quarta-feira, janeiro 29, 2014

quando a bunda pensa mais que a cabeça

" jovens da chamada classe C, por exemplo, tornaram-se majoritários no mercado de consumo. Em 2013 eles realizaram compras no valor de  quase  R$ 130 bi - R$ 50 bi acima do valor consumido pela juventude dos segmentos A e B (Data Popular).Juntas, as faixas de renda C, D e E reúnem  155 milhões de pessoas, o que faz da demanda popular brasileira, sozinha,  o 16º mercado consumidor do planeta".

mercado emergente à vista, clientes e agências, se coçam mais do que prurido de chanha para faturar o que seja.

nesta hora você saca quem é quem. e , por exemplo, a rasa profundidade do envolvimento das boas almas da propaganda com as causas sociais para além da produção de fantasmas para conseguir um prêminho internacional. o que aliás, é típico de publicitário sub-desenvolvido que, não se engane, é a realidade maior das cabeças do e de nosso mercado.

classe c ascendente , juventude em frenesi de consumo. libido na pressão, tesão pra todo lado. vamos foder adoidado, pensam os jovens. vamos entrar nessa e tirar partido destas fodas para botar pra foder e foder todo mundo, agitam clientes e agências. e o pior é que acabam mesmo fodendo: a concorrência nem tanto, mas a si(imagem de marca) e agência pelo valor(baixo) do trabalho, sem falar da nossa paciência.  

é o que se depreende quando publicitários que estão com a mão no falo do vender, partem para vender camisinhas da maneira mais fodida que pode haver. desperdiçando um leque sem tamanho - também para a criatividade - de oportunidades ao abordar um assunto onde e quando, em vez de objetivar só números, empresas, e publicitários, deixam de agregar valor as suas atividades, sem deixar de vender, óbvio, contribuindo de forma rica para que as bundas e correlatos se mexam com mais propriedade em todos os sentidos. inclusive naquele tão menosprezado da saúde sexual social. mas qual o quê? 

pra vender camisinhas então você cai na esparrela do oportunismo que alguém vende como oportunidade. ai faz uma versão do show das poderosas, com uma letra que em matéria de gozo não chega nem à cuspida, com rimas cu, onde vemos a "poderosa" por fim dar vivas à pegação pela pegação e onde a sua cara cumpre a desdita da dita cuja publicidade cu, ou bunda com queiram.

não se trata de moralismo exacerbado. mas caralho! que oportunidade desperdiçada para dar um toque que vale muitas e muitas vidas, de forma bem humorada, com fetiches ou sem fetiches, com o sensual ou não sensual, e até com apelos eróticos, sem abrir mão da estética que outrora era, no mínimo, punhetação de qualquer publicitário que se prezasse. e tudo isso, of course , de forma não didática. é só roçar no physique du rôle, o sense of humor, o aplomb, o savoir fair, entre outros meneios que não a grossura sem tamanho do ato da venda na base da foda fodida. 

se é inevitável que a moçada cada vez mais abonada vá transar adoidado, que se tire partido disto em prol de ações educativas que só aumentam retorno a investimentos em prol da vida e da felicidade(mesmo a fulgaz com um hit)  - e que necessariamente não tem de ser, repito didaticamente chatas - em vez de simplesmente ter o oportunismo de pegar carona num bonde de curto percurso e nem por isso menos perigoso. 

há espaço sim para fazer propaganda de camisinha de maneira lúdica, engraçada, criativa, positiva até mesmo usando a larissa. basta pensar e agir, como diz a velha tirada(sem graça), com a cabeça de cima e não com a de baixo.

afinal, por mais raso que sejam os níveis alcançados, o que é mais poderoso e o que define a atividade publicitária? a cabeça ou a bunda?

nada mais bunda, inclusive a própria
in tempo: viva a pegação é bordão de bundão mesmo. seria por isso que não deu outra?
http://www.youtube.com/watch?v=qMuR_Ytevnk

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