sexta-feira, setembro 21, 2007

meu mba de pensamento estratégico eu fiz na honda


barra da tijuca, rio de janeiro. anos 80. centro de pilotagem defensiva da honda. com uma CB 400 II debaixo dos culhões, e sabedor de que diariamente enfrentaria 40 km de liquidicador até o centro, convinha, já que me meti a andar de grandona, fazer um curso para melhorar minha performance de auto-didata que iniciado numa jawa.

este curso, que provavelmente salvou a minha vida, mudou radicalmente a minha maneira de pensar e produzir propaganda, hoje comunicação estratégica de marca.

o curso além de algumas técnicas de pilotagem - frenagem, curvas, ultrapassagem e até como cair, item que nunca precisei utilizar, diga.se de passagem - basicamente ensinava " a ver à frente ". a não conduzir olhando apenas para a traseira do que está a frente.

isto posto, creio, diz tudo. no momento em que planejamento estrategico já se tornou clichê - todo mundo diz que cursa, faz ou tem, e muita pouca gente pratica, pensa ou faz, daí a quantidade de trombadas e mortes de marcas que se vê ao longo da estrada.

pensar estratégicamente e portanto, mas nem sempre, planejar, é sobretudo tem a capacidade de visualizar a frente. o que significa na prática aumentar as chances de optar pelos caminhos a serem seguidos, em função do tempo(planejamento e ação em si), combustível(verba), performance(estilo de condução do posicionamento) e intinerário(segmento, nicho a ser ocupado). no curso descobri que pilotar com carona pode ser ou não mais arriscado(depende mais dele do que de você) e que a postura defensiva nem sempre quer dizer adotar uma postura de seguir o fluxo ou manter a velocidade baixa.

o que o curso não previu, nisto não ajudou em nada, mas dele não me arrependo ou cobro, já que isso tornou-se aprendizado também, é que um mês depois seria assaltado em botafogo, ficando sem a moto, produzindo um figura ridícula de capacete e mochila no meio do tráfego, mais perdido que um et na são clemente.

a lição tirada é que: você não pode prever tudo, por melhor que seja sua pilotagem defensiva, ou melhor dizendo, o seu planejamento, estratégico ou não. portanto, além de descobrir que tal como algumas motos, certas ações realizadas não podem dar ré, o planejamento não é garantia de um destino certo, infalivel e irretorquível como querem alguns. se assim é feito, não é planejamento, muito menos estratégico, onde o risco, como nas motos, é intrínseco a natureza do veículo.

ainda bem. caso contrário, pilotar e fazer comunicação estrategica de marcas, não dariam esta sensação ímpar, misto de perigo, possibilidade de acerto ou fracasso, que só vive a fundo quem tem munheca para olhar mais a frente não para se acovardar mais sim para seguir,sempre, mais adiante.

(o clássico que ilustra o post hoje também não deixa de ser um guia de planejamento, neste caso sobre valores)

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