixo. Outro dia recebi uma pessoa do 8º (isso, oitavo) semestre querendo estágio em uma agência. A minha primeira pergunta foi: em que área? A resposta foi “sei lá, eu acho criação legal, mas também gosto de atendimento... Mídia eu não sei direito...”. É impensável uma pessoa formada que não sabe o que quer. Ela deveria se formar como uma profissional, pronta para o mercado. E existem faculdades de comunicação renomadas que sequer têm uma agência-laboratório...
O mercado de comunicação, assim como quase todos os outros, é feito de especialistas. Existem funções que podem ser exercidas por pessoas sem especialização. Mas as áreas principais, como a criação, o atendimento, o planejamento, a mídia, essas exigem aprofundamento, prática e técnicas específicas. Não estou falando de cursos ou pós-graduações. Mas da necessidade de todo estudante optar, durante o curso, pela sua área de interesse, e investir nela, seja lendo, seja fazendo cursos práticos, seja aprendendo mais sobre administração e gestão de projetos, no caso do atendimento. O que não é aceitável é alguém quase formado, que não se interessou por nada... Nem investiu algo mais do que os medíocres conteúdos dos cursos de comunicação que temos. Esse (não estou dizendo que é o seu caso) perdeu tempo e não evoluiu. O diploma realmente não faz diferença, e sim o quanto vc sabe, e pode mostrar que sabe.
Quer ser um bom redator? Aprenda português. É incrível a quantidade de redatores que não sabem usar uma vírgula, ou redigir um texto longo, com maior conteúdo. E as faculdades ensinam nada ou quase nada de português.
Quer ser diretor de arte? Estude história da arte. Composição, proporção, uso de cores... Qual faculdade ensina, com profundidade, história da arte nos cursos de comunicação? Estude fotografia. Estude cinema, edição... Então, o candidato precisa correr atrás... E não ficar preocupado em formar com 3 anos e meio. Muitos passam pela faculdade e não aprendem nada além do Photoshop.
Quer atendimento? Aprenda administração. Aliás, vou ser bombardeado aqui, mas vou falar assim mesmo: o curso de administração forma melhores atendimentos que o de comunicação. Porque? Pq o atendimento é um gestor de projetos. Poucos sabem disso, mas essa é a verdade. Uma campanha é um projeto, com começo, meio e fim. Com orçamentos, execução e resultados. Conheço poucos atendimentos que operam o Project, um software essencial para um atendimento. E as faculdades não ensinam isso.
Aqui na agência, é simples: quem é muito bom tem estágio. Mas só os muito bons. Os últimos 3 estagiários que tive foram contratados. Recentemente, iniciei uma seleção. Ainda não contratei nenhum... Continuo olhando pastas.
Como vc pode mostrar isso? Se vc não souber se vender, talvez não saiba vender um produto, e está na profissão errada. Se vc quer criação, faça uma pasta. Sim, com os trabalhos da faculdade, com fantasmas, crie... Se vc quer atendimento, invista no seu currículo. Aprenda inglês, faça cursos, tenha um excelente discurso nas entrevistas, assine Meio e Mensagem, leia a Exame, a Istoé dinheiro, etc... Durante o curso, trabalhe sua rede de relacionamentos. Faça o seu projeto final sobre algo que te permita conhecer pessoas, de preferência empresários da área que vc quer...
Faça com que o mercado veja o seu esforço. Porque é ele que te contrata, e não Deus que está no céu.
Savio"
"paisagem do mercado" vista da janela do márcio erhlich
quarta-feira, agosto 30, 2006
isto é muito ruim para pernambuco
cheiro de labareda no ar. mal campanha sai do warm-up e reduz-se a pó os tais princípios, antes demagogicamente ditos como internalizados e intrínsecos, e assim assumidos à conduta ainda hoje esperada para todos os candidatos em campanha, que assim discursavam, deveriam nortear o horário eleitoral, ou seja: púlpito ou plataforma, para exposição de idéias e ideais políticos e de gestão com a consequente aferição pelo eleitor das qualidades ou defeitos de cada um.
é claro que toda campanha tem seus truques de reforço no sentido de potencialização de exposição e melhoria do residual de convencimento dos candidatos. é lícito, até certo ponto. agora, jogar merda no ventilador é outra coisa. estratégia-tática contumaz, de um certo tipo de procedimento em campanhas, que aliás consagrou a professor o seu mentor local. amplificar denúncias, já efetuadas pela imprensa soa, não só a falta de profundidade de princípios, como a vácuo de idéias que consolidem vantagem ou a mantenham, para candidatos que não conseguem distanciar-se da imagem de vice-office-boy. isto, apesar do cola-descola da imagem de continuador da mudança governativa que redentizou, pelo menos em manchetes, o leão do norte, que tal como os leões de circo, andou e anda jogada às traças, pois o ronco da miséria é pra agora e não dá para ser refinado com salvação vindoura da pernambucaneidade posta a hoje a mesa.
explorada à saturação a denúncia de humberto, torna-se mais do que matéria da imprensa, material calhordamente editado em reciclos que de tão repetitivos traz consigo a possibilidade do efeito inverso. não seta ao calcanhar de quem por sí só não é aquiles, mas que por tal pode ser elevado a tal condição. e cavalo de tróia para mendoncinha. esvaziando ainda mais a falta de inovação e conteúdo, em seu discurso e realização de programa político e televisivo.
se humberto é realmente culpado – foi denunciado mas não foi provada a sua culpa, dizem os códigos, devidamente sustentados pela constituição, que todo cidadão, mesmo que não seja, ou político seja, é inocente até prova em contrário - como intenta parecer desde já tal diretiva do guia do “medo de onça”, não cabe a um programa eleitoral julgá-lo e condená-lo em benefício próprio, principalmente para compensar, ao que parece, a falta de predicados próprios ao candidato patrono, que já agora, se isso permite revela falta ou fraqueza de personalidade de quem assim se deixou aconselhar ou ser usado em emissão, omissão e remissão.
e assim, volta-se ao de sempre no guia eleitoral: baixaria, falta de princípios, ética, criatividade, honradez, discernimento, inteligência, conteúdo e acima de tudo, vergonha na cara.
isto sim, é que é muito ruim para pernambuco. pois se outros crimes podem obter prova e condenação, estes não. e muito pior, praticados e repetidos, sempre à exaustão distorcem o verdadeiro foco da questão.
é claro que toda campanha tem seus truques de reforço no sentido de potencialização de exposição e melhoria do residual de convencimento dos candidatos. é lícito, até certo ponto. agora, jogar merda no ventilador é outra coisa. estratégia-tática contumaz, de um certo tipo de procedimento em campanhas, que aliás consagrou a professor o seu mentor local. amplificar denúncias, já efetuadas pela imprensa soa, não só a falta de profundidade de princípios, como a vácuo de idéias que consolidem vantagem ou a mantenham, para candidatos que não conseguem distanciar-se da imagem de vice-office-boy. isto, apesar do cola-descola da imagem de continuador da mudança governativa que redentizou, pelo menos em manchetes, o leão do norte, que tal como os leões de circo, andou e anda jogada às traças, pois o ronco da miséria é pra agora e não dá para ser refinado com salvação vindoura da pernambucaneidade posta a hoje a mesa.
explorada à saturação a denúncia de humberto, torna-se mais do que matéria da imprensa, material calhordamente editado em reciclos que de tão repetitivos traz consigo a possibilidade do efeito inverso. não seta ao calcanhar de quem por sí só não é aquiles, mas que por tal pode ser elevado a tal condição. e cavalo de tróia para mendoncinha. esvaziando ainda mais a falta de inovação e conteúdo, em seu discurso e realização de programa político e televisivo.
se humberto é realmente culpado – foi denunciado mas não foi provada a sua culpa, dizem os códigos, devidamente sustentados pela constituição, que todo cidadão, mesmo que não seja, ou político seja, é inocente até prova em contrário - como intenta parecer desde já tal diretiva do guia do “medo de onça”, não cabe a um programa eleitoral julgá-lo e condená-lo em benefício próprio, principalmente para compensar, ao que parece, a falta de predicados próprios ao candidato patrono, que já agora, se isso permite revela falta ou fraqueza de personalidade de quem assim se deixou aconselhar ou ser usado em emissão, omissão e remissão.
e assim, volta-se ao de sempre no guia eleitoral: baixaria, falta de princípios, ética, criatividade, honradez, discernimento, inteligência, conteúdo e acima de tudo, vergonha na cara.
isto sim, é que é muito ruim para pernambuco. pois se outros crimes podem obter prova e condenação, estes não. e muito pior, praticados e repetidos, sempre à exaustão distorcem o verdadeiro foco da questão.
terça-feira, agosto 29, 2006
saúvas
ou os publicitários acabam já com a má propaganda ou a má propaganda acaba já-já com o que resta dos publicitários.
classificados que embrulham o peixe mas não escondem o cheiro
ler os classificados de domingo nestes tristes tempos tem um cheiro de peixe: podre. apesar da limpeza que operadores de leiaute tentam imprimir nalguns casos.
sabe aquela propaganda, fútil? aquela que se você trocar a assinatura de um empreendimento pelo outro não vai fazer a menor diferença? pois, é hoje assim, ainda que não seja de hoje, a comunicação de imóveis feita em recife. quer dizer, de diferenciado, devem pensar, só a sigla abap acoplada a assinaturas das agências. algo como aquela tramóia dos quartos reversíveis que tentam dar mais imponência a espaço (e miolo) de kitinete. não há conceito, não há formulação espirituosa, os predicados diferenciados rebuscados nas características de aproximação, localização, vizinhança, arquitetura, que costumavam ser garimpados pela dupla(depois dizem que dupla morreu) que obrigatoriamente ia ao empreendimento “ comprar o imóvel” para depois vendê-lo.
agências que nasceram house de imobiliárias, solidificaram-se, graças a eficácia de ações de comunicação no setor. já naquela época partindo para extra classificados. além spots. mais que folhetos e colocando gente viva em outdoors. exercitando semanalmente o repertório de agências, criativos e mídias, na busca de soluções criativamente adequadas, enquanto diferenciação e pertinência às necessidades da planilha de vendas. fazer varejo era uma escola. que nenhuma faculdade consegue suplantar. e com muito mais significado do que siglas do tipo miami ad school ou ecas e melecas outras. só o fato do varejo do anos 70/80 ser considerado uma escola, já diz muito. e onde, pelo menos, se não aprendi o suficiente, aprendi a não fazer anúncios “cleanness”, barrufados de bom ar. principalmente no varejo imóvel. na própria artplan, já não mais house, para o cliente sérgio dourado. segundo as más línguas, um dos grandes responsáveis pelo fins das casas na zona sul carioca. o que tem lá o seu fundo de verdade, e desgraça, no grande boom dos anos 80. dói-me a consciência, as vezes, mas nunca de ter feito classificados veniais.
voltando ao folheio dos classificados: há tamanho nos anúncios da moura dubeux e queiroz galvão. mas pequenez ,em quase tudo o mais. os demais, desprezíveis a não ser na catinga. inclusive de certa agência que se gaba de ser o pet da criatividade . revelam concomitantemente também, que cada vez mais é raro encontrar-se um diretor de arte, o que existe é apenas pulhice de arrumação de espaço. e já agora, operador de máquina não é diretor de arte; tem muito diretor de arte que não é criativo; e muito criativo que não é diretor de arte. e diretor de arte, criativo, que domine a máquina. espécime que não sei ralentaria mutatis mutandis. sim, há um outro cheiro da constância apenas de tráfico de espaço. comércio que marca hoje tantas agências como meros bureaus de finalização. e blefe de comunicação estratégica de resultados. marcas como moura dubeux e queiroz galvão, já tem empuxo o suficiente para exercitarem ações de comunicação outras. deixando o jornal para arremate de brand equity. se já as fazem, o que estariam fazendo colmatando e assinando tais anúncios?
enfim, a bolha das ilustrações, junta-se o peido dos títulos. alguns risíveis, se não fossem escritos a sério. e há que se registrar também, que num tempo de marketing de sexta, sétima, oitava geração, décima primeira geração?(sei lá, cada dia inventam mais uma) faltam também projetos de conceito por parte das construtoras, exceções à salmão, que não cabe a propaganda erigir a partir de bases tão repetitivas, o que explica, mas não justifica, o calo das descrições, que mais parecem sobras de escamas.
se ler os jornais de domingo, independentemente da procura de imóveis, era um exercício de aprendizado ou lazer, em tempos feito com satisfação, sobra hoje para aqueles que querem comprar um imóvel, apartamentos na sua quase totalidade, uma penalidade já a partir da propaganda. que não merece quem vai descobrir que a amplitude das suites alardeadas, resume-se quartos de 3 x 2.80. exceção feitas aqueles prédios em que o metro quadrado é cobrado a preço de metro cúbico, mas nem assim suites reais.
seria por isso que a propaganda de imóveis ficou tão atarracada idem?
e os jornais já vem à peixe, antes de embrulhá-los, e a quase todos nós também?
sabe aquela propaganda, fútil? aquela que se você trocar a assinatura de um empreendimento pelo outro não vai fazer a menor diferença? pois, é hoje assim, ainda que não seja de hoje, a comunicação de imóveis feita em recife. quer dizer, de diferenciado, devem pensar, só a sigla abap acoplada a assinaturas das agências. algo como aquela tramóia dos quartos reversíveis que tentam dar mais imponência a espaço (e miolo) de kitinete. não há conceito, não há formulação espirituosa, os predicados diferenciados rebuscados nas características de aproximação, localização, vizinhança, arquitetura, que costumavam ser garimpados pela dupla(depois dizem que dupla morreu) que obrigatoriamente ia ao empreendimento “ comprar o imóvel” para depois vendê-lo.
agências que nasceram house de imobiliárias, solidificaram-se, graças a eficácia de ações de comunicação no setor. já naquela época partindo para extra classificados. além spots. mais que folhetos e colocando gente viva em outdoors. exercitando semanalmente o repertório de agências, criativos e mídias, na busca de soluções criativamente adequadas, enquanto diferenciação e pertinência às necessidades da planilha de vendas. fazer varejo era uma escola. que nenhuma faculdade consegue suplantar. e com muito mais significado do que siglas do tipo miami ad school ou ecas e melecas outras. só o fato do varejo do anos 70/80 ser considerado uma escola, já diz muito. e onde, pelo menos, se não aprendi o suficiente, aprendi a não fazer anúncios “cleanness”, barrufados de bom ar. principalmente no varejo imóvel. na própria artplan, já não mais house, para o cliente sérgio dourado. segundo as más línguas, um dos grandes responsáveis pelo fins das casas na zona sul carioca. o que tem lá o seu fundo de verdade, e desgraça, no grande boom dos anos 80. dói-me a consciência, as vezes, mas nunca de ter feito classificados veniais.
voltando ao folheio dos classificados: há tamanho nos anúncios da moura dubeux e queiroz galvão. mas pequenez ,em quase tudo o mais. os demais, desprezíveis a não ser na catinga. inclusive de certa agência que se gaba de ser o pet da criatividade . revelam concomitantemente também, que cada vez mais é raro encontrar-se um diretor de arte, o que existe é apenas pulhice de arrumação de espaço. e já agora, operador de máquina não é diretor de arte; tem muito diretor de arte que não é criativo; e muito criativo que não é diretor de arte. e diretor de arte, criativo, que domine a máquina. espécime que não sei ralentaria mutatis mutandis. sim, há um outro cheiro da constância apenas de tráfico de espaço. comércio que marca hoje tantas agências como meros bureaus de finalização. e blefe de comunicação estratégica de resultados. marcas como moura dubeux e queiroz galvão, já tem empuxo o suficiente para exercitarem ações de comunicação outras. deixando o jornal para arremate de brand equity. se já as fazem, o que estariam fazendo colmatando e assinando tais anúncios?
enfim, a bolha das ilustrações, junta-se o peido dos títulos. alguns risíveis, se não fossem escritos a sério. e há que se registrar também, que num tempo de marketing de sexta, sétima, oitava geração, décima primeira geração?(sei lá, cada dia inventam mais uma) faltam também projetos de conceito por parte das construtoras, exceções à salmão, que não cabe a propaganda erigir a partir de bases tão repetitivas, o que explica, mas não justifica, o calo das descrições, que mais parecem sobras de escamas.
se ler os jornais de domingo, independentemente da procura de imóveis, era um exercício de aprendizado ou lazer, em tempos feito com satisfação, sobra hoje para aqueles que querem comprar um imóvel, apartamentos na sua quase totalidade, uma penalidade já a partir da propaganda. que não merece quem vai descobrir que a amplitude das suites alardeadas, resume-se quartos de 3 x 2.80. exceção feitas aqueles prédios em que o metro quadrado é cobrado a preço de metro cúbico, mas nem assim suites reais.
seria por isso que a propaganda de imóveis ficou tão atarracada idem?
e os jornais já vem à peixe, antes de embrulhá-los, e a quase todos nós também?
domingo, agosto 27, 2006
a médica e a monstra
performance da dra."loudinha" pilotando o fogão da comunicação da unimed me faz por em dúvida seu crm. se a intenção é humanizar a comunicação e maximizar a conceituação da unimed(recife) como desprovida de "trucas de comunicação" e sem o pvc de outros planos, qualquer faxineira faria melhor.
porém, como já é uma constante, a veiculação matriacal e impositiva, ao que parece, da referida garota-propaganda, deve-se entender como caso ativo de personalidade expositiva aguda. a unimed tem cobertura para isso?
porém, como já é uma constante, a veiculação matriacal e impositiva, ao que parece, da referida garota-propaganda, deve-se entender como caso ativo de personalidade expositiva aguda. a unimed tem cobertura para isso?
sexta-feira, agosto 25, 2006
estagiário não é pet
uma das maiores provas de que a legislação contra trabalho infantil não funciona, é a oferta descarada de estágios por parte de agências que cresceram e se sustentam, mesmo na descaída, com base neste tipo de exploração. principalmente quando vem acompanhadas da ladainha do "no pain, no gain", sendo que o gain é apenas o gain,gain,gain, ganido de gente tratada abaixo de cão.
uma coisa, é um programa de estágios, com acompanhamento, avaliação, remuneração, e a posterior contratação, que aí sim depende de sua obstinação e seu talento(às vezes), a exemplo do que fez a famiglia recentemente. inclusive comprometendo-se em pagar passagem e hospedagem dos classificados que residissem fora de são paulo. além, claro, de um salário que lhes dê sustentação no período, sem que tenham que fazer bico de chupeta para sobreviver.
outra, a atitude sem caráter de quem quer resolver seus problemas de caixa - e de talento - com base em capciosa formulação de textinho tido como gracioso, alentando mercado difícil, faculdades botando gente pelo ladrão, ainda se banham, deviam mais é pagar para trabalhar comigo.
seguindo tal raciocínio deve-se fazer de tudo para conseguir um estágio, chupar pau inclusive.
mordam estagiários. ou então morram para a dignidade profissional tornando-se um deles.
uma coisa, é um programa de estágios, com acompanhamento, avaliação, remuneração, e a posterior contratação, que aí sim depende de sua obstinação e seu talento(às vezes), a exemplo do que fez a famiglia recentemente. inclusive comprometendo-se em pagar passagem e hospedagem dos classificados que residissem fora de são paulo. além, claro, de um salário que lhes dê sustentação no período, sem que tenham que fazer bico de chupeta para sobreviver.
outra, a atitude sem caráter de quem quer resolver seus problemas de caixa - e de talento - com base em capciosa formulação de textinho tido como gracioso, alentando mercado difícil, faculdades botando gente pelo ladrão, ainda se banham, deviam mais é pagar para trabalhar comigo.
seguindo tal raciocínio deve-se fazer de tudo para conseguir um estágio, chupar pau inclusive.
mordam estagiários. ou então morram para a dignidade profissional tornando-se um deles.
recife convida
bom: pelo menos não tem caboclo de lança, o que, em se tratando de recife, já não é pouco. mas não é muito very encarnação de portobelo road eighteen’s?
outdoor de caroços
campanha de prevenção contra o cancer de mama. a camiseta até que tem peito. a aparição do luiz fernando guimarães tida como inventiva, à rigor, mama do “pregnant”, o mais célebre anúncio da saatchi&saatchi até hoje, feito para a campanha de prevenção contra gravidez indesejada, mostrando um homem grávido, isso lá para os anos 70?
mamada feia, o convite a mamografia impresso em out, mostra quatro blocos de textos de sub-chamadas, o que é caroço demais para toque rápido na conversa prévia de outdoor.
ainda que a, ou o passante, tenha além dos olhos na cara, mais dois nos bicos dos peitos, não tem mamografia que registe a compreensão dos conteúdos diversos da mensagem.
estamos em 2006. tecnologias as mais modernas ajudam no combate a moléstia tão invasiva(e mortal ) para as mulheres, e já agora para os homens. os outdoors, coitados, indigentes, não lhes resta salvação a não ser outterectomia radical, óbito implicado.
e desta vez não podem dizer que o anunciante é de varejo.
alguém saberia dizer que tipo de câncer corroi o cérebro, para além do peito, de publicitários ou pretensos que, acoplam-se a ipods e wireds mas de outdoor continuam mais caroço que toque?
mamada feia, o convite a mamografia impresso em out, mostra quatro blocos de textos de sub-chamadas, o que é caroço demais para toque rápido na conversa prévia de outdoor.
ainda que a, ou o passante, tenha além dos olhos na cara, mais dois nos bicos dos peitos, não tem mamografia que registe a compreensão dos conteúdos diversos da mensagem.
estamos em 2006. tecnologias as mais modernas ajudam no combate a moléstia tão invasiva(e mortal ) para as mulheres, e já agora para os homens. os outdoors, coitados, indigentes, não lhes resta salvação a não ser outterectomia radical, óbito implicado.
e desta vez não podem dizer que o anunciante é de varejo.
alguém saberia dizer que tipo de câncer corroi o cérebro, para além do peito, de publicitários ou pretensos que, acoplam-se a ipods e wireds mas de outdoor continuam mais caroço que toque?
quarta-feira, agosto 23, 2006
confissão sem força ou com a fase trocada
na paraiba é gato. aqui é macaco. apelidos que se dão as ligações clandestinas feitas aos milhões que dão choques nos acionistas das companhias de eletricidade e que de vez em quanto matam e ou incendeiam lares que muitas vezes não tem condições de comprar uma vela. vela não fosse também causa, não se sabe se estatisticamente, ainda mais responsáveis por mortes, principalmente de criancas e bebes, por incêndio.
na frente de batalha da comunicação, dois filmes monofásicos veiculados pela celpe. clima intimista, meia luz, auto-confissão do ato. o problema é que a idéia além de não ter luz própria, tem uma realização apagada, um acting idem, e o que é pior: um copy de briefing, que nem pra curto-circuito serve. tudo muito flúor, sem densidade dramática, e sobretudo clímax, numa constante de baixa amperagem que não aciona o disparo da ficha rumo à ação. o que nos faz retoma o tema da falta no mercado de copies ou redatores como queiras, capaz de escrever alguma coisa que não seja o briefing de trás para frente. sim, porque uma coisa é o que briefing recomenda(eu disse recomenda, estou tão simpático hoje) outra, a tal operacionalização publicitária, que toma a sintaxe publicitária para a acentuação e convencimento do que se pretende dizer, dito de forma publicitária. digamos que seria uma bobina funcionando ao contrário. aumentando a corrente para ainda mais alta voltagem de impacto de comunicação.
enquanto isso, caminhando em olinda, em plena orla, fim de tarde, barraqueiro de coco inicia a recolha dos seus pertences e desliga o macaco que está ali pra todo mundo ver. sem a menos crise de consciência ou vontade de confessar o que quer que seja.
pois é. propaganda nem sempre funciona, por mais que se façam as ligações ditas como corretas no processo. devem ser os fusíveis, no caso.
in tempo: macaco em fortaleza é free-lancer, e a piada é alertar para a moçada cuidado com o ibama!
na frente de batalha da comunicação, dois filmes monofásicos veiculados pela celpe. clima intimista, meia luz, auto-confissão do ato. o problema é que a idéia além de não ter luz própria, tem uma realização apagada, um acting idem, e o que é pior: um copy de briefing, que nem pra curto-circuito serve. tudo muito flúor, sem densidade dramática, e sobretudo clímax, numa constante de baixa amperagem que não aciona o disparo da ficha rumo à ação. o que nos faz retoma o tema da falta no mercado de copies ou redatores como queiras, capaz de escrever alguma coisa que não seja o briefing de trás para frente. sim, porque uma coisa é o que briefing recomenda(eu disse recomenda, estou tão simpático hoje) outra, a tal operacionalização publicitária, que toma a sintaxe publicitária para a acentuação e convencimento do que se pretende dizer, dito de forma publicitária. digamos que seria uma bobina funcionando ao contrário. aumentando a corrente para ainda mais alta voltagem de impacto de comunicação.
enquanto isso, caminhando em olinda, em plena orla, fim de tarde, barraqueiro de coco inicia a recolha dos seus pertences e desliga o macaco que está ali pra todo mundo ver. sem a menos crise de consciência ou vontade de confessar o que quer que seja.
pois é. propaganda nem sempre funciona, por mais que se façam as ligações ditas como corretas no processo. devem ser os fusíveis, no caso.
in tempo: macaco em fortaleza é free-lancer, e a piada é alertar para a moçada cuidado com o ibama!
terça-feira, agosto 22, 2006
banhos a la playa ou nem tubarão quer comer
não deixa de ser um recuerdo. sim, nos anos 70 a praia de casa caiada, em frente ao quartel da PE - aquele onde agora vai ser um hiper depois de tanto dizerem que era um carrefour, e conjuminâncias outras de bastidores - era um dos melhores points da cidade, rivalizando com o acaiaca e o holliday em boa viagem(e ainda tem gente que insiste em dizer que o recife(e olinda) não estão decadentes}.
mas o domingo agora é outro. estamos em 2006. tempo de eleições. e lá estão ou lá vem, humberto, joão paulo, e a prefeita de olinda que para boneco, só falta altura. sim, também tem o senador de lula, não se sabe se em senado romano ou grego.
deixa pra lá. praia cheia, aglomerado de farofa e espetinhos e de ávidos por bundas disformes que posam e passeiam na melhor estratégia de fora até bunda horrosa chama atenção. terreno fértil para uma caminhada, devem pensar os estrategistas da campanha. sol à pino, e lá vem a hoste, dito assim, porque assemelhados por cavaleiros a pé que sustentam bandeiras do partido e do candidato que tremulam ao vento que esconde o cheiro que está parte da praia já tem, isso sem a presença dos candidatos.
não sei o que é mais peguento. se os cremes passados para deixar os cabelinhos e cabelões de coxas e outras regiões loiraços ou se os cumprimentos de campanha dos candidatos. sorrisos amarelos de parte à parte. efusividade em patamares variavéis de falsidade e lá vai a troupe em direção mais ao norte da praia, sabe-lá se a caminhada arrisca ir até mais que o bompreço de casa caiada.
após a passagem de tal cortejo, de composiçao pífia, entre números e qualidade, fica o rastro de tal caminhada que demonstra os políticos que temos: praia em areia e água entulhada de panfletos, mosquitos, bandeiras, bandeiras sem pau e pau sem bandeiras, num verdadeiro festim de poluição de material não bio-degradável, no que toca as bandeiras. sim, o candidato a governador humberto, já foi ministro da saúde, é bom não esquecer.
o domingo de praia já suja pelos coliformes fecais despejados em penca naquela área. outrora nobre, mas que hoje perde para a fronteira entre pina e brasília teimosa(formosa hoje para alguns) torna-se ainda mais fétida e perigosa com a contribuição dos candidatos que se outra mentalidade tivessem, primeiro não forçariam a distribuição de material impresso, num meio dia de sol entre bundas e peitos a sugerir outro tipo de urnas, onde portanto não sobra tempo nem interesse para ler panfleto que seja, só se for de motel, e olhe lá. segundo, se insistissem no desperdício, inteligentemente montariam uma legião de limpadores de praia, que viriam atrás da turba, recolhendo o material, o que talvez chamasse mais atenção de que os próprios, com um discurso simbólico prático de limpeza que contaria pontos a favor.
mas qual o quê. não confunda candidato esperto, com candidato inteligente. espertos eles são, se não não estariam lá. agora inteligentes, cada vez mais provam que não. sujos, deram prova cabal.
olhando ao longe, vejo a passagem entre os diques de proteção. num tempo de tubarões que já se acercaram até de del chifre e pau amarelo. não me surpreenderá que qualquer dia destes, no melhor estilo tubarão de spielberg algum banhista vá ser despedaçado em nome da desatenção pública, principalmente naqueles que arriscam a travessia para a parte perpendicular a praia de tal dique de proteção.
mas neste domingo de caminhada de candidatos, os tubarões de verdade(lixa, tigre, martelo) mantiveram-se a distância. não havia lugar para eles, já ocupado por outra espécie que em busca de votos já salivavam um tipo de espécime que continua indefeso - por sua conta e ordem de não politização - dos tubarões. mais de uns, do que de outros, que só comem dentro d´água.
enquanto isto, dois salva-vidas, com indumentária confundível as cores do PT, apesar de envoltos pela turba, olhavam o entre pernas, mas na direção contrária ao mar, como se astros fossem de alguma série americana ensaiando um com outro o xaveco que a dita cuja pretendida iria ouvir.
a isto chamar-se-ia alienação? do trabalho ou política? ou estariam vendo alguma pamela anderson que não vi?
neste clima de eleição, só se for traveco, arremato.
mas o domingo agora é outro. estamos em 2006. tempo de eleições. e lá estão ou lá vem, humberto, joão paulo, e a prefeita de olinda que para boneco, só falta altura. sim, também tem o senador de lula, não se sabe se em senado romano ou grego.
deixa pra lá. praia cheia, aglomerado de farofa e espetinhos e de ávidos por bundas disformes que posam e passeiam na melhor estratégia de fora até bunda horrosa chama atenção. terreno fértil para uma caminhada, devem pensar os estrategistas da campanha. sol à pino, e lá vem a hoste, dito assim, porque assemelhados por cavaleiros a pé que sustentam bandeiras do partido e do candidato que tremulam ao vento que esconde o cheiro que está parte da praia já tem, isso sem a presença dos candidatos.
não sei o que é mais peguento. se os cremes passados para deixar os cabelinhos e cabelões de coxas e outras regiões loiraços ou se os cumprimentos de campanha dos candidatos. sorrisos amarelos de parte à parte. efusividade em patamares variavéis de falsidade e lá vai a troupe em direção mais ao norte da praia, sabe-lá se a caminhada arrisca ir até mais que o bompreço de casa caiada.
após a passagem de tal cortejo, de composiçao pífia, entre números e qualidade, fica o rastro de tal caminhada que demonstra os políticos que temos: praia em areia e água entulhada de panfletos, mosquitos, bandeiras, bandeiras sem pau e pau sem bandeiras, num verdadeiro festim de poluição de material não bio-degradável, no que toca as bandeiras. sim, o candidato a governador humberto, já foi ministro da saúde, é bom não esquecer.
o domingo de praia já suja pelos coliformes fecais despejados em penca naquela área. outrora nobre, mas que hoje perde para a fronteira entre pina e brasília teimosa(formosa hoje para alguns) torna-se ainda mais fétida e perigosa com a contribuição dos candidatos que se outra mentalidade tivessem, primeiro não forçariam a distribuição de material impresso, num meio dia de sol entre bundas e peitos a sugerir outro tipo de urnas, onde portanto não sobra tempo nem interesse para ler panfleto que seja, só se for de motel, e olhe lá. segundo, se insistissem no desperdício, inteligentemente montariam uma legião de limpadores de praia, que viriam atrás da turba, recolhendo o material, o que talvez chamasse mais atenção de que os próprios, com um discurso simbólico prático de limpeza que contaria pontos a favor.
mas qual o quê. não confunda candidato esperto, com candidato inteligente. espertos eles são, se não não estariam lá. agora inteligentes, cada vez mais provam que não. sujos, deram prova cabal.
olhando ao longe, vejo a passagem entre os diques de proteção. num tempo de tubarões que já se acercaram até de del chifre e pau amarelo. não me surpreenderá que qualquer dia destes, no melhor estilo tubarão de spielberg algum banhista vá ser despedaçado em nome da desatenção pública, principalmente naqueles que arriscam a travessia para a parte perpendicular a praia de tal dique de proteção.
mas neste domingo de caminhada de candidatos, os tubarões de verdade(lixa, tigre, martelo) mantiveram-se a distância. não havia lugar para eles, já ocupado por outra espécie que em busca de votos já salivavam um tipo de espécime que continua indefeso - por sua conta e ordem de não politização - dos tubarões. mais de uns, do que de outros, que só comem dentro d´água.
enquanto isto, dois salva-vidas, com indumentária confundível as cores do PT, apesar de envoltos pela turba, olhavam o entre pernas, mas na direção contrária ao mar, como se astros fossem de alguma série americana ensaiando um com outro o xaveco que a dita cuja pretendida iria ouvir.
a isto chamar-se-ia alienação? do trabalho ou política? ou estariam vendo alguma pamela anderson que não vi?
neste clima de eleição, só se for traveco, arremato.
segunda-feira, agosto 21, 2006
sábado, agosto 19, 2006
propaganda engorda ?
Em países como o Brasil, a maioria dos comercias trata de alimentos elevados em calorias e pobres em vitaminas. Regular a propaganda desses produtos pode ajudar no desenvolvimento de hábitos saudáveis de alimentação entre as crianças. Em vários países, diversas companhias de alimentos têm concordado em parar com anúncios aos menores de 12 anos.
Em todo o mundo, a propaganda de alimentos, especialmente os anúncios voltados para crianças, transformou-se numa importante arma para os grandes negócios. No Brasil, como em qualquer outro lugar, a maioria dos comercias trata de alimentos energeticamente densos, elevados em calorias – biscoitos, doces, chocolates, batatas fritas –, que geralmente também são pobres em vitaminas e minerais. Crianças gostam desses anúncios, e consomem prontamente os produtos anunciados.
Numa pesquisa com crianças entre 6 e 13 anos, 70% mostraram interesse em provar estes alimentos depois de assistirem à propaganda na televisão. De 40 a 66% das crianças haviam consumido pelo menos um produto anunciado no dia anterior e 75% das crianças compraram os alimentos anunciados na TV com ofertas de brindes ou prêmios. Os percentuais são ainda maiores entre crianças dos grupos com menor renda e escolaridade.
Vale lembrar que as crianças não são alvos da propaganda somente na televisão, mas nas revistas, na Internet, nas escolas e são explicitamente alvos de vendas promocionais. Em todo o mundo, companhias inventam maneiras cada vez mais criativas de incentivar as crianças a consumir seus produtos.
Qual é o problema disso? Propagandas e outras formas de promoção são parte de nossa cultura comercial, uma questão fundamental dos princípios econômicos onde as marcas competem por atenção. Mas há valores sociais importantes que precisam ser levados em conta, e um deles é a proteção à saúde. Uma alimentação pouco saudável pode resultar numa maior probabilidade de sobrepeso e obesidade. Ou seja, as crianças que se alimentam mal estão mais propensas a se tornarem adultos com sobrepeso e obesidade.
De acordo com o Instituto Nacional da Saúde dos Estados Unidos, este é um sério problema de saúde. As pessoas acima do peso são quatro vezes mais propensas a diabetes tipo 2, duas vezes mais propensas a desenvolver hipertensão, três vezes mais propensas à doença cardíaca coronariana, duas vezes mais propensas um sofrerem um ataque isquêmico e têm incidência mais elevada de cálculos biliares, desordens do sono, câncer de colo, câncer de mama em mulheres mais velhas, câncer endometrial, transtornos alimentares e problemas emocionais.
É certo que a propaganda e outras formas de promoção comercial não podem ser responsabilizadas por tudo isto, mas elas favorecem um ambiente no qual se torna mais difícil incentivar meninos e meninas a se alimentarem de forma mais saudável.
A boa notícia é que algo pode ser feito para enfrentar tal problema. Na Europa e nos Estados Unidos, diferentes abordagens vêm sendo testadas para regular o marketing dos alimentos ricos em gorduras, açúcares e sal às crianças. Diversas das principais companhias de alimentos têm concordado voluntariamente em parar de alvejar anúncios aos menores de 12 anos. Anunciados recentemente nos Estados Unidos, ainda não é certo se esses acordos serão aplicados no Brasil, e como serão monitorados e reforçados/executados.
No país, a tentativa conhecida como "auto-regulação" representa uma prática de funcionamento da indústria de publicidade de se auto-policiar. Isto envolve o desenvolvimento de um código que enfatize que as propagandas não devem ser enganosas ou ilusórias, código este reforçado e implementado por uma organização auto-regulatória. A organização pode pedir que os publicitários modifiquem ou retirem suas propagandas caso violem o código. No caso em questão, a auto-regulação da publicidade pode considerar se as propagandas dos alimentos incentivam comportamentos insalubres de acordo com seu código padrão. Assim, pode fazer alguma diferença.
A questão é que, apesar de ajudar a impedir as propagandas que enganam as crianças sobre a qualidade de um ou outro alimento, a auto-regulamentação não pode impedir que as crianças sejam bombardeadas com tantos tipos de propagandas diferentes, uma após a outra. Outra limitação da auto-regulação é que os códigos tendem a cobrir somente propagandas na televisão – não todas as outras técnicas de marketing usadas para atingir crianças.
Restrições legais à propaganda dirigida às crianças estiveram em vigor por muito tempo na Suécia e também em Quebec, a região de língua francesa no Canadá. Em Quebec, nenhuma propaganda dirigida às crianças foi permitida desde 1980. O sistema provou ser completamente fácil de administrar, porque existem regras claras sobre o que é e o que não é permitido. Além disso, a opinião pública geralmente é contra a propaganda dirigida às crianças, o que implica numa pressão contra a indústria de alimentos para não violar a lei.
Um dos argumentos contra a restrição de propaganda às crianças é que as empresas de mídia perderão uma fonte de renda valiosa, o que significaria uma programação de pior qualidade e menor rendimento para financiar programas infantis de televisão (marketeiros pagam caro para promover seus produtos na televisão e em outros meios). Contudo, o exemplo de Quebec mostra que este não deve ser um problema: ao invés de atingir crianças, os marketeiros em Quebec preferem veicular anúncios de produtos de limpeza, que são de maior interesse aos adultos que assistem televisão com suas crianças. Após 25 anos, a lei em Quebec não impediu que as redes de televisão gerem renda e façam programas. O Tribunal Superior do Canadá estabeleceu também que a restrição de informações comerciais às crianças não viola a liberdade de expressão.
Em síntese, o marketing de alimentos às crianças é apenas um dos fatores que afeta os hábitos alimentares dos meninos e meninas. Mas regulá-lo é uma das ações concretas que podem ser feitas para que se tenha um ambiente de suporte ao desenvolvimento de hábitos saudáveis entre crianças. Isso é particularmente importante em países como o Brasil, onde as indústrias de alimentos estão tentando encontrar novos mercados, uma vez que as oportunidades de crescimento na Europa na América do Norte se tornam mais e mais limitadas.
por que regular o marketing de alimentos para crianças? por corinna hawkes, publicado na carta maior.
*Corinna Hawkes dirige o programa de pesquisa em qualidade e mudança dos padrões de alimentação no International Food Policy Research Institute (IFPRI - www.ifpri.org), de Washington (EUA). Foi consultora da Organização Mundial da Saúde (OMS) e é autora do estudo "Marketing Food to Children: The Global Environment", que aborda, entre outros assuntos, a regulamentação da publicidade na TV e comercialização de alimentos em ambientes escolares em diversos países.
Em todo o mundo, a propaganda de alimentos, especialmente os anúncios voltados para crianças, transformou-se numa importante arma para os grandes negócios. No Brasil, como em qualquer outro lugar, a maioria dos comercias trata de alimentos energeticamente densos, elevados em calorias – biscoitos, doces, chocolates, batatas fritas –, que geralmente também são pobres em vitaminas e minerais. Crianças gostam desses anúncios, e consomem prontamente os produtos anunciados.
Numa pesquisa com crianças entre 6 e 13 anos, 70% mostraram interesse em provar estes alimentos depois de assistirem à propaganda na televisão. De 40 a 66% das crianças haviam consumido pelo menos um produto anunciado no dia anterior e 75% das crianças compraram os alimentos anunciados na TV com ofertas de brindes ou prêmios. Os percentuais são ainda maiores entre crianças dos grupos com menor renda e escolaridade.
Vale lembrar que as crianças não são alvos da propaganda somente na televisão, mas nas revistas, na Internet, nas escolas e são explicitamente alvos de vendas promocionais. Em todo o mundo, companhias inventam maneiras cada vez mais criativas de incentivar as crianças a consumir seus produtos.
Qual é o problema disso? Propagandas e outras formas de promoção são parte de nossa cultura comercial, uma questão fundamental dos princípios econômicos onde as marcas competem por atenção. Mas há valores sociais importantes que precisam ser levados em conta, e um deles é a proteção à saúde. Uma alimentação pouco saudável pode resultar numa maior probabilidade de sobrepeso e obesidade. Ou seja, as crianças que se alimentam mal estão mais propensas a se tornarem adultos com sobrepeso e obesidade.
De acordo com o Instituto Nacional da Saúde dos Estados Unidos, este é um sério problema de saúde. As pessoas acima do peso são quatro vezes mais propensas a diabetes tipo 2, duas vezes mais propensas a desenvolver hipertensão, três vezes mais propensas à doença cardíaca coronariana, duas vezes mais propensas um sofrerem um ataque isquêmico e têm incidência mais elevada de cálculos biliares, desordens do sono, câncer de colo, câncer de mama em mulheres mais velhas, câncer endometrial, transtornos alimentares e problemas emocionais.
É certo que a propaganda e outras formas de promoção comercial não podem ser responsabilizadas por tudo isto, mas elas favorecem um ambiente no qual se torna mais difícil incentivar meninos e meninas a se alimentarem de forma mais saudável.
A boa notícia é que algo pode ser feito para enfrentar tal problema. Na Europa e nos Estados Unidos, diferentes abordagens vêm sendo testadas para regular o marketing dos alimentos ricos em gorduras, açúcares e sal às crianças. Diversas das principais companhias de alimentos têm concordado voluntariamente em parar de alvejar anúncios aos menores de 12 anos. Anunciados recentemente nos Estados Unidos, ainda não é certo se esses acordos serão aplicados no Brasil, e como serão monitorados e reforçados/executados.
No país, a tentativa conhecida como "auto-regulação" representa uma prática de funcionamento da indústria de publicidade de se auto-policiar. Isto envolve o desenvolvimento de um código que enfatize que as propagandas não devem ser enganosas ou ilusórias, código este reforçado e implementado por uma organização auto-regulatória. A organização pode pedir que os publicitários modifiquem ou retirem suas propagandas caso violem o código. No caso em questão, a auto-regulação da publicidade pode considerar se as propagandas dos alimentos incentivam comportamentos insalubres de acordo com seu código padrão. Assim, pode fazer alguma diferença.
A questão é que, apesar de ajudar a impedir as propagandas que enganam as crianças sobre a qualidade de um ou outro alimento, a auto-regulamentação não pode impedir que as crianças sejam bombardeadas com tantos tipos de propagandas diferentes, uma após a outra. Outra limitação da auto-regulação é que os códigos tendem a cobrir somente propagandas na televisão – não todas as outras técnicas de marketing usadas para atingir crianças.
Restrições legais à propaganda dirigida às crianças estiveram em vigor por muito tempo na Suécia e também em Quebec, a região de língua francesa no Canadá. Em Quebec, nenhuma propaganda dirigida às crianças foi permitida desde 1980. O sistema provou ser completamente fácil de administrar, porque existem regras claras sobre o que é e o que não é permitido. Além disso, a opinião pública geralmente é contra a propaganda dirigida às crianças, o que implica numa pressão contra a indústria de alimentos para não violar a lei.
Um dos argumentos contra a restrição de propaganda às crianças é que as empresas de mídia perderão uma fonte de renda valiosa, o que significaria uma programação de pior qualidade e menor rendimento para financiar programas infantis de televisão (marketeiros pagam caro para promover seus produtos na televisão e em outros meios). Contudo, o exemplo de Quebec mostra que este não deve ser um problema: ao invés de atingir crianças, os marketeiros em Quebec preferem veicular anúncios de produtos de limpeza, que são de maior interesse aos adultos que assistem televisão com suas crianças. Após 25 anos, a lei em Quebec não impediu que as redes de televisão gerem renda e façam programas. O Tribunal Superior do Canadá estabeleceu também que a restrição de informações comerciais às crianças não viola a liberdade de expressão.
Em síntese, o marketing de alimentos às crianças é apenas um dos fatores que afeta os hábitos alimentares dos meninos e meninas. Mas regulá-lo é uma das ações concretas que podem ser feitas para que se tenha um ambiente de suporte ao desenvolvimento de hábitos saudáveis entre crianças. Isso é particularmente importante em países como o Brasil, onde as indústrias de alimentos estão tentando encontrar novos mercados, uma vez que as oportunidades de crescimento na Europa na América do Norte se tornam mais e mais limitadas.
por que regular o marketing de alimentos para crianças? por corinna hawkes, publicado na carta maior.
*Corinna Hawkes dirige o programa de pesquisa em qualidade e mudança dos padrões de alimentação no International Food Policy Research Institute (IFPRI - www.ifpri.org), de Washington (EUA). Foi consultora da Organização Mundial da Saúde (OMS) e é autora do estudo "Marketing Food to Children: The Global Environment", que aborda, entre outros assuntos, a regulamentação da publicidade na TV e comercialização de alimentos em ambientes escolares em diversos países.
sexta-feira, agosto 18, 2006
a não representatividade que desmanda
....Outro dia foi veiculada uma notícia que, tenho certeza, pegou muita gente de surpresa: a ABAP está desenvolvendo o novo código de ética da propaganda brasileira. O projeto é capitaneado pelo paranaense Hiran de Souza. A idéia é concluí-lo até 20 de setembro.
Li a notícia pros meus botões escutarem, eles lascaram uma pergunta: com ordem de quem?
Não entendi bem, retrucaram: como pode, uma entidade que representa menos de sete por cento das agências brasileiras, ditar regra de conduta para os outros mais de noventa e três?
Tentei explicar que o código atual está envelhecido e precisa ser atualizado, ficaram mais zangados ainda.
“Seu burro! O código atual é o resultado de um trabalho desenvolvido por uma equipe formada por alguns dos mais importantes publicitários brasileiros." E a profissão ainda era incipiente, com um número muito menor de profissionais. Que eram, inclusive, em sua maioria, sem preparo.
De vez em quando meus botões ficam malcriados. Grosseiros, até. No entanto, tenho de reconhecer: desta vez têm razão de ficar zangados.
Afinal, quem deu à ABAP autoridade para impor um novo código de ética à publicidade brasileira? Ela tem o direito – o dever, inclusive – de propor. Qualquer um de nós tem. Mas determinar que será assim ou assado daqui pra frente sem ouvir a comunidade publicitária? Isto se chama ditadura do poder econômico, já que as duzentas, segundo a própria ABAP, são responsáveis por setenta e cinco por cento de todo o investimento publicitário brasileiro. Mas se as demais não têm esse dinheiro todo, possui o direito conquistado no dia a dia de trabalho.
Nada contra o Hiran, que por sinal é competentíssimo, mas nós, todos nós que militamos nesta profissão, temos de opinar. Em um Congresso. Se a ABAP não quer que esse evento aconteça e os profissionais, como cordeiros, obedecem, ela que arranje outro jeito....
extrato do mania de grandeza, do eloy simões.
Li a notícia pros meus botões escutarem, eles lascaram uma pergunta: com ordem de quem?
Não entendi bem, retrucaram: como pode, uma entidade que representa menos de sete por cento das agências brasileiras, ditar regra de conduta para os outros mais de noventa e três?
Tentei explicar que o código atual está envelhecido e precisa ser atualizado, ficaram mais zangados ainda.
“Seu burro! O código atual é o resultado de um trabalho desenvolvido por uma equipe formada por alguns dos mais importantes publicitários brasileiros." E a profissão ainda era incipiente, com um número muito menor de profissionais. Que eram, inclusive, em sua maioria, sem preparo.
De vez em quando meus botões ficam malcriados. Grosseiros, até. No entanto, tenho de reconhecer: desta vez têm razão de ficar zangados.
Afinal, quem deu à ABAP autoridade para impor um novo código de ética à publicidade brasileira? Ela tem o direito – o dever, inclusive – de propor. Qualquer um de nós tem. Mas determinar que será assim ou assado daqui pra frente sem ouvir a comunidade publicitária? Isto se chama ditadura do poder econômico, já que as duzentas, segundo a própria ABAP, são responsáveis por setenta e cinco por cento de todo o investimento publicitário brasileiro. Mas se as demais não têm esse dinheiro todo, possui o direito conquistado no dia a dia de trabalho.
Nada contra o Hiran, que por sinal é competentíssimo, mas nós, todos nós que militamos nesta profissão, temos de opinar. Em um Congresso. Se a ABAP não quer que esse evento aconteça e os profissionais, como cordeiros, obedecem, ela que arranje outro jeito....
extrato do mania de grandeza, do eloy simões.
quinta-feira, agosto 17, 2006
lost
a varig não consegue tirar os pés do chão e "já desmente mas não confirma" o take-off da concorrência entre quatro agências com o briefing credibilidade.
de um lado, o reconhecimento da importância de uma(já atrasada)ação de comunicação, briefing equivocado ou não. afinal, não há como incrustar ou realçar credibilidade à uma empresa que tem feito o que a varig fez, faz e vai continuar fazendo, o que é pior, não se sabe até quando. e neste caso as dificuldades não explicam nem justificam, uma vez que não é necessário planejamento estratégico para antecipar as dificuldades que se apresentavam no horizonte de cumprimento dos compromissos de serviços, configurando o quadro mais estapafúrdio de desrespeito a fidelidade de clientes e aos direitos do consumidor(elixirparegorico.blogspot.com) principalmente ao empurrar com um pé na bunda dez mil metros abaixo milhares de funcionários para o desemprego sem paraquedas.
por outro lado não seria quebra-queixo para agências que se auto-entitulam como nunca, responsáveis socialmente, aceitar esta conta? como a varig vai pagar? raciocinando com base no calote aos funcionários que fizeram a companhia. com créditos no programa smiles? isso também não vai acabar dando demissão na agência que fizer a campanha, com ou sem reservas?e se pagar, a agência, já que os funcionários, nem com a justiça, estão conseguindo receber, como fica este cash?
dirão muitos, mas isso não é problema da agência. sabe como é, o problema da agência é dar a solução de comunicação ao cliente e que se foda o resto. nestas horas, é que vemos a fragilidade moral do nosso negócio que muitas vezes não consegue bater asas sem cagar na cabeça de tanta gente.
de um lado, o reconhecimento da importância de uma(já atrasada)ação de comunicação, briefing equivocado ou não. afinal, não há como incrustar ou realçar credibilidade à uma empresa que tem feito o que a varig fez, faz e vai continuar fazendo, o que é pior, não se sabe até quando. e neste caso as dificuldades não explicam nem justificam, uma vez que não é necessário planejamento estratégico para antecipar as dificuldades que se apresentavam no horizonte de cumprimento dos compromissos de serviços, configurando o quadro mais estapafúrdio de desrespeito a fidelidade de clientes e aos direitos do consumidor(elixirparegorico.blogspot.com) principalmente ao empurrar com um pé na bunda dez mil metros abaixo milhares de funcionários para o desemprego sem paraquedas.
por outro lado não seria quebra-queixo para agências que se auto-entitulam como nunca, responsáveis socialmente, aceitar esta conta? como a varig vai pagar? raciocinando com base no calote aos funcionários que fizeram a companhia. com créditos no programa smiles? isso também não vai acabar dando demissão na agência que fizer a campanha, com ou sem reservas?e se pagar, a agência, já que os funcionários, nem com a justiça, estão conseguindo receber, como fica este cash?
dirão muitos, mas isso não é problema da agência. sabe como é, o problema da agência é dar a solução de comunicação ao cliente e que se foda o resto. nestas horas, é que vemos a fragilidade moral do nosso negócio que muitas vezes não consegue bater asas sem cagar na cabeça de tanta gente.
quarta-feira, agosto 16, 2006
let´s the roll to the good times again ?
horário eleitoral já ribombando sobre nossas cabeças. a mesma lógica, as mesmas promessas, as mesmas edições, ricas ou pobres, e os mesmos recursos, ricos ou pobres. os mesmos jingles, os mesmos truques, os mesmos contatos físicos com o povão.
os cachês ainda seriam os mesmos?
os cachês ainda seriam os mesmos?
do contra
nada justifica um trabalho medíocre. marcelo serpa, no segundo forum de marketing, realizado em curitiba.
e pensar que a maioria de nós vive e trabalha pra contrariar esta afirmação. e com que empáfia.
e pensar que a maioria de nós vive e trabalha pra contrariar esta afirmação. e com que empáfia.
terça-feira, agosto 15, 2006
portal do futuro, do presente e do passado ?
de prova provada não tem nada. por enquanto apenas denúncia de quem também comete as mesmas maracutaias que denuncia. mas a julgar pelo passado dos envolvidos, que tem sombras até a medula, o lima em cunha, o men´s solon(a named), e o leal, apenas de sobrenome e maximizador de que mesmo? as válvulas da frequência 450 mhz, devem estar mesmo rubras a julgar pela intensidade com que pisca-piscam queimando a outrém, antes de papocarem a sí próprias, assim ascendidas à vermelhidão da propina.
as campanhas eleiçoeiras na paraiba - e os candidatos - precisam do escárnio para chamar a atenção. e já agora, foram buscar ajuda em professores de fora.
em meio a tudo isso, um estado triste de sí apesar de tanta alegoria. por outro lado, o rádio, o primo pobre da comunicação, eternamente desprezado em mapas de mídia, mostra a sua importância que vale muito mais do que preçário de tabela.
as campanhas eleiçoeiras na paraiba - e os candidatos - precisam do escárnio para chamar a atenção. e já agora, foram buscar ajuda em professores de fora.
em meio a tudo isso, um estado triste de sí apesar de tanta alegoria. por outro lado, o rádio, o primo pobre da comunicação, eternamente desprezado em mapas de mídia, mostra a sua importância que vale muito mais do que preçário de tabela.
sábado, agosto 12, 2006
instalações trocadas
washington vai adentrando a agência com um cliente, que espanta-se ao chegar na criação e ver uma boa parte dos criativos lendo jornais, revistas, aventurando-se noutros jogos, leituras, etc. o lúdico sacaneando o telúrico e vice-versa. pescoço e espada embainhando-se noutra dimensão antes de se pegarem a fundo. afinal, inimaginável, mesmo para o folclore que trata publicitários como artistas e boas vidas, antes fosse? que em horas do expediente uma agência dita de renome pulsasse assim em ritmo de valsa. não se aguenta e exclama: porra: você paga uma fortuna(sujeito a confirmação) a estes caras pra eles lerem jornal ?
olivetto, com o sorriso peculiar da sabedoria, que sempre soa a cínico, responde ainda mais cool: eles são pagos pra isso, também.
contração, descontração, contração. assim se consegue orgasmos múltiplos. na vida e em criação. digamos que é o ponto g. ao contrário do que muita gente pensa conseguir com o ponto d.
olivetto, com o sorriso peculiar da sabedoria, que sempre soa a cínico, responde ainda mais cool: eles são pagos pra isso, também.
contração, descontração, contração. assim se consegue orgasmos múltiplos. na vida e em criação. digamos que é o ponto g. ao contrário do que muita gente pensa conseguir com o ponto d.
canalhas
" Velhos amigos, novos inimigos?
Será?! O publicitário gaúcho Stalimir Vieira, radicado em São Paulo e visitante em João Pessoa, na sua coluna (transcrita abaixo) do último domingo no Jornal da Paraíba utilizou palavras pouco elogiosas com seu ex-amigo e parceiro de campanhas políticas. Só uma coisa deixou os leitores com uma pulga atrás da orelha. O jogo é de campeonato ou é uma jogada para a torcida adversária?
Novo “livro”
O publicitário Lucas Sales anda prometendo por aí que vai lançar um livro contando “a verdadeira história da campanha de 2002” em que eu, segundo afirma, “vivia embriagado e traindo minha mulher, enquanto ele escrevia os guias eleitorais sozinho.” Quem não gosta de mim pode até acreditar que, durante a campanha, eu vivesse embriagado e traindo minha mulher. Difícil, no entanto, mesmo para quem me odeia às últimas conseqüências, vai ser acreditar que Lucas Sales tenha sido capaz algum dia de escrever alguma coisa sozinho. (Stalimir Vieira, coluna Moído da Semana* em 30/07/2007)"
Será?! O publicitário gaúcho Stalimir Vieira, radicado em São Paulo e visitante em João Pessoa, na sua coluna (transcrita abaixo) do último domingo no Jornal da Paraíba utilizou palavras pouco elogiosas com seu ex-amigo e parceiro de campanhas políticas. Só uma coisa deixou os leitores com uma pulga atrás da orelha. O jogo é de campeonato ou é uma jogada para a torcida adversária?
Novo “livro”
O publicitário Lucas Sales anda prometendo por aí que vai lançar um livro contando “a verdadeira história da campanha de 2002” em que eu, segundo afirma, “vivia embriagado e traindo minha mulher, enquanto ele escrevia os guias eleitorais sozinho.” Quem não gosta de mim pode até acreditar que, durante a campanha, eu vivesse embriagado e traindo minha mulher. Difícil, no entanto, mesmo para quem me odeia às últimas conseqüências, vai ser acreditar que Lucas Sales tenha sido capaz algum dia de escrever alguma coisa sozinho. (Stalimir Vieira, coluna Moído da Semana* em 30/07/2007)"
canalhas 2
o post acima, publicado no (propagandadeazehpan.blogspot.com) blog do zeh guilherme, cujo h, garantem comentários anônimos, sempre foi sua característica, antes mesmo de, por obra e graça na crença na numerologia, ser acrescentado ao zé, sortilégio para afugentar o urubú da bancarrota, assim-assim uma espécie de karma ou será karmah? que persegue ou perseguia o dito cujo.
tal post nos leva a inferir as seguintes conclusões, elocubrações, exaltações, exarcebações (escolha você a opção):
a)o mercado paraibano não é um mercado formador. é um mercado deformador, o que não é sua exclusividade, quando se fala em nordeste: recife, outro exemplo, é muito mais. por isso mesmo, nele, lucas salles "torna-se publicitário" - e dono de uma agência "laboriosa", não sei por qual sacanagem chamada de "nova idéia", já que nela, idéias nem de múmia, o que mais engasga que assusta, salvo quando assim enfaixada peida, como se o estralo de idéia fosse, o que torna o estrago ainda maior. e stalimir vieira, dono de passado invejável, deixa de sê-lo. cabeça privilegiada, torná-se chapa-coco(a opção do ex-acento diferencial também é sua) preço pago por ter enveredado(de cabeça?) na senda das campanhas políticas, que na paraíba - também não é privilégio deste mercado - a cada imersão não se sabe se compensa o ganho pelo gasto tamanho fedor, que não tem perfume que disfarçe, principalmente quando se volta à tona após a inversão. é de se imaginar que não é sargaço que se tem sobre os ombros.
b)o post citado, não se sabe se por agudeza do blogueiro ou por outras imersões, talvez até imbuído do melhor espírito dos sites "fuxico ou babado", suscitou comentários anônimos, que aliás, são inúmeros e enérgicos frequentadores do blog do homem com ou sem h(como filologista eu também devo cometer os meus desvios), o que aliás já foi objeto de um comentário meu, nos espaços reservados aos próprios, quando instilei a modesta conclusão que por tal, concluia-se, entre outras coisas, que o mercado paraibano era um mercado de anônimos.
c) martelam os tais anônimos, de forma canalha - todo anônimo é calhorda, exceções há quem faça aos disques-denúncias - que josé guilherme ou melhor zé guilherme ou melhor ainda? zeh guilherme, honorável professor de cursos de graduação e pós-graduação em publicidade, diretor de criação da zag publicidade, publicitário incomodado com a dinâmica atual do mercado(sic)não passa de um grande palrador. ou seja, que a bota não bate com a perdigota, reeditando a questão metafísica para alguns, existencial para outros, de que uma coisa é defender princípios(o que o zé faz no seu blog, de forma, até louvável, dir-se-ia) outra, viver por eles, enunciado onde o h do zé tropeça, submerge, afunda, ou seria emerge? de forma inexorável, com sargaços pra todo lado. resumindo: os tais anônimos, presumivelmente publicitários desafetos ao criador do deazephan, travecos da coerência, destilam repetidamente que o guilherme não passa de um néscio, de um blefe, literalmente de um h. de um falso perfume de sabedoria e praxis profissional publicitária, de tipo tal, que nem a ele se aplica o faça o que eu digo mas não faça o que eu faço. até porque, também garantem, ele não faz nada.
d) quiçá até assim o seja o zé do h. mas como classificar tipos como estes, que pululam como tapurús na procriação de comentários aos posts praticando o anonimato? integrantes? ou ainda almejantes, nunca alvejantes, à um mercado, que por estas e outras, já não pode mais ser chamado de bosta em flôr ? mercado já agora, que para além de deformador é auto e meta-fornicador, o mais perto que conseguiu chegar da auto-realização, desvirtuando autorias e também o radical de formador ou seria meta do deformador, aperfeiçoado?
e)inúmeras críticas podem ser feitas ao zé guilherme. mas há que se reconhecer que seu h, ou agás, são assinados, devida ou indevidamente, mas assinados, o que não confere a ninguém o grau de incolumia e irretocabilidade - nem de verdade ao que escreve(vale para mim também) mas que o torna sempre superior a tal escumalha. arrisco a dizer que, se a propaganda feita pela agência que dirije(se ele gira ou não gira o volante, outra história dos anônimos, é um assunto interno, que já agora :como chega à rua?) se espelhasse e se esmerasse nos textos do seu blog - clareza mais das vezes, síntese sim, uma certa sutileza nem sempre e até uma elegância, demagógica ou não, com que responde a estes mesmos anônimos - e ainda assim teríamos uma agência que estaria mais próxima do zag, quando o mercado todo faz zig-zag(que me perdôe o hegarty)peculiar senda ao oportunismo de ração, anônimos incluídos, principalmente quando postulam-se moeda cunhada em coerência e honradez.
f)anonimamente, em plena efusividade a canalha se multiplica espumando constantemente na frequência do deazehpan. corroendo antes que zincando, como se querem, acidamente. tratarei disso em novos posts, que por hoje não há elixir paregórico que aguente, tamanha quantidade de comentários chistosos que afluem, efluem, tornando-se refluxos do e no mercado paraibano, folclórico, dizem alguns, cuja maior representatividade dá-se a partir da existência(e das práticas?) de um lord(ou lorde). e como todo lorde falido. moralmente então nem se fala, e ainda assim, "deixado ser presidente da abap", o que revela mais uma vez a deformidade do mercado e o grau de omissão rombuda de outras irresponsabilidades. que o refestelam com homenagens, se lhe misturando os papéis de bobo da corte, tiro de festim, falso até como chamariz que desvia atenção d´outras mãos grandes. inclusive por veiculos que se querem respeitosos como patronos. como se antiguidade, sem honestidade, merecesse loas pela durabilidade da cara de pau oleosa e escorregadia, substrato perfeito aos inúmeros trambiques do homenageado e já agora do homenageador. neste mercado ímpar, de joões sem braços, cujos bolsos anônimos, tão ciosos de representações outras, a partir do próprio anonimato, neste caso nem tanto assim, já que não deixam de participar de um mix de conluios que espremidos calam a bôca de muita gente, e com que odor. catinga que os revela mesmo quando exprimem-se pelo anonimato. mas não por isso, já que isto lhes interessa. esta manutenção de privilégios que lhes garante o pão com bosta, devorado pantomimicamente como se pão com caviar quase fosse. e arrotado e vomitado aos carangotangos que assim tecem o ciclo fastidioso de retorno na atividade que sucumbe a imersão, propiciando a contaminação, que chega as raias da septicemia, infestando, anulando e aniquilando as defesas do organismo profissional, para a conservação ao menos da idéias dos bons valores, valores estes que sequer chegam aos que ainda, por jovens que sejam, tiveram para começar esta chance roubada , por já experimentados mal chegados, chance que nunca terão diante do nauseabundo banquete que longe de ser avassalador lhes oferece migalhas, antes fossem de chocolate, que parecem ser e não são nada mais nada menos do que respingos de merda em crista.
g ou h como queiram) resumindo e concluindo: entre canalhas anônimos e um canalha que assina embaixo, eu fico sempre pela assinatura que os redime ao menos da omissão e da covardia. sejamos, na opinião equivocada, ou não, de quem quer que seja, o que de fato somos ou não.
tal post nos leva a inferir as seguintes conclusões, elocubrações, exaltações, exarcebações (escolha você a opção):
a)o mercado paraibano não é um mercado formador. é um mercado deformador, o que não é sua exclusividade, quando se fala em nordeste: recife, outro exemplo, é muito mais. por isso mesmo, nele, lucas salles "torna-se publicitário" - e dono de uma agência "laboriosa", não sei por qual sacanagem chamada de "nova idéia", já que nela, idéias nem de múmia, o que mais engasga que assusta, salvo quando assim enfaixada peida, como se o estralo de idéia fosse, o que torna o estrago ainda maior. e stalimir vieira, dono de passado invejável, deixa de sê-lo. cabeça privilegiada, torná-se chapa-coco(a opção do ex-acento diferencial também é sua) preço pago por ter enveredado(de cabeça?) na senda das campanhas políticas, que na paraíba - também não é privilégio deste mercado - a cada imersão não se sabe se compensa o ganho pelo gasto tamanho fedor, que não tem perfume que disfarçe, principalmente quando se volta à tona após a inversão. é de se imaginar que não é sargaço que se tem sobre os ombros.
b)o post citado, não se sabe se por agudeza do blogueiro ou por outras imersões, talvez até imbuído do melhor espírito dos sites "fuxico ou babado", suscitou comentários anônimos, que aliás, são inúmeros e enérgicos frequentadores do blog do homem com ou sem h(como filologista eu também devo cometer os meus desvios), o que aliás já foi objeto de um comentário meu, nos espaços reservados aos próprios, quando instilei a modesta conclusão que por tal, concluia-se, entre outras coisas, que o mercado paraibano era um mercado de anônimos.
c) martelam os tais anônimos, de forma canalha - todo anônimo é calhorda, exceções há quem faça aos disques-denúncias - que josé guilherme ou melhor zé guilherme ou melhor ainda? zeh guilherme, honorável professor de cursos de graduação e pós-graduação em publicidade, diretor de criação da zag publicidade, publicitário incomodado com a dinâmica atual do mercado(sic)não passa de um grande palrador. ou seja, que a bota não bate com a perdigota, reeditando a questão metafísica para alguns, existencial para outros, de que uma coisa é defender princípios(o que o zé faz no seu blog, de forma, até louvável, dir-se-ia) outra, viver por eles, enunciado onde o h do zé tropeça, submerge, afunda, ou seria emerge? de forma inexorável, com sargaços pra todo lado. resumindo: os tais anônimos, presumivelmente publicitários desafetos ao criador do deazephan, travecos da coerência, destilam repetidamente que o guilherme não passa de um néscio, de um blefe, literalmente de um h. de um falso perfume de sabedoria e praxis profissional publicitária, de tipo tal, que nem a ele se aplica o faça o que eu digo mas não faça o que eu faço. até porque, também garantem, ele não faz nada.
d) quiçá até assim o seja o zé do h. mas como classificar tipos como estes, que pululam como tapurús na procriação de comentários aos posts praticando o anonimato? integrantes? ou ainda almejantes, nunca alvejantes, à um mercado, que por estas e outras, já não pode mais ser chamado de bosta em flôr ? mercado já agora, que para além de deformador é auto e meta-fornicador, o mais perto que conseguiu chegar da auto-realização, desvirtuando autorias e também o radical de formador ou seria meta do deformador, aperfeiçoado?
e)inúmeras críticas podem ser feitas ao zé guilherme. mas há que se reconhecer que seu h, ou agás, são assinados, devida ou indevidamente, mas assinados, o que não confere a ninguém o grau de incolumia e irretocabilidade - nem de verdade ao que escreve(vale para mim também) mas que o torna sempre superior a tal escumalha. arrisco a dizer que, se a propaganda feita pela agência que dirije(se ele gira ou não gira o volante, outra história dos anônimos, é um assunto interno, que já agora :como chega à rua?) se espelhasse e se esmerasse nos textos do seu blog - clareza mais das vezes, síntese sim, uma certa sutileza nem sempre e até uma elegância, demagógica ou não, com que responde a estes mesmos anônimos - e ainda assim teríamos uma agência que estaria mais próxima do zag, quando o mercado todo faz zig-zag(que me perdôe o hegarty)peculiar senda ao oportunismo de ração, anônimos incluídos, principalmente quando postulam-se moeda cunhada em coerência e honradez.
f)anonimamente, em plena efusividade a canalha se multiplica espumando constantemente na frequência do deazehpan. corroendo antes que zincando, como se querem, acidamente. tratarei disso em novos posts, que por hoje não há elixir paregórico que aguente, tamanha quantidade de comentários chistosos que afluem, efluem, tornando-se refluxos do e no mercado paraibano, folclórico, dizem alguns, cuja maior representatividade dá-se a partir da existência(e das práticas?) de um lord(ou lorde). e como todo lorde falido. moralmente então nem se fala, e ainda assim, "deixado ser presidente da abap", o que revela mais uma vez a deformidade do mercado e o grau de omissão rombuda de outras irresponsabilidades. que o refestelam com homenagens, se lhe misturando os papéis de bobo da corte, tiro de festim, falso até como chamariz que desvia atenção d´outras mãos grandes. inclusive por veiculos que se querem respeitosos como patronos. como se antiguidade, sem honestidade, merecesse loas pela durabilidade da cara de pau oleosa e escorregadia, substrato perfeito aos inúmeros trambiques do homenageado e já agora do homenageador. neste mercado ímpar, de joões sem braços, cujos bolsos anônimos, tão ciosos de representações outras, a partir do próprio anonimato, neste caso nem tanto assim, já que não deixam de participar de um mix de conluios que espremidos calam a bôca de muita gente, e com que odor. catinga que os revela mesmo quando exprimem-se pelo anonimato. mas não por isso, já que isto lhes interessa. esta manutenção de privilégios que lhes garante o pão com bosta, devorado pantomimicamente como se pão com caviar quase fosse. e arrotado e vomitado aos carangotangos que assim tecem o ciclo fastidioso de retorno na atividade que sucumbe a imersão, propiciando a contaminação, que chega as raias da septicemia, infestando, anulando e aniquilando as defesas do organismo profissional, para a conservação ao menos da idéias dos bons valores, valores estes que sequer chegam aos que ainda, por jovens que sejam, tiveram para começar esta chance roubada , por já experimentados mal chegados, chance que nunca terão diante do nauseabundo banquete que longe de ser avassalador lhes oferece migalhas, antes fossem de chocolate, que parecem ser e não são nada mais nada menos do que respingos de merda em crista.
g ou h como queiram) resumindo e concluindo: entre canalhas anônimos e um canalha que assina embaixo, eu fico sempre pela assinatura que os redime ao menos da omissão e da covardia. sejamos, na opinião equivocada, ou não, de quem quer que seja, o que de fato somos ou não.
quarta-feira, agosto 09, 2006
recife de todos nós. nós quem? cara-pálida
campanhas de enaltecimento de cidades visando reforçar ou recuperar o sentimento de auto-estima da população tendem não só a ser politicamente incorretas, como desonestas em seus princípios de visão, atuação e veiculação.
a não tão tênue linha entre alegoria e realidade costuma ser usada para costurar a boca dos profissionais que nela se envolvem, uma vez que é de se imaginar não inocentemente, tamanha história da carochinha, capitaneada por escada global(lívia falcão).
que sensibilidade de marketing ou visão estratégica ou tática tal, urdiria uma campanha(chôcha) falando das benesses de viver no recife, no momento em que tubarões comem gente nas praias cartão postal; que gente é morta em penca também no bairro cartão postal da cidade, sem falar no cenário trash(seria isto uma face da pernambucaneidade?) da prostituição feminina, masculina, homosseuxual, travesti, e infantil, que começa a compor o cenários dos pontos, a partir das 17 horas, como se ainda não bastasse o que acontece no centro da cidade que hoje de tão periférico, copia suas cenas de roubo, assasinato, gangsterismo e outros verbetes da literatura policial? cuja campanha, renegou as imagens dos programas diários do meio-dia e começo da noite, onde o sangue escorre à rodo. que miserabilidade é esta que já agora esconde o corte apesar de tanto sangue?
recife hoje nem precisa de pcc. disputamos em trinca, pau a pau, o campeonato de cidade mais violenta do brasil. cidade onde além dos esgotos correrem a céu aberto das avenidas as ruelas, onde o lixo não pode ser mais varrido para debaixo dos tapetes, pontes e viadutos. só falta mesmo a queima dos ônibus, já que a eliminação de policiais já ocorre, como também ocorre a morte de civis pelas mãos de policiais, e onde os presídios e prisões exibem o mesmo três por quatro dos presídios paulistas apesar de até agora só terem chegado a tona a ponta do pavio.
exaltar o recife é preciso, dirão os acacianos de plantão. mas a exaltação tem de ser feita com o acinte, com o achincalhe, com a violência à inteligência e sensibilidade comum, que percebem que esta cidade exaltada nos termos veiculados simplesmente não existe. sequer é utópica, tampouco existirá enquanto quem nos governa permite a produção de propaganda assim. não seria melhor exaltá-lo na prática de atos que limpassem a imagem diária que uma campanha pífia e acima de tudo em nada escorreita não consegue sequer arranhar, neste caso encobrir ou sequer remendar?
recife de todo nós? assim-assim publicitário, cara-pálida?
tivessem a mínima decência e o conceito de cidadania assim não tão côto, e campanha outra teríamos. mas com as gangues, os tubarões, os travestis, a prostituição, o esgoto, que habita e corre a céu aberto nas agências e assim temos o que temos.
dá gosto morar no recife. diz a campanha. gosto de quê: de sangue, lágrima, pólvora, merda? ou gosto de mentira e só?
como recifense, sinto-me mais do que duplamente lesado: sinto-me violentado pelos que se dizem meus iguais. iguais em quê cara-pálidas? minha tribo sou eu.
a não tão tênue linha entre alegoria e realidade costuma ser usada para costurar a boca dos profissionais que nela se envolvem, uma vez que é de se imaginar não inocentemente, tamanha história da carochinha, capitaneada por escada global(lívia falcão).
que sensibilidade de marketing ou visão estratégica ou tática tal, urdiria uma campanha(chôcha) falando das benesses de viver no recife, no momento em que tubarões comem gente nas praias cartão postal; que gente é morta em penca também no bairro cartão postal da cidade, sem falar no cenário trash(seria isto uma face da pernambucaneidade?) da prostituição feminina, masculina, homosseuxual, travesti, e infantil, que começa a compor o cenários dos pontos, a partir das 17 horas, como se ainda não bastasse o que acontece no centro da cidade que hoje de tão periférico, copia suas cenas de roubo, assasinato, gangsterismo e outros verbetes da literatura policial? cuja campanha, renegou as imagens dos programas diários do meio-dia e começo da noite, onde o sangue escorre à rodo. que miserabilidade é esta que já agora esconde o corte apesar de tanto sangue?
recife hoje nem precisa de pcc. disputamos em trinca, pau a pau, o campeonato de cidade mais violenta do brasil. cidade onde além dos esgotos correrem a céu aberto das avenidas as ruelas, onde o lixo não pode ser mais varrido para debaixo dos tapetes, pontes e viadutos. só falta mesmo a queima dos ônibus, já que a eliminação de policiais já ocorre, como também ocorre a morte de civis pelas mãos de policiais, e onde os presídios e prisões exibem o mesmo três por quatro dos presídios paulistas apesar de até agora só terem chegado a tona a ponta do pavio.
exaltar o recife é preciso, dirão os acacianos de plantão. mas a exaltação tem de ser feita com o acinte, com o achincalhe, com a violência à inteligência e sensibilidade comum, que percebem que esta cidade exaltada nos termos veiculados simplesmente não existe. sequer é utópica, tampouco existirá enquanto quem nos governa permite a produção de propaganda assim. não seria melhor exaltá-lo na prática de atos que limpassem a imagem diária que uma campanha pífia e acima de tudo em nada escorreita não consegue sequer arranhar, neste caso encobrir ou sequer remendar?
recife de todo nós? assim-assim publicitário, cara-pálida?
tivessem a mínima decência e o conceito de cidadania assim não tão côto, e campanha outra teríamos. mas com as gangues, os tubarões, os travestis, a prostituição, o esgoto, que habita e corre a céu aberto nas agências e assim temos o que temos.
dá gosto morar no recife. diz a campanha. gosto de quê: de sangue, lágrima, pólvora, merda? ou gosto de mentira e só?
como recifense, sinto-me mais do que duplamente lesado: sinto-me violentado pelos que se dizem meus iguais. iguais em quê cara-pálidas? minha tribo sou eu.
domingo, agosto 06, 2006
publicitário, ele também, pobre menino rico ?
E o que experimentamos hoje nesse nosso arremedo de capitalismo senão uma nova escravidão?
Lula Miranda
Lula Miranda
sexta-feira, agosto 04, 2006
quem nunca disse que atire a primeira pedra. mas com força pra ver se temos uma besta a menos no mercado
Diz aí: quantas coisas você ouve, no exercício da publicidade, frases que ou são meras bobagens ou absolutamente superadas ou não passam de lorotas, mas que alguns ainda insistem em usar? Relacionei algumas, pra gente se divertir. Provavelmente depois de lê-las, você adicionará muitas outras a esse besteirol. Vamos a ele:
1. Avião tem de aparecer sempre reto em um anúncio. Nada de colocá-lo com o bico pra cima ou pra baixo. Desperta no consumidor medo de voar.
2. Nunca use a palavra destino em anúncio de empresa de aviação. Apavora o consumidor.
3. Tênis só pode ser fotografado com o peito do pé voltado para o consumidor. Nunca ao contrário. O consumidor rejeita o produto.
4. A palavra não no título torna a mensagem negativa.
5. Os atores têm de ser sempre muito bonitos e estar bem vestidos. Independente da cena, do produto e do consumidor alvo.
6. Menino tem de ser fotografado com o boné voltado para o lado.
7. Quando alguém aparecer em um comercial consumindo alimento, tem de lamber os beiços para passar a idéia de que é muito gostoso.
8. Em um comercial, qualquer trilha musical serve.
9. Pra quê reunião de pré-produção?
10. Esse roteiro não precisa de um bom diretor.
11. Pra que contratar um diretor de fotografia?
12. Eu criei, agora você dirige a gravação do spot. Eu não vou ao studio.
13. Eu cobro tudo dos meus clientes. E cobro caro.
14. Pode ser ruim e feio. O importante é que vende.
15. Pra mim, basta vender.
15. Precisa botar mais adjetivo nesse texto.
16. Basta o anúncio ser bonito que vende.
17. Eu não faço anúncio pra premio.
18. Premio pra mim é justo. Para os outros é marmelada.
19. A culpa é do sistema.
20. É só botar criança que vende.
21. Põe minha filha, ela é muito bonita.
22. Ator, na propaganda brasileira, tem de ser louro. E de olhos verdes ou azuis.
23. Negro nos meus anúncios só se tiver alma branca.
24. Vamos colocar um negro. Mas tem de ter traços de branco.
25. Todo comercial tem de começar com plano aberto pra mostrar onde a cena acontece
26. Todo cliente é burro.
27. Anúncio tem de repetir o brief.
28. Pobre é ignorante. Quando ele é o alvo, propaganda tem de ser burra e malfeita.
29. Só tem um jeito de dizer isso: o meu.
30. Eu sei o que o cliente quer.
31. Ninguém lê texto.
32. Texto nada tem a ver com o título.
33. Cliente não entende de propaganda.
34. Comercial de TV tem de ser apresentado em story board.
35. Criação só cria sob pressão.
36. Nós temos a melhor criação, a melhor mídia, o melhor atendimento, o melhor planejamento.
37. Todo atendimento é um leva-e-traz
38. Todo criativo é um gênio.
39. Atendimento que não gosta da campanha é quadrado.
40. Mídia só precisa fazer cruzinha e orçameto.
41. Todo produtor ganha bola.
42. É só fazer a mídia mãe.
43. Diretor de arte não sabe falar.
44. Marketing direto é coisa de quem não consegue fazer propaganda.
45. Só pode ensinar quem faz.
46. Todo colunista é picareta.
47. Quem chupou quem?
48. O cliente não aprovou porque você não sabe vender.
49. O plano é bom, mas a agência precisa faturar.
50. Publicidade é profissão de homem.
51. Anúncio pra classe C tem de ser pobre e feio.
52. Criação não pode falar com o cliente.
53. O cliente quer assim, e pronto.
54. A gente amarra o burro do jeito que o outro burro quer.
55. Propaganda boa é a que choca o consumidor.
56. Temos feito muitas propagandas.
56. O preço de tabela é este, mas pra você dou um desconto de 60%.
60. O cliente mandou botar esse título que ele fez.
61. O cliente quer que a gente faça um anúncio com o layout e o título dele.
62. Estou fazendo uma chamada(?) para o anúncio.
63. Todo contato é um office boy de luxo.
64. Vou botar a logo do cliente bem pequena pra não atrapalhar o anúncio.
65. Diploma pra que? Basta ter talento!
Tem mais, claro, mas por enquanto chega.
eloy simões no seu besteirol publicitário
1. Avião tem de aparecer sempre reto em um anúncio. Nada de colocá-lo com o bico pra cima ou pra baixo. Desperta no consumidor medo de voar.
2. Nunca use a palavra destino em anúncio de empresa de aviação. Apavora o consumidor.
3. Tênis só pode ser fotografado com o peito do pé voltado para o consumidor. Nunca ao contrário. O consumidor rejeita o produto.
4. A palavra não no título torna a mensagem negativa.
5. Os atores têm de ser sempre muito bonitos e estar bem vestidos. Independente da cena, do produto e do consumidor alvo.
6. Menino tem de ser fotografado com o boné voltado para o lado.
7. Quando alguém aparecer em um comercial consumindo alimento, tem de lamber os beiços para passar a idéia de que é muito gostoso.
8. Em um comercial, qualquer trilha musical serve.
9. Pra quê reunião de pré-produção?
10. Esse roteiro não precisa de um bom diretor.
11. Pra que contratar um diretor de fotografia?
12. Eu criei, agora você dirige a gravação do spot. Eu não vou ao studio.
13. Eu cobro tudo dos meus clientes. E cobro caro.
14. Pode ser ruim e feio. O importante é que vende.
15. Pra mim, basta vender.
15. Precisa botar mais adjetivo nesse texto.
16. Basta o anúncio ser bonito que vende.
17. Eu não faço anúncio pra premio.
18. Premio pra mim é justo. Para os outros é marmelada.
19. A culpa é do sistema.
20. É só botar criança que vende.
21. Põe minha filha, ela é muito bonita.
22. Ator, na propaganda brasileira, tem de ser louro. E de olhos verdes ou azuis.
23. Negro nos meus anúncios só se tiver alma branca.
24. Vamos colocar um negro. Mas tem de ter traços de branco.
25. Todo comercial tem de começar com plano aberto pra mostrar onde a cena acontece
26. Todo cliente é burro.
27. Anúncio tem de repetir o brief.
28. Pobre é ignorante. Quando ele é o alvo, propaganda tem de ser burra e malfeita.
29. Só tem um jeito de dizer isso: o meu.
30. Eu sei o que o cliente quer.
31. Ninguém lê texto.
32. Texto nada tem a ver com o título.
33. Cliente não entende de propaganda.
34. Comercial de TV tem de ser apresentado em story board.
35. Criação só cria sob pressão.
36. Nós temos a melhor criação, a melhor mídia, o melhor atendimento, o melhor planejamento.
37. Todo atendimento é um leva-e-traz
38. Todo criativo é um gênio.
39. Atendimento que não gosta da campanha é quadrado.
40. Mídia só precisa fazer cruzinha e orçameto.
41. Todo produtor ganha bola.
42. É só fazer a mídia mãe.
43. Diretor de arte não sabe falar.
44. Marketing direto é coisa de quem não consegue fazer propaganda.
45. Só pode ensinar quem faz.
46. Todo colunista é picareta.
47. Quem chupou quem?
48. O cliente não aprovou porque você não sabe vender.
49. O plano é bom, mas a agência precisa faturar.
50. Publicidade é profissão de homem.
51. Anúncio pra classe C tem de ser pobre e feio.
52. Criação não pode falar com o cliente.
53. O cliente quer assim, e pronto.
54. A gente amarra o burro do jeito que o outro burro quer.
55. Propaganda boa é a que choca o consumidor.
56. Temos feito muitas propagandas.
56. O preço de tabela é este, mas pra você dou um desconto de 60%.
60. O cliente mandou botar esse título que ele fez.
61. O cliente quer que a gente faça um anúncio com o layout e o título dele.
62. Estou fazendo uma chamada(?) para o anúncio.
63. Todo contato é um office boy de luxo.
64. Vou botar a logo do cliente bem pequena pra não atrapalhar o anúncio.
65. Diploma pra que? Basta ter talento!
Tem mais, claro, mas por enquanto chega.
eloy simões no seu besteirol publicitário
quinta-feira, agosto 03, 2006
nem vôo, nem manta, nem comida de plástico: no céu, no ar ou em terra
ainda pior que a falência da velha e da nova varig, é a falência do estado brasileiro que permite que os passageiros da varig no brasil e no exterior sofram tamanho acinte e humilhação. como esperar direitos do consumidor num estado onde não existem direitos humanos e direitos de cidadania?
é palha
acontece até com o produto quando comercial de lã de aço quer brilhar com idéia antiga cheia de vontade de ser moderno. aliás, os modernos da propaganda estão ficando cada vez mais velhos. e os cools, cada vez mais cus.
quarta-feira, agosto 02, 2006
pedras de vidro ou seriam pérolas ?
muito se fala sobre uma tal desimportância dos copies . pulhice atribuida a supremacia do truques de meia tigela de farinacéos do photo-shop. propaganda sem copy – e aqui recuperemos o conceito de copy que norteou a escola de redatores – ou descamba para a bulimia ou para anorexia. tanto é que na escolha dos comerciais mais memoráveis da propaganda brasileira, exatos cem por cento, contavam com um conceito expresso em head lines e textos senão brilhantes, cumpridores do seu dever, e nem sempre tão chiquititos assim.
depois do mohallen, tido assim como o ºultimo dos moicanos”, parece até que depois da contratação de estagiotários operadores de máquina, pode-se fazer economia dispensando os copies e redatores(há uma sutileza nesta diferenciação que poucos percebem) já que há uma” quase-convenção” de que texto até a secretária do cliente faz, desde que não esteja com as coxas ocupadas.
títulos então, quantos seus clientes, gerentes, diretores, atendimentos, já os fizeram, contando com seu aguçado sentido de marketing, uma que os redatores, cachorrinhos amestrados da agência, sem faro, fingiram achar geniais.
em pilulasdevidadodoutorross.blogspot.com alguns exemplos práticos de títulos que não foram feitos por clientes e que, diga você, se ou não, merecem frequentar a tal escola.
depois do mohallen, tido assim como o ºultimo dos moicanos”, parece até que depois da contratação de estagiotários operadores de máquina, pode-se fazer economia dispensando os copies e redatores(há uma sutileza nesta diferenciação que poucos percebem) já que há uma” quase-convenção” de que texto até a secretária do cliente faz, desde que não esteja com as coxas ocupadas.
títulos então, quantos seus clientes, gerentes, diretores, atendimentos, já os fizeram, contando com seu aguçado sentido de marketing, uma que os redatores, cachorrinhos amestrados da agência, sem faro, fingiram achar geniais.
em pilulasdevidadodoutorross.blogspot.com alguns exemplos práticos de títulos que não foram feitos por clientes e que, diga você, se ou não, merecem frequentar a tal escola.
os que fizeram 40 te saúdam
Você lembra do cheiro de Flit? Aliás, você sabe o que é Flit? Andou de Aero Willys ou Gordini? Chegou a ler 'O amigo da onça' em algum exemplar de O Cruzeiro? Ainda sabe assobiar a música de abertura do Repórter Esso? E a do Vigilante Rodoviário? Fez pesquisa numa Barsa? Escreveu trabalhos de escola em papel almaço? Tem saudade dos drops Dulcora? Preferia de hortela ou sortido? Comprava Grande Hotel para ler fotonovela? Sim? Bem, nesse caso, você vai adorar o livro 'O mundo acabou', de Alberto Villas, uma gostosa compilaçao de lembranças para quem já passou dos 40.
O trabalho de Villas vem se juntar a sucessos editoriais, como o 'Almanaque dos Anos 80' e o recente 'Almanaque dos Anos 70', no que poderíamos chamar de ‘economia da nostalgia’, que impulsiona ainda festas temáticas, como a Ploc, dedicada à musica dos anos 80, e programas de TV dedicados a desenhos e seriados antigos, como 'Perdidos no Espaço' e 'Terra de Gigantes'.
Mas, afinal, por que nos prendemos tanto a marcas do passado? Seria apenas saudosismo? Vontade de voltar aos velhos e bons tempos, quando o mundo era mais seguro e o Flamengo ganhava sempre? Segundo o cientista norte americano Robert M Sapolsky, esse fenômeno nao seria consequência desses tempos amalucados em que vivemos, e sim uma característica da natureza humana. Para ele, depois de uma certa idade nos fechamos às novidades e simplesmente passamos a repetir padrões de comportamento.
Sapolsky chegou a essa conclusao depois de fazer uma pequena pesquisa para entender porque os jovens nao se fixam em gostos musicais, gastronômicos ou de vestimentas, variando constantemente de estilo. Estudando fenômenos tao prosaicos quanto a programação de emissoras de rádio voltadas para flashbacks, restaurantes japoneses e lojas de piercing, o cientista descobriu que nossas preferências se definem na juventude, quando testamos várias alternativas.
Depois dos 40 anos, na esmagadora maioria das vezes nos fechamos as novas experiências, limitando-nos a repetir os mesmos lugares, estilo de roupa, restaurantes, bandas e marcas. De certa forma, voltamos as origens, agindo como as crianças que nao vêem problemas em assistir incontáveis vezes ao mesmo desenho ou em ouvir as mesmas músicas.
O curioso é que Sapolsky não se deteve na análise das atitudes de consumo de jovens e adultos, extrapolando seu raciocínio também para o campo das idéias. Relembrando a trajetória de gênios, como Albert Einstein, que combateram ferozmente novas teorias que complementariam suas idéias, ele afirma que também as convicções, tanto técnicas quanto morais, se consolidam na juventude, dificilmente se modificando depois de determinada idade.
Moral da história - se você já passou dos 40, curta sem remorsos suas marcas e lembranças do passado. Mas tome cuidado para não fazer disso um obstáculo na hora de compreender os difíceis desafios do presente e as oportunidades do futuro.
coluna do marinho | e entao perdemos a vontade de mudar... publicada no blue bus, há mais ou menos 15 dias.
moral da história 2: pense nisso quando estiver produzindo propaganda antes e depois dos quarenta pra gente antes e depois dos quarenta.
O trabalho de Villas vem se juntar a sucessos editoriais, como o 'Almanaque dos Anos 80' e o recente 'Almanaque dos Anos 70', no que poderíamos chamar de ‘economia da nostalgia’, que impulsiona ainda festas temáticas, como a Ploc, dedicada à musica dos anos 80, e programas de TV dedicados a desenhos e seriados antigos, como 'Perdidos no Espaço' e 'Terra de Gigantes'.
Mas, afinal, por que nos prendemos tanto a marcas do passado? Seria apenas saudosismo? Vontade de voltar aos velhos e bons tempos, quando o mundo era mais seguro e o Flamengo ganhava sempre? Segundo o cientista norte americano Robert M Sapolsky, esse fenômeno nao seria consequência desses tempos amalucados em que vivemos, e sim uma característica da natureza humana. Para ele, depois de uma certa idade nos fechamos às novidades e simplesmente passamos a repetir padrões de comportamento.
Sapolsky chegou a essa conclusao depois de fazer uma pequena pesquisa para entender porque os jovens nao se fixam em gostos musicais, gastronômicos ou de vestimentas, variando constantemente de estilo. Estudando fenômenos tao prosaicos quanto a programação de emissoras de rádio voltadas para flashbacks, restaurantes japoneses e lojas de piercing, o cientista descobriu que nossas preferências se definem na juventude, quando testamos várias alternativas.
Depois dos 40 anos, na esmagadora maioria das vezes nos fechamos as novas experiências, limitando-nos a repetir os mesmos lugares, estilo de roupa, restaurantes, bandas e marcas. De certa forma, voltamos as origens, agindo como as crianças que nao vêem problemas em assistir incontáveis vezes ao mesmo desenho ou em ouvir as mesmas músicas.
O curioso é que Sapolsky não se deteve na análise das atitudes de consumo de jovens e adultos, extrapolando seu raciocínio também para o campo das idéias. Relembrando a trajetória de gênios, como Albert Einstein, que combateram ferozmente novas teorias que complementariam suas idéias, ele afirma que também as convicções, tanto técnicas quanto morais, se consolidam na juventude, dificilmente se modificando depois de determinada idade.
Moral da história - se você já passou dos 40, curta sem remorsos suas marcas e lembranças do passado. Mas tome cuidado para não fazer disso um obstáculo na hora de compreender os difíceis desafios do presente e as oportunidades do futuro.
coluna do marinho | e entao perdemos a vontade de mudar... publicada no blue bus, há mais ou menos 15 dias.
moral da história 2: pense nisso quando estiver produzindo propaganda antes e depois dos quarenta pra gente antes e depois dos quarenta.
Assinar:
Postagens (Atom)