sim, o brasil já foi notícia no mundo, em século passado, pelo seu fio dental. o biquíni, que muitos do "posto sete" chamavam de cepacol: aquele que vai fundo aonde o fio dental não alcança(que horror!, a descrição, já que alguns cus até que valem a menta, sim senhor).
mas para não ficar-mos assim-assim tão, tão, escatológicos, que assim não seja, é bom lembrar que o brasil também fez sucesso mundial pela frente, com seus modelitos de depilação dos pelos pubianos, aquilo que os não pentecostais costumam chamar de pentelhos, e que costumam ser o terror das dentaduras de outras bocas, se é que me entendem os maiores de 50, que certa vez tiveram pesadelos com a nudez frontal de uma certa atriz global que parecia estar fazendo campanha contra o desmatamento da amazônia exibindo-a como seria em sua versão original antes do homem - e das depiladoras - meterem a mão, ou seria a cêra ou a serra?
agora, o brasil volta a ser cu de novo, mundialmente, para desassosego do nosso complexo vira lata de plantão segundo o colunista do yahoo, pedro alexandre sanches, que afirma ipsis literis que michel teló resgata a sanfona de luiz gonzaga, para júbilo da memória do rei pernambucano da sanfona.
segundo o sanchez, o nosso complexo de vira-latas, ironia da ironias, é alçado como pegada da fama pela "prestigiosa forbes"( "Have you heard of Brazilian country music phenomenon Michel Teló yet? You will"")por um vira-latas autêntico, no caso o michel. mas, ironia da ironia das ironias, não seria este nosso maior complexo de vira-latas? valorar,qualificar ou quantificar, precisamente porque a forbes fez a tal matéria sobre o tal artista medianeiro(outra ironia das ironias, nascido em medianeira, cuja etimologia traz imiscuída a pegada da raiz do medíocre?
o pedro não faz por pouco e tece loas e cambalhotas argumentando que o mesmo "mundo anglo-saxão em que roberto carlos jamais conseguiu emplacar, talvez por soar banalmente não-brasileiro, desta vez caiu na lábia de um caubói genérico que poderia ter vindo do Arizona, mas veio do (não-)eixo Paraná-Pantanal. A música brasileira capaz de mover os quadris gringos desta vez não é do Rio de Janeiro nem da Bahia. Brotou do interiorzão de um país que é muito maior que sua (extensa) faixa litorânea.".
e nos entreatos do texto ainda refere que "quem até ontem zombava do fiasco perpétuo da cultura brasileira diante dos olhos do chamado Primeiro Mundo hoje argumenta que o michel teló só faz sucesso porque o brasil está moda e não porque mereça". Ou seja, continua fazendo muxoxo, mas ao menos começa a admitir que, sim, o Bra$il está escandalosamente "na moda" lá fora."
isto posto tem-se a desdita da confirmação de que o brasil está vocacionado para o sucesso cu - e aí de quem fizer muxoxo ou não comer da bosta - pois o que interessa é bombar na mídia, mesmo que a bomba nos entre piloro adentro e nada mais seja que isso: a bomba ou pomba, embalando e empalando a cultura de um povo ao som de algo que nem sequer é pum. mas que agora representa o fim do tal fiasco perpétuo(sic) suadamente catapultado por muito mais de cem milhões de acessos ao youentuba.
assim, se já temos a imagem de um povinho cu, de mulheres de grande cu, de politicos cu, de nacionalidade cu, de educação cu, michel teló por fim está nos levando às alturas, fazendo os gringos dançarem ao som de um refrão que levado ou não do pé da letra prega este mesmo cu como gênio da raça, matreira em sua hipertrofia calipígia, preferencia nacional incutida no meneio das nossas mulheres(e homens) desde criança para fazê-lo passaporte ao sucesso cu agora moeda também na forbes.
e graças a ele, o teló -e ao pedro - até o gonzagão, mesmo na cova tomou no cu, que o dos brasileiros, segundo o colunista é algo parecido assim mesmo com um fole agora tornado sanfona.
Um comentário:
É chato estar longe do Brasil e ver que, ao invés de consumir a nossa vasta e rica cultura (seja ela popular, erudita, pop, urbana), o pessoal de fora (talvez por estar fora) prefira vasculhar a nossa lixeira cultural. Só me incomoda menos porque O Michel Teló de hoje será substituído por outro produto, depois por outro e outro. Um dia será anônimo outra vez. É como acontece hoje em dia quando ouço o que, para mim, é lambada mas que para qualquer adolescente é Jenifer Lopes.
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