"Serviços! Talentos! Mérito! Bah! Entrai para um grupinho!" ...(telêmaco).
durante muito tempo fomos embalados, e porque não dizer formatados, pelo positivismo contido no claim do prêmio profissionais do ano.
a afirmativa valorativa de que nada substitui o talento era o alento no qual nos ancorávamos, ou escorávamos, quando paulatinamente nos embrenhávamos nos subterrâneos, nem sempre lustrosos das prêmiações e da criação dos míticos nomes do mercado, que vez em quando costumavam desabar no túnel do tempo. tempo que invariavelmente revela, a quem o atravessa, de que ele é mesmo construído sem escoras, por mais que se tente de um jeito artificial ou de outro chegar à luz no seu fim ou auge.
o amadurecimento ou o tempo de travessia costuma não raro apodrecer em vez de aquilatar os enfant prodige que se imaginam vintage impunes às praticas adotadas para chegar aos holofotes por toda sorte de subterfúgios criativos, ou melhor dizendo muito pouco criativos, o que já é constatação de marca ao longo desta década.
muita estrada, muito tempo, muita porteira e muito túnel já foram passados até chegarmos ao tempo twittado que vivemos onde as novelas dos prêmios – e elas e eles próprios – apresentam comprometidos sinais de desgastes. enquadra-se neste caso, por si só desgastado, o comercial que conclama à premiação deste ano. de conceito visual pífio, baseado que está num conceito profissional que é um verdadeiro desserviço a alquebrada conceituação da atividade – publicitário não pensa em outra coisa que não seja prêmio, neste caso o profissionais do ano – o que, verdade ou não, é justamente a tour de force, ou uma delas, do enorme desgaste da imagem que diga-se de passagem nós mesmos criamos frente aos clientes: os sujeitinhos dandies, e em nada responsáveis, perdoem-me o reforço semi-pleonástico, que só pensam para prêmio, incapazes que são de resolver problemas de caixa, com sua vocação notória e irrefutável para a criação de factótuns deles para eles mesmos- é que publicitário adora criar publicidade para publicitários. principalmente para mostrar aos desafetos que eles sim são os fodões do pedaço, o que até não seria um mal, se mal não o fossem tais criações, principalmente quando totalmente desconexas a realidade dos problemas que não só não solucionam, quando não só os fazem piorar. assim como pioraram o valor de mercado das idéias, que um dia vendemos com exorbitância de preço e que agora, como troco, pagamos ainda mais com ágio para trabalhar, nem que por isso também seja também um trabalho de mentirinha.
não vai faltará quem argumente,do silogismo ao arrière-pensée, de que a mensagem é alegórica e especial e temporariamente localizada, portanto privada as conexões com a realidade “idealizada “ de que publicitário só trabalha pensando em prêmio - “magina” - principalmente os da geração bocó-banner, o que a torna ainda mais estranha, e ainda mais ruim e grave conquanto a decapitação ou desconstrução, como queiram, dos sintagmas visuais construídos com base numa semiótica que: muito mais que míope, revela-se estupidamente caolha a realidade que não convém levantar-se, pois pior que a queda dos referenciais conceituais qualitativos da produção é o coice de um prêmio, onde até o talento para prover a sua comunicação foi substituído pelo nada que ao tudo substitui também sem o menor desalento.
Now playing: gnr - tons sem tons via FoxyTunes
2 comentários:
Para ficar mais bebado que o Caetano e mais non-sense, basta acabar com um belo "ou não".
Que texto merda, Celso. É melhor dar mais tempo entre um post e outro para ver se consegue escrever algo melhor.
Você já tomou o remedinho hoje, meu filho?
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