pra começo de conversa não sou petista. mas no panorama atual é o caso de dizer: dos males o melhor, invertendo o eixo-sintagmático e político da situação.
o imbróglio do uso presumido da máquina governamental levanta questões interessantes de ordem jurídica, política, moral e éticas, pra não falar das pertinentes ao processo de comunicação publicitária em suas diversas nuances.
se o dura lex sed lex fosse empregado como deveria, provavelmente nenhum candidato a reeleição ou ligado ao partido em governação(seja qual for a sigla) seria elegível. não vamos nos esquecer que temos mais de uma centena de candidatos criminosos denunciados por crimes pra lá de maquinados, concorrendo sob as bênçãos protetoras da lei.
e temos aqui o primeiro dilema moral: em que pesem as comprovadas? utilizações da “máquina”, joão da costa deve a elas a pujança de sua candidatura? candidatura que incomoda porque começou comendo poeira e no meio da corrida devolve a diferença de aceitação como um tufão? tudo indica que não, o que não passaria de um cisco, ante a tempestade de areia que é levantada pelos demais candidatos, incapazes de fazer frente ao joãozinho, menosprezado que foi como aluno que senta ao fundo da sala e que agora mostra-se em primeiro nos testes prévios.
indo mais além, supondo que joão da costa seja eleito, em primeiro ou segundo turno, e que venha a receber sentença negativa em última instância, como fica o embate entre o legal e o legítimo, uma vê que o voto é – ou deveria – ser soberano?
o fato é que observando-se a reação dos demais candidatos, que em nome da democracia e do jogo limpo em seus guias, comerciais e material distribuído, assinaram o atestado mór de fraqueza, que leva a incompetência, que por sua vez leva ao desvio de caráter(da campanha) chegando a torpeza de “bater no ceguinho” orquestradamente pela amplificação de fatos ampla e fartamente noticiados pela imprensa, levando de roldão candidatos a vereadores, o que de certa forma repete o que condenam, em vez de afirmar seus princípios morais elevados e de campanha nos quais não parecem acreditar como provedores de adesão.
mendonça filho, entre eles, é o que mais demonstrou o que é a moral do homem público que inicia-se propositivo e que em desvantagem não se furta a usar métodos gobbelianos. assim, não é surpresa que esteja no dem; um partido que sequer agüenta conviver com a democracia que não seja amputada até no nome. e não é surpresa que seja capaz de tudo para vencer uma eleição fazendo o que está fazendo, já que não tem estatuto para vencê-la pela via do voto conquistado pela coerência da pratica do discurso. já cadoca e raul henry, são a acne purulenta de quem já foi libertário e hoje não é mais.
independentemente do resultado, joão da costa de uma forma simbólica, e quiçá prática, vence esta eleição ao provocar o destampe do verdadeiro discurso de opositores que confirmam que nada mais representam que uma forma de direita mimetizada pelos seus métodos que remontam a donatização das capitanias.
se há males que vem pra bem, bendito juiz. ainda mais se o tiro sair – muito provavelmente pela culatra – engrossado pela pólvora de quem se derrotado terá cometido suicídio político, este sim irrevogável.
Now playing: Scatman John - Quiet Desperation
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