Devido a grande repercussão do comentário dos consultores do MADIAMUNDOMAKETING sobre esse ridículo que é o tal de “NEUROMARKETING”, e de muitas pessoas terem se incomodado da forma como tratamos – e agora reiteramos – essa bobagem, retomamos o tema sobre outro viés, o viés dos estudiosos do assunto. Em nossa abordagem reiterávamos, sem entrar nos méritos de metodologia ou técnica, de sua inconsequência, de sua inutilidade. Nos tempos modernos não existe tempo para se fotografar cérebros, analisar, tirar conclusões, e tudo o mais. Em verdade, é melhor ir direto a fonte de tudo isso e permanecer 24 X 24 horas por dia observando e aprendendo com o comportamento das pessoas. Como o faz, por exemplo, o autor de novelas AGUINALDO SILVA. E daí, a autenticidade e excelência de suas obras.
Hoje vamos nos ater a entrevista que o intelectual e neurologista britânico RAYMMOND TALLIS concedeu a revista GALILEU da EDITORA GLOBO. Responsável pela construção do CENTRO DE NEUROCIÊNCIA DE MANCHESTER, a maior parte das mais de 200 pesquisas que realizou até hoje são sobre o CÉREBRO. Confira agora suas ponderações sobre o assunto.
- NEUROMANIA – “Em função dos extraordinários avanços da neurociência, e de mais pesquisadores terem acesso a equipamentos de ressonância magnética funcional – que fotografa as atividades do cérebro – existe uma onda no mundo de se tentar explicar tudo sob a luz da neurociência. Só que essa evolução faz com que se confunda a atividade cerebral, que é uma condição necessária para a consciência, com a própria consciência. É o que chamo de neuromania: achar que tudo o que somos é por causa do cérebro”.
- OXITOCINA – “Só posso rir daqueles que consideram e estudam ministrar drogas para mudar o comportamento das pessoas. Quando era estudante, a OXITOCINA era a substância responsável por fazer o útero contrair. Agora, as pessoas viram que ela torna alguns roedores mais fiéis a seus parceiros. Mas não há a possibilidade de administrar essa droga e transformar todo mundo numa espécie de zumbi moral, isso é bobagem”.
- PSEUDO-DISCIPLINAS – “Normalmente essas disciplinas são um híbrido usando “neuro” ou “evolucionário” e alguma coisa. Por exemplo: neurodireito, neuroestética, neuromarketing, neurocrítica literária. São pseudos porque a neurociência tem muito pouco a dizer sobre o objeto particular de seus estudos”.
- O SER HUMANO – “Vamos tomar como exemplo a neurociência usada em crítica literária. Alguns dizem que se realmente queremos entender a resposta de um leitor a um livro, precisamos olhar o que o cérebro desse leitor faz enquanto ele lê. Você pode expor pessoas a frases e ver como o cérebro responde, se a palavra ativa áreas do cérebro relacionadas a qualidades poéticas. Só que, na verdade, ler um livro está longe de ser uma resposta a uma série de estímulos associados com palavras. É se engajar com o mundo que está se abrindo na sua frente, é questionar a posição do escritor, imaginar o que está acontecendo, ser um pouco crítico sobre a verossimilhança da história e pensar no que isso poderia trazer sobre o mundo em geral. O LEITOR NÃO É APENAS UM CÉREBRO RESPONDENDO A ESTÍMULOS. É UM SER RESPONDENDO NO NÍVEL MAIS ELEVADO A UMA OBRA DE ARTE COMPLEXA”.
- ALERTA – “A redução do SER HUMANO a ondas cerebrais, a ideia de que precisaríamos de engenheiros de seres humanos, de que nossas políticas seriam baseadas em ciência… Esse tipo de cientificismo tem uma história muito triste no passado”.
(neuroembromation 2 do madia, que utiliza o agnaldo como pattern da observação criativa). misterwalk diria que em relação ao agnaldo, menos, madia, menos, sem deixar de reconhecer o seu valor de autor - que hoje em dia são sempre garroteados pelos group discussion - mas concordando com as observações sobre a chico-espertagem dos que levantam a bandeira do neuromarketing - tem gente até abrindo agência disto, pro pudor! - que eles não tem - . e assim la nave vá neste mercado onde cabeças de pulga vão se guiar pelo neuroseilámaisoquê.
Nenhum comentário:
Postar um comentário