quinta-feira, abril 19, 2012

dicas do clark kent;)

A repetição mata. Na criatividade mata tão fundo que o criativo não se apercebe que se foi. O título mantém-se. Mas já não cria. Resolve problemas. Parece igual, mas não tem nada a ver. Criar é procurar novas alternativas. Resolver é procurar alternativas de catálogo. Criar é ligar as turbinas para ver onde se vai dar. Resolver é desligar os motores para saber onde se vai dar. Criar é estar vivo. Resolver é estar morto-vivo. Interessante apenas se a sua marca for o Fantas. Resolver é seguir uma metodologia. Criar é fugir dela como um designer da Comic Sans. Mas e se um criativo criar uma metodologia... como será? A questão não é se o fiz, mas porque razão decidi fazê-lo. Durante anos fui copy de publicidade. Até todo o processo se tornar repetitivo. Até sentir o meu corpo a perder a capacidade de produzir dopamina. Pelo que mudei para copy de marcas. Mas esta alteração fez-me perder o GPS. Um adcopy escreve para 4, 5 meios. Um de cada vez. Um brandcopy escreve para 400, 500 meios. Se tentasse escrever um de cada vez, era internado. Se fizesse copy-paste de uns para os outros, ia para o inferno. Se abdicasse de escrever, não era pago. Dei por mim à procura de uma saída num beco sem saídas. Resolvi fazer o que se faz quando não se gosta de um jogo: mudei as regras. Ou seja, criei uma metodologia. Em vez de escrever para meios, passei a escrever só para a marca, numa 1ª (longa) fase. Dá mais trabalho. Mas promete. Chama-se Branding Voice. E tem uma incubação a 7 tempos. Foi bem recebida em workshops em Lisboa e Tallinn. Está a começar a ser aplicada na Brandia Central. Ainda precisa de comer muita Cerelac. Mas é uma bela dopamina. Para mim, para a sua marca, para o mercado. Acho que todos precisamos.


(Uma metodologia criativa para quem as odeia, do Ricardo Miranda - Brand Voice Concept Creator* na Brandia Central, Portugal, no buzzmedia).

* será que é mesmo necessário uma titulação estrambólica tal para escrever o que se diz?





6 comentários:

Anônimo disse...

Poder ser uma pergunta estranha, mas você é o filho da Berta Tavares Amorim?

celso muniz disse...

a pergunta não é estranha. estranha é ela ser feita por um anônimo. destarte, por ora, posso apenas lhe responder que não sou fdp.

Maria disse...

Não entendo por que tanta hostilidade, a razão de ir anon é que um nome não iria significar nada, já que o Celso Muniz, também jornalista, que procuro não me conhece.

celso muniz disse...

ora, ora maria, não há hostilidade alguma. mas manda a boa regra da velha educação -tão desprezada dentro da rede - que ao fazer perguntas deste tipo o perguntador se identifique. o celso muniz, jornalista, que sou eu, assim agradece e responde.

Maria disse...

Não acharia falta de educação, não, principalmente se meu nome estivesse exposto, porém sou cria da geração internet. Em que lugares como 4chan (a terra dos sem nomes) reinam.
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Achei melhor não falar nada, pra não causar uma pior impressão, mas sua resposta original foi um tanto vaga. Seria outra se a pergunta original fosse sobre seu parentesco com Manuel Muniz Sobrinho?

celso muniz disse...

maria, diz-me com quem andas e eu te direi quem sou. tá bom assim? mas preferencialmente in private(há um email de contato no blogger).