cê já comprou um pacote de palha de aço? e quando abriu encontrou algum enferrujado? é a sensação que tenho ao assistir o comercial da volta do bom-bril.
não bastasse a desastrada intervenção do garôto bom-bril, num comercial desgraçado da fininvest, onde não se sabe se propositadamente ou não, não abandonou os cacoetes do personagem, a volta do carlos moreno suscita algumas questões:
a primeira é que o a criação é sempre creditada ao washington olivetto, sem nunca se falar do francesc petit, salvo em alguma pesquisa fuçada, o que serve de alerta para você que anda criando alguma coisa com alguém mais famoso ou exposto a midia que você(e cá pra nós tem uns criativos que são grand-prix nisso).
outra é da posse do personagem. a guarda do garoto pelo washington. é uma questão controversa, dizem, uma vez que o a criação sempre pertence a agência, neste caso a dpz. e uma das muitas mágoas que estremeceram a relação. acordos houveram?
ainda há a velha questão, recurso criativo esvaziado ou não? continuidade por comodidade ou pela eficácia(de outrora) da campanha, que junto com a de cigarrilhas y e cerveja x, tem uma história de longevidade sem igual?
no bluebus, um leitor apontou que estranhamente, numa campanha tão emocional, o garoto não tocava uma vez sequer na embalagem, que estava intocável naquele posicionamento leiaute de gerente de marketing com mba. washington, com a ironia peculiar aos que tem a mídia a favor, respondeu que estariam estudando cenas mais calientes, quem sabe até com um selinho.
o que a mim incomoda, é que sendo um comercial de copy, o texto postulado à interpretação é quase foto legenda. absurdamente fraco, em nada criativo ou com gags que justificassem(nunca explique um anúncio, o consumidor não precisa e seus inimigos não vão acreditar, júlio ribeiro, fazer acontecer, mais uma vez citado.) afinal, se você usa um tema musical cantado, ainda mais como o da isolda, cuja letra bastante significativa ou acrescenta, é desastrado remendadá-la por palavras sem efeito publicitário, principalmente com um acting bastante inferior a tudo que foi feito anteriormente.
Outro tema seria mais apropriado para a volta ? “eu voltei agora pra ficar, porque aqui é o meu lugar?” , mais impositivo do que uma paixão que foi a melhor, que foi tudo mais passou , e só lembranças deixou ? ou a volta deveria ser uma campanha em sí, com dando tempos a reincursão.
quem não souber esquecer o primeiro amor, não conhecerá o ultimo, já diziam quatro poetas russos. aconteceria o mesmo com o garôto bom-bril?
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