Eça de Queiroz, Fernando Pessoa, Leão Tolstoi, Flaubert, Baudelaire, Edgar Allan Poe, Dante, Philip K. Dick, Shakespeare, Kafka, Lord Byron, Chekhov, Truman Capote, Claude Hopkins, David Ogilvy.
Todos eles estão mortos e enterrados, mas a sua escrita continua a pairar sobre nós como os space invaders.
Sempre que escrevemos, temos que tentar superá-los. Nesta frase de abertura, neste raciocínio, no tema, no ritmo, no pensamento, nas histórias... É uma competição interna. Harold Bloom falava da “ansiedade da influência” que pendia sobre os novos poetas (“se não acrescento nada a Shakespeare, para quê gastar papel?...”).
Mas não são necessariamente concorrentes. Podemos vê-los antes como “writing coachs”: pessoas tão extraordinárias que, mesmo depois de mortas, nos ajudam a escrever melhor.
É nesta dinâmica que reside o virtuosismo: inspirarmo-nos nos grandes para tentar escrever melhor do que eles. Podemos não conseguir, mas não podemos não tentar.
Quando se escreve para marcas tem de se assinar um compromisso com a originalidade.
A escrita é filha do pensamento. Se não produzimos pensamento novo, resta-nos o “control C”. E não é isso que se espera de um escritor de marcas, um copywriter, um brand voicer.
Não queremos ser como um personagem de um filme de Fellini que, depois de refletir longamente sobre a condição humana, concluiu “mas tudo isto já foi escrito antes... ... ... e melhor”.
A grande questão que nos devemos colocar é: se não temos nada de novo para escrever, será que devemos escrever?...
(os mortos também correm, do ricardo miranda - brand voice concept creator na brandia central ou que raios isto seja).
p.s. misterwalk diz que tem enormes restrições e desconfiança em relação a publicitários que utilizam reticências
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