o blog que dá crise renal em quem não tem crise de consciência. comunicação, marketing, publicidade, jornalismo, política. crítica de cultura e idéias. assuntos quentes tratados sem assopro. bem vindo, mas cuidado para não se queimar. em último caso, bom humor é sempre melhor do que pomada de cacau.
sábado, setembro 07, 2013
faça sua marca(não tire casquinha com ou na dos outros)
é cacoete, pérfido, da profissão. morre alguém que vale a pena, e por falsa pena ou vá lá sentimento de perda sem sentido, deserdados assomam na busca dos tais 15 minutos - ou segundos - de fama. e tomem anúncios de oportunismo(anúncio de oportunidade é outra coisa),depoimentos de convivência feitos aos moldes de intimidades duvidosas, algo tal como se conviver com alguém de talento fosse medida do seu e sabe-se lá o que se resgata para dar a ideia de que o resgatador também é um valor.
pois bem. petit foi-se. é redundante falar da sua importância para quem com ele conviveu e ou conheceu o trabalho que ofuscou gerações. para os mais novos, principalmente aos pretensos diretores de arte que nunca ouviram, de que adiantaria falar? não valem a pena, digo.
da minha parte, creio que a melhor homenagem a petit é, no mínimo, ler - ou reler - seus livros, privilegiando propaganda ilimitada. lá, entre outros achados, não se envergonhe(isso pode)de apropriar-se de enunciado que deveria ser o leit-motiv de quem quiser fazer o máximo pela memória do diretor de arte e da profissão. principalmente os de agora que o desprezavam pela idade ou ignoram por desconhecimento, leviandade ou simplesmente pela mediocridade do que chamam arte e dos desvios de caráter que a alcunha de diretor propicia.
" o que tem de ser moderno é a ideia. e não o layout". isto posto, me é impossível não arrematar: sabem quantos diretores de arte, seguindo este princípio, hoje são modernos?
pois é. não foi petit que envelheceu e morreu. foi a direção de arte. sublimada/sufocada em profusões de imagens sem sentido, de efeitos sem conceito, de concessões no lugar de soluções, de aparências em vez de pertinência, em suma: absolutamente desfigurada na ânsia de querer se mostrar antenada.
" o p de pirelli virou marca de sapatos". o p de petit não precisou virar mais nada. marcou sendo apenas o que era: um puta diretor de arte, como já não se fazem mais. ou, pelo menos, se tenta.
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Um comentário:
Petit: Grande. (até em francês)
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