dicas do clark kent;)
A repetição mata. Na criatividade mata tão fundo que o criativo não se
apercebe que se foi. O título mantém-se. Mas já não cria. Resolve
problemas. Parece igual, mas não tem nada a ver. Criar é procurar novas
alternativas. Resolver é procurar alternativas de catálogo. Criar é
ligar as turbinas para ver onde se vai dar. Resolver é desligar os
motores para saber onde se vai dar. Criar é estar vivo. Resolver é estar
morto-vivo. Interessante apenas se a sua marca for o Fantas. Resolver é
seguir uma metodologia. Criar é fugir dela como um designer da Comic
Sans. Mas e se um criativo criar uma metodologia... como será? A questão
não é se o fiz, mas porque razão decidi fazê-lo. Durante anos fui copy
de publicidade. Até todo o processo se tornar repetitivo. Até sentir o
meu corpo a perder a capacidade de produzir dopamina. Pelo que mudei
para copy de marcas. Mas esta alteração fez-me perder o GPS. Um adcopy
escreve para 4, 5 meios. Um de cada vez. Um brandcopy escreve para 400,
500 meios. Se tentasse escrever um de cada vez, era internado. Se
fizesse copy-paste de uns para os outros, ia para o inferno. Se
abdicasse de escrever, não era pago. Dei por mim à procura de uma saída
num beco sem saídas. Resolvi fazer o que se faz quando não se gosta de
um jogo: mudei as regras. Ou seja, criei uma metodologia. Em vez de
escrever para meios, passei a escrever só para a marca, numa 1ª (longa)
fase. Dá mais trabalho. Mas promete. Chama-se Branding Voice. E tem uma
incubação a 7 tempos. Foi bem recebida em workshops em Lisboa e Tallinn.
Está a começar a ser aplicada na Brandia Central. Ainda precisa de
comer muita Cerelac. Mas é uma bela dopamina. Para mim, para a sua
marca, para o mercado. Acho que todos precisamos.
(Uma metodologia criativa para quem as odeia, do Ricardo Miranda - Brand Voice Concept Creator* na Brandia Central, Portugal, no buzzmedia).
* será que é mesmo necessário uma titulação estrambólica tal para escrever o que se diz?
6 comentários:
Poder ser uma pergunta estranha, mas você é o filho da Berta Tavares Amorim?
a pergunta não é estranha. estranha é ela ser feita por um anônimo. destarte, por ora, posso apenas lhe responder que não sou fdp.
Não entendo por que tanta hostilidade, a razão de ir anon é que um nome não iria significar nada, já que o Celso Muniz, também jornalista, que procuro não me conhece.
ora, ora maria, não há hostilidade alguma. mas manda a boa regra da velha educação -tão desprezada dentro da rede - que ao fazer perguntas deste tipo o perguntador se identifique. o celso muniz, jornalista, que sou eu, assim agradece e responde.
Não acharia falta de educação, não, principalmente se meu nome estivesse exposto, porém sou cria da geração internet. Em que lugares como 4chan (a terra dos sem nomes) reinam.
-
Achei melhor não falar nada, pra não causar uma pior impressão, mas sua resposta original foi um tanto vaga. Seria outra se a pergunta original fosse sobre seu parentesco com Manuel Muniz Sobrinho?
maria, diz-me com quem andas e eu te direi quem sou. tá bom assim? mas preferencialmente in private(há um email de contato no blogger).
Postar um comentário