não contavam com minha astúcia;) |
quando a função se vicia na forma do anúncio de lançamento de página dupla - ninjutsu não tem como característica primal a quase invisibilidade, a sutileza da violência letal no ataque do sub-reptício nas últimas anunciado? - já está tudo dito. mas como quase ninguém presta atenção nisto, todo mundo vestindo a fantasia do ave ninja lambe-cu, o que não é coincidência por ser carnaval, vamos nós dar um empy nesta pulhice toda, porque eu nunca vi tanto shaken jogado fora.
a patetada se torna patente quando ao examinar forma e conteúdo do lançamento de uma agência potentada descobre-se de fora o fiofó. são contradições de fazer qualquer ninja de subúrbio se cagar de rir. contradições estas, que revelam-se pelo próprio discurso trabalhado justamente no cerne daquilo tratado no quantitativo quando deveria ser tour de force o qualitativo como diferencial, já que no fundo é o que interessa numa agência: o tamanho da idéia e não da agência. aliás não se deveria confundir nunca uma grande agência com uma agência grande, muito embora o negócio esteja hoje formatado pelo tamanho: ou seja, não importa se o pau não sobe. ele tem de ser é grande. e a maioria das agências tem tamanho de pau tão grande que não exibe libido criativa para o serviço. valoriza-se o visual(instalações,tamanho da equipe, premiações de numerário)coisa do imaginário brasileiro e quase nunca a performance. é assim mesmo?. parece, já foi decretada a morte - no anúncio - dos cavaleiros da ordem do pau pequeno. textualmente afirmam que tamanho só não é documento para quem não tem(sic!). então vejamos, enquanto eu corro pra pegar a fita-métrica.
um anúncio de página dupla que já se rasga ao veicular num veículo de massa um conteúdo que não interessa a mais de uma duzia e meia de marcas, vá lá de empresas, com os quais, pode-se falar através de outros medias, ainda mais sendo" tão treinada e diferenciada", mesmo convencionais ou não. o velho custo por mil ainda vale. ao menos para se deduzir que é desperdício falar pros seu tinocozinhos do corrego do abacaxi - e quantos tantos mais, já que a agência se proclama do nordeste,deve ter se anunciado- por este meio? noutras praças ou não? - que a black ninja vem ai( e ainda corre o risco de ele pensar que é mais um título de filme pornô - e é mesmo) até porque ele não é alvo dos ninjas. afinal tinocozinhos não são opinions makers para este negócio, e certamente não vai contribuir para o share of heart do ninja. mas não vamos verticalizar. presumivelmente, o alvo não vai além da demonstração de poderio(uns chamam a isto mídia política) e olha aí o tal pau grande que não sobe, porque o anúncio é velho, quadrado, igual a duzias que já foram feitos, e não traz nada de novo além das mentiras(sinceras?) de sempre. de novo, sublinhamos, anúncio de página dupla para ninjas? nem se fosse a agência do hulk- tanto o verde como o do narigão que comeu aquela pinta de perna - teria uma certa analogia(olha o tamanho de novo)que, se criativo fosse, não deveria ficar só no tamanho, nem no rasgado splash(aquela coisa meteu o nariz, inchou e rebentou o jornal, coisas manés do tipo).
o título bate - de novo - no tamanho. fala-se numa agência no nordeste do tamanho de um novo brasil. há um novo brasil - eu escuto isto desde menino na década de 60 - mas vá lá que seja. depois monta-se uma inverdade econômica: a de que pernambuco cresce acima da média nacional e o brasil, acima da média dos países. relativizar os números sempre foi uma arma ninja? dos economistas. afinal, existem diversas variáveis para se medir o crescimento, tanto a favor como contra, de modo que se possa apresentar resultados com botox. ninja usa botox?
o segundo parágrafo sustenta a apologia do tamanho. maior e ainda mais ninja( daqui a pouco os gennin quedam-se lutadores de sumô) informando a união da rga e mci duas grandes agencias(na verdade agencias grandes, e isso já com uma certa licença decimal) que cresciam acima da média, que se tornaram ninjas black feitas por gente que não se contenta com pouco. eu, findo o parágrafo, já levantei as mãos(e esvaziei os bolsos).
depois, novamente, segue-se o maior e mais criativa. tenham dó. pode se dizer com justiça de que as agências, agora ninjas, desenvolviam um grande trabalho de bastidores, tinham e tem um grande lobby político -e familiar- que lhes permitiu abocanhar sem maiores estratégias diferenciadas contas ditas polpudas e coisa e tal. agora criativas, refresquem-me a memória, de qual campanha por elas assinadas tornou-se assim-assim um bordão popular por sua anunciada criatividade? aliás em recife, ninguém,ninja,capoeira ou passista tesourado, conseguiu fazer mais bordões do que um certo carol, que nem o mais chic das alices conseguiu. da mci e rca se ouviu falar mais das sedes - e durante um certo tempo, no caso da mci, dos salários. agora criatividade nasceram e foram embora devendo. só para dar um exemplo recente,que nem é dos melhores, quando de seus primóridos, a mart-pet, fez mais pela criatividade do que elas não fizeram uma pela outra e, duvido muito, farão agora.
de novo o maior, e a velha promessa do maior envolvimento . alguém tem que dizer a quem faz texto de anúncio de agência que é preciso um certo conhecimento do negócio(que não tem a ver com tamanho) para dizer a mesma coisa que todas dizem desde o começo dos tempos, de forma a parecer novo e credível. sabe-se - e os clientes mais do que ninguém - que estruturas muito grandes o que menos fazem é envolver-se por razões óbvias para não dizer logísticas. o "paugrande" atrai muitas amantes e como ele não sobe o resultado é canhestro. aliás, eis o grande problema do crescimento em hot-shops que logo partem para o atacado tacanho e abandonam o envolvimento emocional com as contas que lhe permitiram crescer junto com a criatividade, criatividade que agora passa a ser empregada apenas como discurso para engrupar os clientes. são os tais pipocos do trovão.
o parágrafo final, não podia deixar de falar em tamanho. é maior e ainda mais conectada. e de novo o problema do texto velho. iniciar um texto sobre conectividade falando que jovem é outro papo, é um papo que de tão usado - e velho - não conecta mais. escrever que modelos que funcionavam 30,10,2 anos atrás já não dão o mesmo resultado, é tão rasteiro e déjà-vu que levantam-se as dúvidas se estes ninjas não estão no anúncio errado. ou, se com um empaco destes conseguem chegar ao telhado(ninjas, você sabe, isso é velho também, adora entrar telhado adentro). não existe uma agência hoje sequer - basta passar meia horita vasculhando sites, que não fale que contam com equipes de planejamento, pesquisa e estratégia(alguns chamam de central de inteligência - o resto da agência deve ser burra, presume-se) e que contam com profissionais treinados para utilizar armas digitais de guerrilha e abordagens não-convencionais. lembrem-se que sem o epíteto digital isso já foi uma praga durante e após a temporada de verão do al ries,jack trout, jay conrado robinson e outros generais de causas próprias. portanto, são modelos sim, de senão 30,10 anos, perto disto. e muito menos pode se considerar que a referencia digital as torna diferentes e pós-modernas em atuação proposta. sem esquecer que há uma promessa de maiores resultados com menores recursos - fazendo anúncios de página dupla assim? -
aliás, uma grande verdade permanece escondida todo o tempo de modo a mistificar o domínio do universo digital por algumas agências que se querem diferentes e antenadas,y,geeks e nerds pela juventude que nelas trabalha e para quem dizem querer trabalhar, na procura de supervalorizar a sua competência: mudou a arma, o meio, não o objetivo(aliás ninjas não mudam as armas, nem os objetivos, quer dizer as vezes que podem ser todas: mugei-mumei-no-jts) que é a comunicação. e para usar com proficiência o universo digital não basta tão-somente dominar a sua linguagem e a tecnologia de arranque. antes, você tem de ser vivo o bastante para viver emocionalmente o suficiente para produzir a pegada digital. sem ela a comunicação para além das tendências e do modismo,broxa. a não ser que você se contente nos meneios, xaveco e masturbações tipo encontradas no facebook(profissionais de comunicação devem fazer um pouco mais. não é assim com os do sexo?)
ousada, criativa e feita por um time de especialistas treinado para fazer o que ninguém faz, arremata a ninjada. e eu não duvido, apesar de todo o malfadado, do sucesso da agência - sucesso não é algo muito criterioso hoje em dia. e não por conta da ousadia ou da criatividade ou do time de especialistas. mas, porque como diz em seu anúncio de página dupla, vai fazer o que ninguém faz. ou melhor: não fazia com tanto negror.
se isto é bom para o negócio no seu todo, os homens de negro, e os demais homens de negro das outras agências e do mercado devem lá saber.
quanto a mim, não gosto da propaganda de luto, que é como ela se anuncia.
universo digital ou não, minha arma é o bodoque. afinal,eu nunca usei canhão pra matar passarinho. até porque gosto deles "avoando", mesmo que sejam urubus.
in tempo: não é uma merda quando depois de tanto estardalhaço constata-se de quem nem o nome da agência é original(cade a criatividade?) pois já existe(m), desde 2008, inclusive? mesmo não sendo agência de propaganda? afora o black ninja, sexy happy(antes conhecido como ninja explosivo;) é so googar que o cheiro sobe.
2 comentários:
@BLACKENVY
Fala aí, mandasse o portfolio pra la e te mandaram passear. Admite.
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