preta gil: ela mesmo um mi-mi-mi de equivoco sem fim na vida e na propaganda - na música então, é batida de prostaglandina que nem morfina dá jeito |
"com certeza" você já deve ter lido, ou visto, o comercial em que a (argh!)
preta mi-mi-mi gil (o argh não é racista não senhor, leia o porquê mais abaixo) com seu jeito despachado - leia-se escrachado, a única coisa que tem de "diferencial", já que não herdou nada, além do sobrenome de gil que tem neste mister o seu padecer de ministério -) apregoa que quem padece do mal está " fazendo beicinho" em vez de aproveitar a vida: e tome música da preta que é para aumentar a dor e a sacanagem - intencional? - do comercial para com as mulheres.
o produto anunciado pela é o analgésico novalfem, da sanofi, na
campanha # semmimimi, albergada pela publicis, que muitos "orgãos" da
imprensa creditam como uma das mais criativas do mundo, como se isto
fosse impedimento a uma crise da cólica mental que levou a cagada
mimetizada a se pretender em sacada da hora.
não vou tergiversar sobre o assunto, que é para não dar cólica também, para
além das que produzo no ofício. mas a impressão que fica é que alguém na
ânsia de aproveitar o zum-zum-zum do mi-mi-mi no momento - sapecou o
conceito na boca de quem muita gente julga tem o poder de gancho para
minimizar uma das dores mais cascudas que há - tem razão a crítica sobre o
machismo do comercial: quem o fez sequer imagina ou perguntou, nem que
seja a irmã, prima, namorada, tia, a devastação que a cólica, permitam-me
cometer o pleonasmo, da dismenorreia, também conhecida como menstruação
difícil ou dolorosa, causa, deste os tempos dos conselhos do " deita de
barriga pra cima", bolsa de água quente, sementes de abóbora, e dezenas de
buscopans, atroverans da vida, e outras mezinhas que ao fim e ao cabo não
resultam em nada pois a prostaglandina está se cagar(não torçam nariz,
estou no clima vocabular mi-mi-mi preta gil) para tudo isto, principalmente
para publicitários e anunciantes que confundem dor de verdade com
propaganda de mentirinhas, metendo uma mentira maior - preta gil - como se
seu mi-mi-mi tivesse um poder, se tal, de " sense of humour" a ponto de
neutralizar toda a carga psicológica que a fisiológica produz quando o
assunto é cólica menstrual originada da dismenorreia primaria - ou secundária.
convenhamos, extrair sense of humor de quem não tem sequer sense, no
caso a preta gil* é algo ainda mais difícil do que convencer uma mulher de
que analgésico, seja qual for, "cura" a cólica, a tal ponto que ela saia
saracoteando por ai.
nos bons tempos, anunciantes, agências e envolvidos no projeto, na hora de anunciar seja o que for, faziam o dever de casa, teórico e prático( não confunda isto com pesquisa e pre-teste bunda) o que é básico, e por isso mesmo fulcral e etapa a não ser pulada, antes de por qualquer ideia na rua, motivando muitas vezes demissões voluntárias, principalmente quando o produto era supositório. e não fique achando que estou a querer fazer gracinhas.
para não deixar no ar: mas como um homem pode sentir alguma coisa parecida com cólica menstrual,? já que a "patera"(redatora da campanha) não tem? - se tem e participou disto, minha nossa - é muito fácil: bata de quina com os testículos, e depois ouça alguém dizer que isso é mi-mi-mi, enquanto o solta som da preta gil corre solto.
com certeza você vai ter a mesma vontade de mandar a puta que os pariu os da ficha técnica abaixo. e olhe, que me dizem as coleguinhas, a tal dismenorreia é ainda pior, pois não vai ao ápice e baixa a intensidade em segundos. é coisa de horas, dias, constante e martelante, tenho de repetir, dolorosamente, como a música do comercial.
digo-lhes já que só para assistir tomei logo um tramal. mesmo assim temeroso, temeroso. sabe como é, homem tem menos resistência a dores. e dito e feito: eita comercialzinho "chute nos ovos", na inteligência, no conhecimento, e na sensibilidade, tudo o que a filha de gil, e seus adoradores e contratantes, teimam em desprezar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário