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Agência analisou o movimento e seu impacto para as marcas e a comunicação
O assunto mais comentado deste
início de ano na imprensa e por boa
parte da população de São Paulo
despertou também o interesse do
mercado publicitário. Para tentar compreender quais são os reais objetivos e intenções dos
jovens que têm protagonizado os “rolezinhos” nos shoppings da capital paulista, a F.biz tentou
mapear o fenômeno sob a perspectiva do comportamento, das marcas e da comunicação.
Segundo a agência, a proposta não foi tirar conclusões definitivas acerca do movimento dos
jovens paulistanos, mas sim de fazer um retrato diferente dos rolezinhos, a fim de compartilhar
com os clientes, marcas e parceiros da F.biz os tópicos que, de alguma forma, possam relacionar
os acontecimentos ao universo da comunicação e dos anunciantes. Algumas pessoas da equipe
da agência acompanharam os rolezinhos e, com base nessa experiência e na cobertura da
imprensa acerca do assunto, desenvolveram algumas premissas.
Os resultados da pesquisa será postado na fanpage da F.biz no Facebook. Para retratar os
rolezinhos, a agência criou dez diferentes cards. Veja:
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"Por oferecer um ambiente seguro de lazer, esse espaço de convívio sempre foi eleito pelos jovens como um ponto de encontro. Até aí, o rolezinho não traz nada de novo"
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"A internet é uma importante ferramenta para o rolezinho, tanto para juntar pessoas quanto para divulgar o ritmo que faz a cabeça dos jovens da periferia paulistana: o funk ostentação. Nesse cenário, MCs e celebridades da internet passam a promover os encontros de fãs, dando origem aos rolezinhos de grandes proporções."
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"Em dezembro de 2013, o encontro de jovens atingiu seu possível ápice e virou pauta na mídia mundial. A ação da Polícia Militar para dispersar os 6.000 participantes concentrados no Shopping Metrô Itaquera colocou o assunto na televisão, nos jornais e na mesa dos administradores desses estabelecimentos comerciais"
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"O Shopping JK Iguatemi obteve, em janeiro de 2014, uma liminar na justiça para proibir um rolezinho organizado no Facebook. A partir daí, estabelecimentos em outras cidades do Brasil também obtiveram a mesma autorização judicial. Compreendendo a decisão dos administradores dos shoppings como uma atitude de preconceito e segregação racial, entidades e grupos sociais organizaram manifestações como resposta"
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"Usados para registrar o encontro com ídolos e amigos, máquinas fotográficas e smartphones são itens obrigatórios. O conteúdo por eles gerado alimenta os perfis dos frequentadores nas redes sociais, reforçando seu estilo de vida e consumo. Hiperconectados, os jovens frequentadores investem tempo em redes que proporcionam melhor impacto visual (Instagram) e maior visibilidade (Facebook e YouTube). Afinal, números grandiosos de likes, amigos e visualizações são sinônimo de prestígio"
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"O funk ostentação faz referência a bens de consumo relacionados à aparência e ao estilo de seus artistas. Roupas de grife, bebidas finas e carros de luxo são usados nas letras para criar uma imagem de poder. Influenciado por esse cenário, o rolezinho também faz parte do fenômeno da ostentação. Nele, é preciso vestir o que há de melhor para atrair olhares e provocar inveja nos demais. Na busca pelo status, os meninos são os mais empenhados em ostentar"
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"O desejo desses consumidores se volta para os produtos reconhecidamente caros e cujos modelos são facilmente identificáveis, seja por suas cores vibrantes ou logomarcas grandes, por exemplo. O foco desse tipo de consumo está no valor do produto em si, e não em sua funcionalidade"
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"O consumo é tão intrínseco ao comportamento dos jovens que os organizadores dos rolezinhos adotaram o espaço como primeira opção para a realização dos eventos. Nesse momento, o local é tanto um ambiente de consumo quanto uma vitrine para a autoexpressão desse grupo"
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"Esses jovens têm dinheiro disponível para gastar com aparência e beleza e estão dispostos a consumir sem pensar no amanhã. Salários inteiros são utilizados em uma compra, que pode ser comparada a valores gastos pela classe A em um dia no shopping. Parcelado ou à vista, o importante é adquirir o produto original das marcas mais cobiçadas"
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"Contrariando a lógica de target ou marketing, marcas desenvolvidas com o ideal de luxo dialogam − e muito bem − com a galera do rolezinho. Engana-se quem acha que elas são só para a classe A: a classe emergente também é um importante consumidor"
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As 13 marcas e produtos mais usados e amados pela galera do rolezinho
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