quinta-feira, junho 28, 2007

menos digital e mais "analógico" para melhorar a auto-estima


Premiado no Brasil e no exterior, eleito por duas vezes o “publicitário do século”, Washington Olivetto, fundador e presidente da W/Brasil, agência que atua apenas com empresas privadas, dispensando por princípio a participação em concorrências públicas, apresentou um panorama da publicidade brasileira a partir dos anos setenta, período em que começou a ser reconhecida internacionalmente.

O ano de 1974 marcou a conquista do primeiro leão de ouro de publicidade brasileira com uma campanha feita para o Conselho Nacional de Propaganda contra os anúncios de emprego que declaradamente discriminavam profissionais com mais de quarenta anos de idade.

Em 1978 surgiu a campanha da palha de aço Bom Bril, com o garoto-propaganda Carlos Moreno, um ícone na história da publicidade, presente no Guiness Book pelo número de diferentes peças veiculadas.

Os anos oitenta assinalaram a fase mais exuberante de nossa comunicação. Algumas campanhas antológicas e seus slogans: Guaraná Taí, “Gostoso como o primeiro beijo”; leite de alfazema Phebo, “Desperta o prazer de ser mulher”; e posto São Paulo, “A primeira rede em simpatia”. Neste período emplacamos os dois únicos comerciais em língua não-inglesa entre os cem melhores divulgados no livro “The 100 Best TV Commercials”: “Primeiro Sutiã” (Valisère) e “Hitler” (Folha de S. Paulo).

O advento dos anos noventa trouxe o crescimento da publicidade na mídia impressa e digital. Mas deixou claro uma das máximas de Olivetto: “Não importa o meio, mas a idéia”.

A virada do século denunciou uma baixa auto-estima na publicidade do Brasil e do mundo. A forma ganhou mais evidência que o conteúdo, prejudicando a qualidade da propaganda. Muita edição, grandes trabalhos de produção gráfica e de som, muitas vezes em detrimento da simplicidade, um dos melhores ingredientes da boa publicidade.


O Brasil entrou definitivamente na rota das grandes contas globalizadas trazendo-nos o desafio de sermos mais competitivos, criando campanhas que resistam ao tempo, sejam fascinantes, encantadoras e capazes de gerar resultados para os anunciantes.


"a marca da publicidade brasileira", um resumo da palestra do washington olivetto no word management 2007 pelo tom coelho.

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