"matar um índio para pegar uma índia"
Durante a construção da Transamazônica, alguns indígenas trabalharam como escravos para a abertura da estrada. Foi nessa mesma época que os Tenharim aprenderam como o homem branco pode ser violento: “Aí quem queria pegar uma mulher tinha de matar um índio e pegar uma índia”, conta Augustinho Tenharim. O resultado? Uma aldeia quase dizimada: de 10 mil, restaram pouco mais de 200.
Há tempos a terra na região vem sendo ocupada de maneira irregular e a grilagem é prática comum. Após a CPI da Grilagem, realizada em 2001, Canutama, vizinha de Porto Velho, por onde se chega de carro a Humaitá, foram cancelados os registros de 8,8 milhões de hectares, o que corresponde a 368% da área do município, tamanha era a ilegalidade.
Soma-se a esse contexto, a relação estreita entre os mais endinheirados (madeireiros, pecuaristas, comerciantes) com a política da região. O prefeito de Humaitá, Dedei Lôbo (PMDB), por exemplo, declarou bens que lhe concediam um enriquecimento de 729% entre 2008 e 2012, quando candidatou-se e foi reeleito.
Leia a segunda parte da reportagem sobre o conflito em Humaitá e entenda melhor o que está em disputa:http://www.apublica.org/2014/01/matar-um-indio-para-pegar-uma-india/
p.s. apesar do link se referir a segunda parte da matéria, através dele pode ler a matéria completa. a matéria não é aconselhável a você, publicitário, filho de madereiro, sojeiro, grileiro, "fazendeiro", ou diretor de marketing de empresas direta ou indiretamente envolvidas e que plantam outros fatos à questão. se for parente da katia abreu então, minha nossa, vou correr que lá vem capangas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário