2. Tão logo a ABAP anunciou a realização do IV Congresso Brasileiro de Propaganda, meu amigo Nelson Cadenas se manifestou através de artigo intitulado IV Congresso Mesmo?
Entre outras coisas, afirma:
“Não concordo com o nome... não há o menor sentido em caracterizar o que venha a ser o evento do próximo ano como continuidade de um discurso e um modelo que se esgotou definitivamente naqueles idos da década de 70. É como se estivéssemos dizendo às novas gerações que somos tão incompetentes que precisamos de três décadas para nos reunir de novo, que nada de relevante aconteceu nesse tempo todo que justifica-se discutir o mercado.”
Se você tem me dado o prazer de ler as mal traçadas que escrevo para este site, sabe o que eu penso a respeito. Ou melhor: que na minha opinião, o Nelsinho está coberto de razão. Em mais de um artigo propus que fizéssemos não um Congresso de Publicidade, mas um Congresso de Comunicação de marketing.
Porque o negócio é muito mais embaixo.
3. Precisamos, logo de cara, definir o que entendemos por publicidade. É essa comunicação de massa, tradicionalmente praticada nas agências? É dessa que o Congresso vai tratar?
Ou vamos entender a publicidade em um sentido mais amplo, capaz de envolver todas as ferramentas da comunicação de marketing, e por conseqüência as empresas onde elas são usadas e o pessoal que as usa?
Percebeu a diferença?
4. Claro que a ABAP está pensando nas associadas dela. Nas agências especializadas na comunicação de massa. Ela não esconde isso de ninguém. Há alguns anos aqui em Floripa, o presidente dessa entidade, agora presidente também do Congresso, repetiu, pra quem quisesse ouvir, esse conceito.
Não por outra razão, ele quer que o conclave discuta remuneração... das agências de publicidade.
5. Então, se é do jeito que ele prega, o designer que cria marcas, embalagens, rótulos; o profissional especializado em marketing direto ou em promoção é o que?
Párea da publicidade?
6. Convido você a fazer uma reflexão sobre isso, o assunto é sério e merece.
(trecho de "a raiz do problema", do eloy simões, no acontecendo aqui)
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