domingo, fevereiro 05, 2012

tirem o celular do cu ou cacete dos celulares*



o paraibano celso furtado, enfim um ministro da economia que não furtava ninguém, nem a sí próprio, de dizer o que era realmente necessário, afirmou certa vez que o brasileiro tenta compensar o complexo de sub tentando ou querendo ser super - já viu? por exemplo, os aumentativos nos nomes dos nossos estádios? no nordeste então é uma graça. e na sua paraíba? que ainda tem aquela excrescência de ginásio chamada de ronaldão,contígua ao almeidão? porca miséria! é mesmo muito ão pra pouco chão de uma paraiba(joão pessoa)que pelo preço dos imóveis clava a parescença com florianópolis, mas lugar de cancão onde governantes cujos se autoclassificaram gigantes através destes aumentativos ginasiais desqualificados.


pois bem, a nossa superlatividade está anunciada e associada hoje ao numero de celulares no país(o celular é o esmegma do nosso subdesenvolvimento). são mais de duzentos e vinte milhões, ou quase. portanto, há mais celulares do que brasileiros. e se a coisa vai do jeito que desanda, vão ser mais celulares chineses do que brasileiros. e aí o esmegma, que já toca da geral a cobertura vai melar de vez a boca, os ouvidos, os olhos e os cus dos brasileiros. afinal, a maioria carrega o celular no bolso de trás, uma espécie de fetiche para os meninos e meninas. ou seja: o celular substituiu a "coca-cola" nas braguilhas masculinas e nos cózes femininos. se a radiação os faz brocha é outro viral.


deixando o esmega de lado, ou melhor ficando ao lado dele, passemos ao tópico de hoje. alardeamos então o número, a quantidade(qualidade não há em porra nenhuma, seja aparelho, serviço, conexão e o caralho a quatro) o que configuraria a nossa entrada no mundo digital da telefonia móvel, onde o 3G, por exemplo, na internet, dá saudades da net discada.


mas isso ainda não é o cerne da questão. a questão é: se há mais celulares do que brasileiros, a ejaculação precoce da nossa digitalidade não é suficiente para que o cidadão brasileiro, por exemplo, seja atendido nos 0800, caso não disponha de um fixo. seja nas concessionárias de água, luz, ou secretárias da fazenda, para não descer o caudatório sem fim das siglas que compôem a burocracia democrata no brasil, que por isso mesmo é restritiva em quase tudo que se vê ou ouve, melhor dizendo, fala, tornando-se portanto um problema da fala que não tem recurso só discurso de mal ouvidos.


se acaso o portentado possuidor de celular, seja pré ou pós, vai preencher um formulário de crédito em uma loja - até mesmo se contratar um serviço de 3G, por exemplo - vão lhe pedir um número de fixo, o que não deixa de ser uma estocada no piloro da nossa vã idade digital( o sujeito tem um celular da claro, por exemplo mas é pedido um fixo, pois celular não vale. bom, muito bom isso, vai ser conectado assim na casa do cacete, não é mesmo?).


se necessita, por exemplo saber porque está faltando água ou energia na sua rua ou bairro, e ligar de um celular, fodeu! aquela voz de tia no cio vai lhe dizer que o serviço só está disponível para números fixos ou coisa que o valha.  


então de que vale ter-mos duzentos e cacetada de mihões de celulares? se eles só servem para você metê-los no cu? tá bom, tá bom, vou manerar os "maneirismos", no bolso da calça de trás, e não cumprem a função de prover comunicação móvel para cima, para baixo e para os lados, num mundo digital onde a pressa, a imediaticidade de perguntas e respostas é quase tão necessária quanto o ar que se respira? eis outra piada de mal-assombro que as teles fazem conosco, e que é cobrada, tantas como as outras de baixa qualidade que são oferecidas.( aliás se o rafinha é processado por piadas de "mau gosto", porque as teles não?)


é de se imaginar então que o ministério das telecomunicações comunga com esta operação de compra casada, sim. afinal, se você tem um celular e precisa de um fixo para isso e para aquilo, serviço que pode ser feito pelo celular, e está sendo obrigado a comprar dois serviços, quando na verdade não precisa de um deles, pois ainda por cima a minutagem para fixo vem de brinde nos celulares(será por isso?) numa quantidade tal que deixa qualquer maroca papudaça mui preocupada em arranjar assunto para gastar tantos minutos à borla.


já os serviços de internet deveriam se chamar de serviços de telefonia fixa vip(very important pato). afinal, eu quero comprar internet e não uma linha fixa com um pacote de 11 mil minutos para falar o que? com quem? se eu tenho celular e facebook,twitter, e tudo o mais que me é anunciado como upa-upa! cavalinho da internet? como é que eu vou ser digital com um peso analogico destes? se para ter internet tenho de ter um fixo. só mesmo em país subdesenvolvido metido a super(nos preços cobrados).

mas aí ,sim, você diria: -  se não quer telefone associado ao serviço de internet, compre uma ligação 3G. sim, aquela que diz que a velocidade é de 1 giga, mas que só lhe assegura 10% da velocidade contratada, e que o tempo todo arrega para a seara do 2G, a 1% e olhe lá, isto quando não fica parada no engarrafamento de clientes demais suporte de menos- tal como em nossas cidades -  o que só serve para atiçar as mensagens do firefox ou google, por exemplo, a nos sacanear com o texto do " achamos que você está em uma conexão lenta por esta razão recomendamos " e aí nos convida a ir para o básico da nossa realidade chinfrim que é a de internet sub no serviço e, repetindo, super-super no preço. haja bunda larga, lordose, escoliose, bico de papagaio, trombose, flebite, e saco varicocélico.


200 milhões de aparelhos vendidos e coisa e tal. não vou falar dos problemas de entrega para quem compra pela internet, de assistência para quem compra nas insinuantes da sangalo, dos magazines da luiza, etc,etc, da espera de jó para entrar no labirinto das centrais de atendimento, e de tudo o mais que certamente, você como eu, que fazemos parte destes 200 milhões de brasileiros, não só metidos mas, tornados bestas pelas bestialização de ações de marketing que nos leva ao consumo do que não queremos, vendidos por quem nem isto pode ou quer oferecer. é o virtual tal e qual o real: nada funciona como deveria. a merda, como sempre, tresanda na terra de ninguém. no país dos zés alçados a plataforma móvel, na qual andam de salto alto mas logo apeiam tamanho o calo de pedregulhos na linha - que antes fosse a velocidade de jeg e não de tartarugas, já que é para bater nos cascos mesmo.


onde então a fiscalização, onde o serviço prometido e o tal respeito ao consumidor, onde o ministério público, o conar, o procom, o ministro(este não se sabe se ainda vai ou está lá)?( é parecença? ou só sabem sabem dar entrevistas pra ficar bem nas redes? não tiram os seus cus rosas, pretos, roxos ou nem por isso, da cadeira, assumindo o papel passivo de saber o que acontece, deixando o  consumidor ser empalado, e num item que também lhes toca, uma vez também vitimados já que estão na lista dos 200 milhões? ou não?-  e não me venham falar em soluções de conciliação. conciliação é o celular da sua mãe entalado bem perto do lugar onde você nasceu. aliás, é por conta de conciliação que somos tratados como vacas de presépio).


por isso não vou lhe dizer onde está o respeito, nem aonde estão os desrespeitados portadores de supositórios digitais, para não me acusarem de chulo ao atacado. mas se não agora, já já você vai sentir alguma coisa, que pensa você ser o celular, vibrando no bolso do seu cós. mas lamento informar que a vibração é um sinal também de outra ligação terra: aquela que certamente pela alegria de contactar mais um orifício por onde entra a onda e sai a grana, afanada pelo estupro que é praticado contra o consumidor, a cada toque retal que levamos de forma analógica, por um serviço que se diz digital e móvel mas que é viciado, paradão mesmo num fixo, o que não deixa, ao fim e ao cabo, de ser uma fixação só. 

*originalmente publicado no elixirparegorico.blogspot.com





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