Descobri que não sou retrógado, sou vintage. Nada mais vintage do que minhas idéias e minhas roupas. Nada mais vintage do que aquilo que ensino para meus filhos. Alguns “bom dia” ao amanhecer, uns “obrigado”, “por favor” e o incomparável “com licença”, extirpados de nossa língua, podem retornar ao vocabulário sob o manto do vintage.
Tudo que parecia retro na minha já desgastada existência está redimido pelo vintage, seja la o que for isso.
Um dia desses, na ponte aérea, peguei um voo vintage. A pintura do avião remetia ao design de 30 anos atrás assim como o uniforme das comissárias e a vinheta de segurança.
Na pesquisa para esse artigo descobri que um tradicional site de videos pornográficos possui uma categoria de sexo vintage. Resisti a tentação de visitá-lo por considerar que seria muito difícil, aos quase 50 anos, descobrir que ate nisso já fiquei ultrapassado e que por uma concessão da modernidade tornou-se cool fazer sexo da forma como aprendi.
A propaganda, macaca de auditório de toda a modernidade, mesmo que não saiba muito bem o porque, já bebe dessa fonte e nesse processo somos brindados com a linguagem invariavelmente sépia.
Aos adeptos do vintage recomendo esquecerem a forma e resgatarem o conceito. Sugiro recuperarem a criatividade, abrirem mão do discurso fácil, investirem nos talentos, apostarem na maturidade, valorizarem a ética, defenderem as diferenças e os diferentes, condenarem a juniorizacao, não terem medo da opinião, não se submeterem as hegemonias, enfim tudo o que parecer meio démodé (assim como a palavra démodé), pode voltar a ter um lugar ao sol.
A ousadia deveria ser o símbolo do vintage, só assim podemos resgatar a propaganda de duas décadas atrás e reconquistar o espaço de vanguarda (olha a vanguarda ai gente) perdido para a mediocridade.
Tornei-me vintage sem saber, quase que naturalmente e estou muito feliz com esse processo. Acredito que a propaganda pode se beneficiar do momento e promover o resgate dos valores que construíram esse negócio no Brasil. Foi por conta dos questionamentos relevantes que nos transformamos em uma indústria e não, como pensam alguns, pelo modelo que adotamos. Nosso modelo é conseqüência do debate exaustivo, postura que os modernos execram e que agora pode retornar à cena.
Nosso negócio, composto por anunciantes, agências e veículos, precisa reaprender a debater os “assuntos proibidos” ceifados da pauta pelas conveniências de alguns poucos, diga-se de passagem.
A vantagem de ser vintage é não temer a condenação por pensar diferente e isso, me desculpem os Juniores, não é um estilo datado de nominho pernóstico, isso é um processo, uma opção que a muito a propaganda cedeu à “cultura da sobrevivência”, que, no final das contas, é o que está nos matando.
Tudo que parecia retro na minha já desgastada existência está redimido pelo vintage, seja la o que for isso.
Um dia desses, na ponte aérea, peguei um voo vintage. A pintura do avião remetia ao design de 30 anos atrás assim como o uniforme das comissárias e a vinheta de segurança.
Na pesquisa para esse artigo descobri que um tradicional site de videos pornográficos possui uma categoria de sexo vintage. Resisti a tentação de visitá-lo por considerar que seria muito difícil, aos quase 50 anos, descobrir que ate nisso já fiquei ultrapassado e que por uma concessão da modernidade tornou-se cool fazer sexo da forma como aprendi.
A propaganda, macaca de auditório de toda a modernidade, mesmo que não saiba muito bem o porque, já bebe dessa fonte e nesse processo somos brindados com a linguagem invariavelmente sépia.
Aos adeptos do vintage recomendo esquecerem a forma e resgatarem o conceito. Sugiro recuperarem a criatividade, abrirem mão do discurso fácil, investirem nos talentos, apostarem na maturidade, valorizarem a ética, defenderem as diferenças e os diferentes, condenarem a juniorizacao, não terem medo da opinião, não se submeterem as hegemonias, enfim tudo o que parecer meio démodé (assim como a palavra démodé), pode voltar a ter um lugar ao sol.
A ousadia deveria ser o símbolo do vintage, só assim podemos resgatar a propaganda de duas décadas atrás e reconquistar o espaço de vanguarda (olha a vanguarda ai gente) perdido para a mediocridade.
Tornei-me vintage sem saber, quase que naturalmente e estou muito feliz com esse processo. Acredito que a propaganda pode se beneficiar do momento e promover o resgate dos valores que construíram esse negócio no Brasil. Foi por conta dos questionamentos relevantes que nos transformamos em uma indústria e não, como pensam alguns, pelo modelo que adotamos. Nosso modelo é conseqüência do debate exaustivo, postura que os modernos execram e que agora pode retornar à cena.
Nosso negócio, composto por anunciantes, agências e veículos, precisa reaprender a debater os “assuntos proibidos” ceifados da pauta pelas conveniências de alguns poucos, diga-se de passagem.
A vantagem de ser vintage é não temer a condenação por pensar diferente e isso, me desculpem os Juniores, não é um estilo datado de nominho pernóstico, isso é um processo, uma opção que a muito a propaganda cedeu à “cultura da sobrevivência”, que, no final das contas, é o que está nos matando.
(meu eu vintage, do andré porto alegre, no portal inteligemcia(com m mesmo) do madiamundomarketing)
* título em inglês do copyranter
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