domingo, abril 19, 2009

sacrificado em praça pública, que ainda por cima levava o seu nome

Por que algumas marcas são reverenciadas por legiões de fiéis? Como o nome de um país se torna famoso por sua culinária e seus vinhos? O que faz uma marca de refrigerante permanecer jovem depois de cem anos no mercado?


Gestão da Marca ou Branding é uma disciplina acadêmica nova, mas seus fundamentos sempre foram praticados. Ícones como Harley Davidson ou Coca-cola, Wikipedia ou Greenpeace, exercem impacto imediato em nossas mentes, são logomarcas tatuadas na cabeça de milhões de pessoas!

O valor deste reconhecimento ou brand awareness é incomparável com lojas de tijolo e cimento ou outros assets off-line. A novidade, hoje, é a organização desta matéria de forma sistemática, sendo incluída em bons cursos de graduação em Marketing, Design e Administração de Empresas, ou como especialização.

Um ponto que chama atenção é a franca oposição com grande parte das práticas tradicionais da publicidade, são visões bem diferentes e pouco entendidas.

A boa notícia é que: Branding is Free!* Não custa nada! E o tempo de implantação pode ser, assim, imediato!

Como em qualquer relacionamento entre pessoas, pode ser amor à primeira vista tipo: I-Phone e Twitter ou pode durar gerações como Intel ou a cidade de Paris.

Uma Marca adquire valor e conquista seu espaço na medida que se posiciona com clareza, diz a que veio, e assume esta identidade, tem um posicionamento firme ao longo do tempo e suas ações reforçam esta visão.

O oposto disto é o imediatismo, a promoção vazia, a repetição, a interrupção, que empurra preço baixo e crediário, sempre com seus benefícios mágicos, tudo feito para se vender uma única vez, mas, sem entregar valor real o cliente não volta, não se cria um ciclo produtivo positivo, são só mais coisas ou serviços empurrados goela abaixo do mercado.

Empresas com produtos ou serviços de valor precisam se destacar em seu ramo, devem ser lembradas pelos clientes, e o Branding bem implantado pode ser o meio de conquistar este lugar merecido, é a premiação do SER no lugar de apenas APARECER.

* O sucesso na implantação da Gestão de Marcas deve muito aos conceitos e práticas da Gestão da Qualidade de Phillip Crosby, do "Quality is Free".

(branding is free, do luiz pryzant - imasters)

e por falar em branding, quanto você acha que custaria fazer de um logradouro público, com nome centenário, o nome da sua marca/produto? eu não estou falando daquelas ações de aparecer, como fazem algumas agências da cidade - a especialidade delas é mesmo o auto-aparecimento, e não o acontecimento ou o ser dos clientes que atendem - que patrocinam a manutenção de praças sem a menor importância, junto daquela que ganhou o nome de um produto pela boca do povo que refletiu o momento histórico da denominação em algum momento que consciente ou inconscientemente batizou o logradouro.

estou falando da praça da república que para sempre?, agora não se sabe mais, será a pracinha(de plus ainda o diminutivo carinhoso) do diário. quanto isto custaria para se fazer à vera com qualquer marca desta cidade? jogado fora,conquistado que foi de "graça", pela graça e vênia de toda uma cidade, para não dizer de um estado.


bom, para os brand strategists do diário, isso não deve valer nada, pois abandonaram à sorte a sede que é um marco-espelho do seu produto incrustado no emocional sensorial,geográfico e porque não dizer, racional orientativo da cidade. vão dizer que operacionalmente a saída foi determinada por circunstâncias que na verdade revelam apenas a mentalidade do capitalismo burro de gestão de custos e operação, que nesta hora, para um veículo que diz praticar o marketing moderno, vai para as cucuias. troca da sede do diário na pracinha do diário pelas instalações da cruz cabugá foi a troca da "cabeça de praia" pela guarita da modorra, onde os novos recrutas vigiam o general de pijama fazendo xixi no próprio.

qual o custo maior? manter a sede do diário na pracinha, como guardião do pedaço e de pedaço e um todo de séculos,uma redação de projetos especiais ou perdê-la em nome da lucratividade bolha de sabão habitando uma sede sem marca e com nome de cruz?

a história das marcas está cheia delas em cemitérios(apesar de toda verba gasta e ou economias feitas) e muito poucas, ou quase nenhuma, erguida em praça pública pela mente apaixonada e reverente dos consumidores de maneira free.

esse valor diário é o valor do seculae seculorum que os gestores do diário trocaram por tostões, ou pior ainda, feijões.

Now playing: suba - antroprófagos via FoxyTunes



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