Essa aconteceu de verdade, aqui no nosso país mesmo. Precisando economizar e diante da necessidade de anunciar um evento dirigido a um público específico, o jovem gerente de marketing de um anunciante localizado fora do eixo Rio-SP resolveu ignorar as recomendaçoes de sua agência de publicidade e deixar, afinal, de fora da programaçao de mídia um poderoso veículo.
Alguns dias depois, recebeu um telefonema do diretor regional do tal veículo, questionando-o rispidamente sobre os motivos de ter sido preterido. Os termos usados pelo sujeito caracterizavam uma cobrança e nem de longe pareciam com uma argumentaçao técnica. Educadamente, o gerente de marketing explicou suas razões, tentando contemporizar. Provavelmente nao foi feliz em sua tentativa de colocar panos quentes sobre a questao. Na semana seguinte, soube que o executivo do veículo poderoso estava falando mal de suas qualidades técnicas em reunioes de publicitários, numa retaliaçao covarde que contou com a conivência da sua agência de publicidade. Detalhe - nao estamos falando de fatos ocorridos no passado longínquo. Isso tudo aconteceu no mês passado.
Eu ouvi esse relato diretamente do gerente de marketing envolvido. E fiquei pensando que em pleno século 21, apesar dos discursos falando sobre profissionalismo, inovaçao e comunicaçao integrada, o tripé clássico da propaganda, formado por agências, anunciantes e veículos, ainda é dominado em nosso país por esses últimos, com ampla utilizaçao das armas do incentivo aos amigos e da intimidaçao aos incautos rebeldes.
(sobre o alto preço que paga quem desafia um veículo poderoso, do marinho)
2 comentários:
você não vai falar que pego isso no Blue Bus?
citar o marinho hoje equivale a dizer blue bus(já que o outro morreu). salvo se o júlio me disser o contrário. aliás, as vezes luiz marinho, as vezes do marinho no blue bus. portanto, chega de trela para anônimos.
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