quarta-feira, julho 18, 2012

a volta dos que não foram

uma das coisas que lamento, e nem é por saudosismo sachê, é o  fim da direção de arte na propaganda, esteja ela no meio "digital ou analógico". ora direis ouvir estrelas, mas a direção de arte não acabou. "waaal" eu nem vou contrapor que depende do que você entende por direção de arte. 


sei que conto nos dedos quem possa chamar de diretor de arte hoje em dia. como vou chamar de diretor de arte um cara que faz curso de publicidade( o que para mim já depoe contra, seja onde for, e que mal acabado - não poderia sair bem acabado nunca! - de sair da faculdade, trabalhando em agências de terceira linha, e querendo me enfiar goela a dentro um cartão onde se lê art director sênior? não dá. nem com sal de andrews.


diretor de arte tipográfico então? já se vai longe o tempo em que miran e, salvo engano, um diretor de arte da mpm da rua mariana, botafogo, rio de janeiro, eram os únicos brasileiros pertencentes ao clube de diretores de arte tipográficos de nova iorque. clube que não dava moleza nem cartão de apresentação a qualquer um, como conhecemos vários, molecagem que já chegou ao ccsp e que no ccpe merece crédito até peido de bundão.


sei que já trabalhei com alguns diretores de arte com essência e na essência da palavra. e pasmo, constato, o que na época nem dava assim tanta importância, contava com o suporte de produtores gráficos e, pasmo outra vez, tipográficos. tempos em que mandávamos os estagiários irem atrás de meio quilo de retícula em pó. e eles iam. e entre ir e voltar, fazíamos a peneira.


nos recuerdos de minha formação ficou a lição. caligrafia e tipografia. um diretor de arte que não é versado nisto, não deveria se atrever a ser diretor de nada no universo da propaganda.


mas não vou mais tergiversar com as memórias. acessem :
http://zupi.com.br/caligrafia-de-sergey-shapiro/
e chorem se ainda tiverem alguma sensibilidade(ou desdenhem pela mais absoluta mediocridade do que tem em, ou nas, mãos). 

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